terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Os Melhores, Os Decepcionantes e os Piores Filmes de 2019.

Os Melhores, Os Decepcionantes e os Piores Filmes de 2019.  

Foram escolhidos filmes que estrearam de 1 de janeiro de 2019 a 31 de dezembro de 2019. 

Só contam os filmes que tive a oportunidade de assistir em Cinemas.  

Alguns filmes merecem comentários. 

Como adendo, temos filmes vistos no Festival do Rio 2019. 

1- Os Melhores Filmes de 2019. 

a) Os 13 Melhores em Ordem de Preferência. 

1- Empate: ”O Irlandês” (2019) de Martin Scorsese /  “A Árvore dos Frutos Selvagens” ( 2018) de Nuri Bilge Ceylan

2- “Dor e Glória” (2019) de Pedro Almodóvar 

3- “Parasita” (2019) de Bong Joon-ho

4- “Cafarnaum” (2018) de Nadine Labaki

5- “A Favorita” (2018) de Yorgos Lanthimos 

6- “Assunto de Família” (2018) de Hirokazu Kore-eda. 

7- “Era Uma Vez Em .... Hollywood” (2019) de Quentin Tarantino 

8- “Coringa” (2019) de Todd Phillips 

9- “Los Silêncios” (2017) de Beatriz Seigner 

10- “A Vida Invisível” (2019) de Karim Aïnouz 

11- “Synonymes” (2019) de Nadave Lapid 

12- “Vidro” (2019) de M. Night Shyamalan 

- “O Irlandês”- Épico intimista que revigora os filmes de Máfia como não supúnhamos mais ser possível, realizado pelo melhor cineasta vivo ( americano ou não ). Como nos seus melhores filmes, Scorsese se vale do máximo de recursos expressivos específicos da linguagem cinematográfica. Assim poderemos ter, por exemplo, câmera lenta e câmera acelerada, gerando significantes inusitados e potentes. 




- “A Árvore dos Frutos Selvagens”- Nuri Bilge Ceylan confirma ser o melhor cineasta poeta e filósofo do Cinema em atividade. Na história de um filho que quer ser escritor e um pai professor decadente, atolado em dívidas, temos comentários bastante pertinentes sobre nossa civilização. É o regional que se faz universal. 




- “Dor e Glória”- O mais autobiográfico dos filmes de Almodóvar, mas se dando na forma de uma auto-ficção cinematográfica, como “Felline 8 ½” de Federico Fellini e “Fanny e Alexander” de Ingmar Bergman. E como sou homossexual, amante desde sempre do Cinema, vindo de família de poucas posses, minha identificação foi total. Antonio Banderas nos entrega um trabalho minucioso, falando bastante com os olhos e enfim, sublime. Melhor Ator no Festival de Cannes 2019.  





- “Parasita”- A luta de classes no Cinema como poucas vezes vista, com roteiro desconcertante e bastante imprevisível, pois o diretor flerta com vários gêneros: drama, comédia, agridoce, suspense, terror e até gore. Esta luta lembra uma obra-prima de Claude Chabrol que é “Mulheres Diabólicas (“ La cérémonie” -1995). Mas aqui a referência maior é Alfred Hitchcock. Não há mistura de gêneros. Palma de Ouro no Festival de Cannes 2019, Globo de Ouro 2020 de Melhor Filme Estrangeiro. 




- “Cafarnaum”- Logo de início tomamos ciência: diante de um juiz e dos pais, um garoto processa estes. Motivo: o colocaram no mundo sem as menores condições de sustentá-lo. O trabalho do ator não profissional Zain Al Rafeaa como o menino Zain, com uma consciência crítica absurda para sua idade, é fenomenal. A autenticidade da ambientação do filme é soberba, assim como a direção de Nadine. Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2018. 




- “A Favorita”- Assim com em “O Lagosta” (2015) e “O Sacrifício do Servo Sagrado” (2017), Yorgos Lanthimos nos entrega um filme desconcertante e tremendamente original onde duas mulheres disputam o leito e os favores de uma rainha, bem como a capacidade de tomar decisões por ela, que se mostra bastante débil por problemas que teve, o principal deles foi ter  sofrido vários abortos, que na fantasmagoria criada pelo diretor é compensada com a presença de vários coelhos. O desfecho, bastante intrigante, representa uma vitória de Pirro (quem vence é quem perde....) e isto é representado num plano sequência paciente bastante ousado e criativo, com belas e significativas fusões. Oscar de Melhor Atriz 2019: Olivia Colman 




- “Assunto de Família” - Uma família bastante pobre ( atenção, vários spoilers ) vai nos mostrar que não são os laços sanguíneos os que mais importam. Aqui ninguém é parente de sangue de qualquer outro, mas mesmo numa vida de marginalidade, onde supermercados, por exemplo, são roubados, há graus de afetividade comoventes e espaços para solidariedade. E se prestarmos bastante atenção, veremos que com a intervenção do que chamamos “a sociedade”, vamos ter um desfecho dos mais tristes do Cinema. Uma criança será jogada às feras que são os seus pais.Palma de Ouro no Festival de Cannes 2018. 





- “Era Uma Vez Em...Hollywood” – Promovendo o encontro entre o que se chama a Velha Hollywood e a Nova Hollywood datada por 1969, o belíssimo roteiro de Quentin Tarantino faz a mais bela homenagem que a memória de Sharon Tate poderia ter. Leonardo DiCaprio e Brad Pitt estão excelentes como o ator, antes de prestígio,  que já não encontra o seu lugar, se embebeda e  o seu dublê, bastante estoico, respectivamente. 
E como levantam falsas polêmicas! Para correta irritação de Tarantino, em Cannes, na coletiva,  jornalistas mulheres reclamaram que Margot Robbie ( Sharon Tate ) pouco fala em relação “aos homens”. Só que a personagem é sempre mostrada com bastante carinho. E temos sequências belíssimas,  como a do Cinema em que Sharon ri bastante e se enternece assistindo a si mesma,  numa comédia com Dean Martin, bastante satisfeita por ver a plateia rir. Globo de Ouro 2020 de Melhor Filme Comédia ou Musical, Melhor Ator Coadjuvante ( Brad Pitt) e Melhor Roteiro.




- “Coringa”-  Não é o filme que é tóxico. É a realidade que vivemos em todos os recantos que que se tornou ou está se tornando tóxica. O enlouquecimento progressivo de Arthur Fleck, depois de tantas decepções e humilhações,  até tornar-se o Coringa,  é um forte agente catalizador de um caos apocalíptico. O desempenho de Joaquin Phoenix é algo de outro mundo. E mais um dos trunfos do filme para fazê-lo um triunfo é que o roteiro tem bastante paciência para construção da psicologia do protagonista. Globo de Ouro 2020 de Melhor Ator Joaquin Phoenix. 




- “Los Silencios” – Nada de ser um filme de terror e/ou suspense. Aqui mortos e vivos convivem com poética naturalidade na região da Tríplice Aliança ( Brasil,Argentina e Uruguai ), um não lugar, de onde querem expulsar os viventes que ali se estabeleceram. Com efeitos simples,  constrói-se um desfecho marcante e bastante poético. Melhor Direção (Beatriz Seigner) e Melhor Filme pela Crítica da Abraccine no 51º Festival de Brasília.




- “A Vida Invisível”- A masculinidade tóxica, passada de geração para geração, mostrando como o filme ainda ecoa forte ainda hoje, é tal ,  que a irmã Guida expulsa de casa por ser mãe solteira, acaba tendo uma vida mais plena ( ou menos árdua ) do que a irmã Eurídice que se casou e teve dois filhos, seguindo ditames patriarcais. A direção de arte que faz da obra um melodrama tropical (conforme Karim ) é um espetáculo à parte.Melhor Filme da Mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes 2019. 




- “Synonymes”- Um jovem israelense abandona Israel e chega em Paris disposto a se tornar francês. Para tal carrega um dicionário para todo canto, para aprender novas palavras, sinônimos exatos e até inexatos. Seus intentos vão esbarrar numa sociedade que não é civilizada como pensava e no abismo que o separa de um casal que passa a ser amigo. A linguagem cinematográfica empregada remente algumas vezes à Nouvelle Vague, principalmente na exploração da voz em off. Insatisfação com onde estamos e falta de perspectivas concretas para onde queremos ir, já está se tornando quase que parte da condição humana. O desfecho é agudo, com sentimentos bastante contrastantes brigando fortemente, com sons ecoando até mesmo depois com a tela escura. Urso de Ouro do Festival de Berlim 2019. 




- “Vidro”-  Isolado “Vidro” (2019) é ótimo filme, mas formando uma Trilogia com “Corpo Fechado” (“Unbrekable”- Inquebrantável-2000) e “Fragmentado” ( 2016), onde tudo revisto passa a fazer mais sentido, com um filme alimentando o outro, temos uma obra-prima de terror e suspense, com personagens bastante originais, numa obra bem distante dos heróis da Marvel e DC e que dialoga com estes filmes de forma crítica, quase que sarcástica.   

   

b) Mais Melhores Filmes, Sem Ordem de Preferência 

1- “Rainha de Copas” (2019) de May el-Toukhy

2- “Pássaros de Verão” (2018) de Cristina Gallego/Ciro Guerra 

3- “O Professor Substituto” (2018) de Sebastian Marnier 

4- “Amanda” (2018) de Mikhaël Hers 

5- “Quem Você Pensa Que Sou” (2018) Safy Nebbou

6- “A Revolução Em Paris” (2019) de Pierre Schoeller 

7- “Estou Me Guardando Pra Quando o Carnaval Chegar (2018) de Marcelo Gomes 

8- “O Paraiso Deve Ser Aqui” (2019) de Elia Suleiman 

9- “Aqueles Que Ficaram” (2019) de Barnabás Tóth

10- “Dumbo” (2019) de Tim Burton

11- “Aladdin” (2019) de Guy Ritchie 

12- “Dois Papas” (2019) de Fernando Meirelles 

13- “No Portal da Eternidade” (2018) de Julian Schnabel 

14- “Guerra Fria” (2018) de Pawel Pawlikowski

15- “Divino Amor” (2018) de Gabriel Mascaro 

16- “Green Book- O Guia” (2018) de Peter Farrelly 

17- “Border” (2018) de Ali Abbasi 

18- “Retablo” (2017) de Álvaro Delgado-Aparicio 

19- “Climax” (2018) de Gaspar Noé 

20- “Em Trânsito” (2018) de Christian Petzold 

21- “Nós” (2019) de Jordan Peele 

22- “Adam” (2019) de Maryam Touzani

23- “O Anjo” (2018) de Luiz Ortega 

24- “Estação do Diabo” (2018) de Lav Diaz 

25- Se a Rua Beale Falasse” (2018) de Barry Jenkins

26- “A Mula” (2018) de Clint Eastwood 

27- “Todos Já Sabem” (2018) de Asghar Farhadi 

28- “Dogman” (2018) de Matteo Garrone 

29- “Um Amor Inesperado” (2018) de Juan Vera 

30- “Um Ato de Esperança” (2017) de Richard Eyre

31- “Um Banho de Vida” (2018) de Gilles Lellouche 

32- “Duas Rainhas” (2018) de Josie Rourke

33- “Vidas Duplas” (2018) de Olivier Assayas

34- “Amor Até as Cinzas” (2018) de Jia Zhangke

35- “Mormaço” (2017) de Marina Meliande 

36- “Varda por Agnès” (2019) de Agnès Varda 

37- “Memórias da Dor” (2017) de Emmanuel Finkiel

38- “Graças a Deus” (2019) de François Ozon 

39- “Cyrano Mon Amour (2019) de Alexis Michalik

40- “Inocência Roubada” (2019) de Andréa Bescond 

41- “No Coração do Mundo” (2018) de Gabriel Martins/ Maurilio Martins

42- “Simonal” (2018) de Leonardo Domingues 

43- “Vermelho Sol” (2018) de Benjamin Naishtat 

44- “Em Guerra” (2018) de Stéphane Brizé

45- “A Odisseia dos Tontos” (2019) de Sebastian Borenztein 

46- “A Costureira dos Sonhos” (2018)  de Rohena Gera

- “Climax”- É magnificamente realizado por Gaspar Noé e interpretado pelo conjunto de jovens atores, onde só um deles é profissional ( no caso a atriz Soufia Boutella ). Na comemoração de um ensaio final de uma coreografia bastante pop e dançante num galpão bastante isolado na neve, alguém coloca LSD e/ou afins na sangria e as conversas, coreografias e as pessoas começam a ficar cada vez mais endoidecidas, conforme vão bebendo, umas mais outras menos. Quem terá colocado? Até onde irão as consequências? Um filme hipnotizante sobre uma juventude que não vê futuro saudável para si. Estão certos?  Um dos efeitos iniciais é um jogo da verdade que surge que mostra ausência de solidariedade, competição e muito machismo. Melhor Filme da Quinzena dos Realizadores de Cannes 2018.




2) Os Filmes Decepcionantes. Eu esperava mais e poderiam ter dado mais. Havia elementos para isto. Não é uma questão simplesmente de desejar que o diretor realize o “nosso filme”. Lista sem ordem de decepção.   

1- “Bacurau” (2019) de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles 

2- “Uma Mulher Alta” (2019) de Kantemir Balagov 

3- “E Então Nós Dançamos” (2019) de Levan Akin 

4- “O Rei Leão” (2019) de John Fraveau 

5- “Vingadores: Ultimato “(2019) de Anthony Russo 

6- “Gloria Bell” (2019) de Sebastián Lielo 

7- “Adeus à Noite” (2019) de André Téchinè 

8- “Hebe- A Estrela do Brasil” (2018) de Maurício Farias 

9- “Brooklyn-Sem Pai Nem Mãe” (2019) de Edward Norton 

10- “Deus é Mulher e Seu Nome é Petúnia” (2019) de Teona Strugar Mitevska

11- “O Homem Que Matou Dom Quixote” (2018) de Terry Gilliam

12- “Vice” (2018) de Adam McKay 

13- “Poderia Me Perdoar?”  (2018) de Marielle Heller

14- “Minha Fama de Mau” (2018) de Lui Farias 

15- “Querido Menino” (2018) de Felix von Groeningen  

16- “Um Dia de Chuva em Nova York” (2018) de Woody Allen 

17- “Minha Obra-Prima” (2018) de Gastón Duprat 

18- “Três Faces” (2018) de Jafar Panahi 

19- “O Mau Exemplo de Cameron Post” (2018) de Desiree Akhavan

20- “O Gênio e o Louco” (2017) de Farhad Safiria 

21- “A Sombra do Pai” (2019) de Gabriela Amaral Almeida 
22- “Entardecer” (2018) de László Nemes 

23- “A Grande Dama do Cinema” (2019) de Juan José Campanella
24- “Kardec” (2018) de Wagner de Assis 

25- “Tolkien” (2019) de Dome Karukoski 

26- “Rocketman” (2019) de Dexter Fletcher 

27- Aspirantes” (2015) de Ives Rosenfeld  

28- “Obsessão” (2019) de Neil Jordan 

29- “Deslembro” (2018) de Flávia Castro 

30- “Neville D’Almeida-Cronista da Beleza e do Caos” (2019) de Mario Abbade 

31- “Cézanne e Eu” (2016) de Daniele Thompson 

32- “Yesterday” (2019) de Danny Boyle 

33- “Peterloo” (2018) de Mike Leigh 

34- “Greta” (2019) de Armando Praça 

35- “Dowton Abbey” (2019) de Michael Engler 

- “Bacurau”- É um show de direção de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles .Mas ao contrário de “Terra em Transe” e “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (ambos de Glauber Rocha), como alegoria política, deixa bastante a desejar, com vários furos. Ianques chefiados por um alemão nazistóide americanizado (“com mais anos nos EUA do que na Alemanha” )  que matam por prazer, por esporte, para ganhar pontos, é algo bastante simplório. A comunidade ameaçada de extinção tem laços de fraternidade idealizados. Não há traço de machismo, homofobia, racismo, aversão a matador de aluguel ( seus serviços foram pra quem? ). Até uma espécie de Lampião trans surge, um poder (miliciano ? ) importante para a comunidade. Todos convergem para a resistência. Mas ao contrário do que dizem os diretores, “Bacurau” não é apenas um filme sobre resistência. É sobre vingança também. E como! 
O encontro de Udo Kier cara a cara com Sônia Braga é realmente um frisson de roteiro. Mas é dramaturgicamente inconsistente. A médica se ofereceu em holocausto, com os outros habitantes escondidos, para apresentar os comes e bebes típicos? Ele a polpa e diz aos chefiados, por rádio, que não mata mulheres. Mas o chefão destas matanças todas (incluindo crianças ) teria esta característica, estes escrúpulos? 
Na TV vemos noticiado que em São Paulo pessoas estão fazendo filas para ser assassinadas. Mas como? Isto enfraquece a noção de Bacurau ser microcosmos, laboratório para destruição.  
E ao final incluir em off, entre as vítimas deste “mal absoluto” que acometeu a comunidade, Marielle Franco tudo bem. Faz todo sentido. Mas Marisa Letícia, mulher de Lula, que morreu de causas naturais, é demais. Pura panfletagem, maniqueísmo. É forçar a barra. Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019 ( dividido com "Os Miseráveis" de Ladj Ly.



- “Uma Mulher Alta” – Os traumas de mulheres que lutaram na Segunda Guerra Mundial são terríveis, consideráveis. O problema do filme, por mais bela que seja sua estética e admirável o trabalho dos atores, é nos passar o incômodo de carregar demais nas tintas. Há um clima quase que doentio criado onde até um médico amigo que pratica eutanásia em quem pede, precisa, é chantageado para fazer um filho na “mulher magra e grande”, para que a criança seja entregue à outra que é amiga. Detalhe: esta havia perdido o filho pois a amiga que dele cuidava, numa crise de paralisia, acaba o sufocando...... Prêmio de Melhor Direção da Mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes 2019. 


        

3) Os Piores Filmes do Ano Sem Ordenação de Valor 

1- “Cats” (2019) de Tom Hooper

2- “Imagem e Palavra” (2019) de Jean-Luc Godard 

3- “Suspíria- A Dança do Medo” (2018) de Lucas Guadagnino 

4- “Vision” (2018) de Naomi Kawase 

5- “Midsommar- O Mal Não Espera a Noite” ( 2019) de Ari Aster

6- “Ad Astra-Rumo às Estrelas” (2019) de James Gray 

7- “A Camareira” (2018) de Lila Avilés 

 “Ad Astra-Rumo às Estrelas”- Há sequências de aventuras que não combinam com a proposta intimista do filme. E as questões filosóficas, com o tratamento que recebe aqui, passam longe do que podemos encontrar em “Solaris” de Andrei Tarkovski e “2001-Uma Odisseia no Espaço” de Stanley Kubrick. 




4) Festival do Rio 2019

Os Melhores Filmes Vistos no Festival do Rio 2019, em Ordem de Preferência. 

1- “Retrato de Uma Jovem em Chamas” (2019) de Céline Sciamma 

2- “Uma Vida Oculta (2019) de Terrence Malick 

3- “Os Miseráveis” (2019) de Ladj Ly

4- “Synonymes” (2019) de Nadav Lapid 

5- “Você Não Estava Aqui (2019) de Ken Loach 

6- “O Paraiso Deve Ser Aqui” (2019) de Elia Suleiman

7- “O Diabo Entre as Pernas” (2019) de Arturo Ripstein 

8- “Pacarrete” (2019) de Allan Deberton 

9- “Vitalina Varela” (2019) de Pedro Costa

10- “Piedade” (2019) de Cláudio Assis 

11- “Fim de Festa” (2019) de Hilton Lacerda

12- “O Jovem Ahmed” (2019) de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne 

- “Uma Vida Oculta”-  Um austríaco religioso enfrenta até mesmo a visão de um padre e um bispo e não abre mão dos seus imperativos de consciência. Seu Deus não permite de modo algum que apoie um louco assassino como Hitler. Na sua comunidade camponesa ele e sua família passam a ser discriminados. Convocado ele se recusa a fazer a saudação característica a Hitler. Preso, passa por privações, violências e humilhações. Mas sua fé e o amor da mulher e filhos, o farão resistir. Baseado numa história real temos um material perfeito para que o genial Terrence Malick exercite o seu estilo, onde, dentre outros elementos, há bastante o uso da voz em off para focar tempos diversos da narrativa e as imagens exalam transcendência. É como se elas captassem o não visível. 


   

Os Decepcionantes do Festival 

1- “Mattias e Maxime” (2019) de Xavier Dolan 

2- “Frankie” (2019) de Ira Sacks 

3- “Family Romance, LTDA” (2019) de Werner Herzog