segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Os Melhores Filmes de 2017, Temas Associados e Apontamentos Gerais



1- Os Dez Melhores Filmes de 2017, Com Empates @Outros Destaques@ Filmes Bem Comentados Não Vistos.

Critério: Filmes lançados no circuito brasileiro de 1 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2017, seja em que cidade for.

As letras que surgem junto aos títulos obedecem à ordem dos links associados na parte 3.  

1-a- Em Ordem de Preferência

1- “Silêncio” a (2016) de Martim Scorsese / “La La Land- Cantando Estações b (2016) de Damien Chazele

“Silêncio”

É um projeto da vida de Martim Scorsese, onde num Japão do século XVII, senhores feudais inescrupulosos se valem de grande violência psicológica e/ou física contra padres católicos e camponeses japoneses cristãos. O resultado é um filme bastante perturbador, mas poético e sublime, onde o poder da fé aqui representa qualquer religião. Há espaço também para a revolta bergmaniana contra o silêncio de Deus.

Andrew Garfield como o padre Rodrigues tem um dos desempenhos mais assombrosos dos últimos tempos. Deveria ter concorrido ao Oscar 2017 por este trabalho e vencido. Assim como o filme em várias categorias. 

“La La Land-Cantando Estações”

É o primeiro musical realizado diretamente para o Cinema em décadas, que se vale de um compêndio de recursos próprios da linguagem cinematográfica, com bastante pertinência, uma química extraordinária de Ryan Gosling e Emma Stone, com abertura e desfecho dignos de qualquer antologia.


Passa-se da realidade à fantasia (que pode remeter à realidade, mesmo neste plano), volta-se à realidade e assim se estrutura o filme o tempo todo. Pode-se dizer que é um balão cativo, na acepção do memorialista Pedro Nava. 




















2- “Poesia Sem Fim” c (2016) de Alejandro Jodorovsky

Nesta história inusitada e brilhante, com paleta de cores fortes, cenários lindamente artificiais, com personagens e situações extravagantes, temos a formação artística, humana e de educação sentimental de um poeta bastante talentoso que fugiu da tirania do pai.

O filme, sublime em muitos momentos, nos lembra esteticamente (como Emir Kusturica em sua obra) procedimentos de Federico Fellini. Mas Jodorovsky (assim como Kusturica) guarda sua imensa originalidade, um universo bem pessoal, mesmo com estas lembranças.

Este universo personalíssimo pode-se constatar no anterior “A Dança da Realidade” (2013) e “A Montanha Sagrada” (1973), (dentre outros), dois dos meus filmes prediletos dele, que apresentam intensa criatividade e vigor cinematográfico.

(Atenção Spoilers) Em “Poesia Sem Fim”, primordialmente, tudo converge para uma elegia belíssima e metalinguística de perdão de um grande artista (o próprio Jodorovsky) ao pai que o tiranizou bastante e nunca o incentivou para ser um artista como  queria.  

3- “Dunkirk” d (2017) de Cristopher Nolan

Como escreveu Cássio Starling Carlos na Folha de São Paulo: “Nolan junta o século 19 no 21 demonstrando que o cinema - ainda - tem poderes para expandir nossa percepção”.

Em três planos narrativos bastante criativos e significativos que se complementam, temos uma história muito pouco comentada até agora, de um momento crucial da Segunda Guerra Mundial, onde belgas, ingleses e franceses estão encurralado por nazistas numa praia em Dunkirk, fazendo-se necessária uma grande corrente, com enorme arrojo e solidariedade, uma grande união de esforços ( algo tão raro e bastante urgente hoje em dia).

Assim impediu-se que o nazismo fosse triunfante. Mas ao fim Churchill lembra a todos, que muitas lutas ainda terão que ser travadas para derrotar definitivamente o nazismo. Se o grande contingente de soldados e os comandantes (que já teve muitas baixas) fossem mortos em Dunkirk, a falta deles seria desastrosa para o mundo livre.

O trabalho conjunto de atores e de direção primorosos.  A montagem é magnífica. O som nos atordoa, mas é fundamental para as histórias que se narram e que serão convergentes.

Indiretamente, o filme, numa leitura mais periférica, é uma forte crítica ao Brexit, saída do Reino Unido da União Europeia. 

4- “Frantz” e (2016) de François Ozon

Temos um filme de época em belíssimo preto e branco, pós Primeira Guerra Mundial, que se passa numa pequena cidade do interior da Alemanha e na França, mormente Paris, em que as cores que surgem aqui e ali tem forte sentido dramático.

É um filme sobre imaginação, desejos camuflados ou inconscientes, verdades atrozes, mentiras e as situações em que estas parecem ser a melhores escolhas. Mas até quando?

Ozon mantém, de certa forma, seus temas, em mais um filme desconcertante, onde situações não são o que parecem, os personagens não sabem bem o que sentem, há forte dilema nas escolhas (que podem ser desastrosas), elementos de maior ou menor perversidade irrompem, camadas insuspeitas sucessivas são adicionadas, redimensionando magistralmente tudo o que vimos antes.

Quando e como este filme terminará? É uma forte pergunta para  espectadores  guiados por um roteiro tortuoso e um diretor que brinca seriamente com os fatos narrados.  

5- “A Mulher Que Se Foi” f (2016) de Lav Diaz

O filipino Lav Diaz, sempre interessado em momentos históricos fortes de seu país, faz filmes de longuíssima duração (este em questão tem 3 horas e 48 minutos e é um dos mais contidos), mas sabe enquadrar seus planos magnificamente, expondo aos nossos olhos sequências com muita vida.
Acompanhamos os personagens em suas ações, como se fôssemos íntimos e cúmplices. Em sua obra temos “a vida como ela é”, mas de forma bastante afirmativa, num plano oposto às ironias de Nelson Rodrigues 
  
Uma senhora, Horacia Somorostro (Charo Santos-Concio, excelente) sai da prisão onde esteve condenada a mais de 30 anos porque teria cometido um assassinato, mas uma colega de prisão, depois deste tempo todo relata que cometeu este crime. E acaba se suicidando.  

Estamos em 1997, quando havia uma epidemia de sequestros nas Filipinas. Um figurão, acusado de envolvimento, está preso em prisão domiciliar.  É o verdadeiro mandante do crime que levou Horacia à prisão. Mas circula livremente, buscando tortuosamente um perdão cristão junto a um padre numa igreja local que costuma frequentar.

Neste sentido ele nos lembra um pouco Michael Corleone ( Al Pacino” em “O Poderoso Chefão parte III ( 1990).

Horacia, em liberdade só encontra a filha. O marido morreu e o filho desapareceu.

Dentre vários acontecimentos relevantes na narrativa, temos a acolhida bastante cuidadosa que Horacia dá a um trans que sofreu violências. Saberemos que isto não é nada gratuito. Mas como temos a vida como ela é, estes cuidados nos são mostrados com a maior paciência, em belos enquadramentos.

Neste filme temos, dentre outros, uma epopeia particular em busca do filho, até com projeções e a temática da vingança, quando a justiça é corrupta e inoperante. Lav com bastante paciência constrói  situações em que a vingança se dará,   definitivamente  não ou ainda em aberto na narrativa. O diretor,  longe de hermetismos, é um grande contador de histórias. 

“A Mulher Que Se Vai” justifica com louvor o Leão de Ouro que ganhou no Festival de Veneza em 2016.   

6- “Uma Mulher Fantástica g (2017) de Sebastián Lelio / “Últimos Dias em Havana” h (2016) de Fernando Perez

“Uma Mulher Fantástica”

Marina, uma transexual perde o companheiro Orlando ( Francisco Reys), um senhor mais velho que por ela abandonou mulher e filhos.
A partir daí sua busca por dignidade, ter seus direitos reconhecidos e poder participar do velório e do enterro do amado companheiro, nos lembra, guardadas as devidas proporções, até Antígona querendo dar enterro digno a seu irmão Polinices, lutando contra a intolerância de Creonte. Afinal Orlando gostaria muito que ela estivesse presente nas cerimônias fúnebres, se despedindo dele.

O trabalho incrível de Daniela Vega (atriz e cantora transexual na chamada vida real) como Marina, eleva o filme a patamares bastante significativos.  E como mais um fator a cativar o espectador, certo clima hitchcockiano se instala. Não se tira mais o olhar da tela.

Novamente, guardadas as devidas proporções, o filme, em aspectos de sua belíssima conclusão na penúltima sequência,  nos lembra, metaforicamente, “O Dia Em Que Dorival Encarou a Guarda” (1986), curta-metragem bastante premiado, um dos melhores já feitos no Brasil, de Jorge Furtado e José Pedro Goulart.

“Últimos Dias em Havana”

Dois cubanos moram numa Cuba em condições quase que indigentes, num conjunto de apartamentos lúgubres. Um deles, HIV positivo, tem pouco tempo de vida e já sofre consequências físicas dolorosas de sua má saúde. Mas é ele quem vai procurar, com seu gosto incansável pela vida, animar quem dele cuida e vive amargurado, sonhando com o dia em que receberá um visto para ir embora da ilha, antes de Fidel, agora de Raul. 

Personagens a princípio secundários surgem na trama e acabam ganhando bastante força, o que constaremos melhor no desfecho.

Enfim, forma-se uma cálida micro humanidade, que é o que fará sentido mesmo para estas vidas todas, contornando agruras de uma sociedade em derrisão.

Como se deu, em quanto tempo até o presente e qual o grau  de intimidade do relacionamento de Miguel (quem cuida) e Diogo (o paciente), que tem ou tiveram, é algo misterioso, intrigante.

Contribui para isto Miguel não ser mostrado sob qualquer signo de suposta homossexualidade. Sem demérito a qualquer pessoa,  mas apenas ressaltando uma diferença, ninguém nas ruas apontaria Miguel como homossexual.

O final, que pode soar um clichê crítico, aponta em outra direção, pois temos em aspecto bastante importante equivalências.
Mas este final também nos reserva significativas surpresas para o bem ou para o mal. 

7- “Roda Gigante” i (2017) de Woody Allen

Esnobado por muitos formadores de opinião em um dos melhores filmes de sua carreira, “Café Society (2016), com este “Roda Gigante” não seria diferente.

Assim como muita gente quer ser o dono do que seria um filme de Pedro Almodóvar (daí a injusta fria recepção por parcela da crítica ao excelente “Julieta” (2016), um filme sobre mulheres bastante sério e admirável), tem-se também os patrulheiros de Woody Allen.

E surge um paradoxo cruel e tolo: se estes dois grandes artistas reafirmam temáticas e gêneros estão se repetindo; se realizam trabalhos que fogem bastante do previsto, das expectativas, embarcaram em canoa furada. 

É “Blue Jasmine” que mais se aproxima de “Um Bonde Chamado Desejo” de Tennessee Williams. Jasmine (maravilhoso trabalho superpremiado de Cate Blanchett), ao final. enlouquecendo num banco de praça, sem saber o que fazer da vida, sem ter ideia para onde ir, poderia dizer: “Sempre dependi da bondade de estranhos”, como Blanche DuBois, sendo levada para um hospício.  

Já em “Roda Gigante”, onde a roda da fortuna da vida gira e acabam todos no mesmo lugar, os personagens lembram um rato num pote de leite: quanto mais se debate para sair, mais coalhado fica o conteúdo do pote e mais difícil de escapar.

Na história da protagonista ex-atriz Ginny, em extraordinário desempenho de Kate Winslet, que cada vez mais não suporta seu cotidiano ( como os demais personagens em variados graus), Woody Allen se apropria de elementos dos melodramas nobres de Douglas Sirk em technicolor, mas tudo se passa mesmo como se Woody adentrasse a cabeça de Tennessee Williams e escrevesse uma peça ao estilo do grande dramaturgo´, com seu universo de seres errantes e/ou marginalizados, humilhados, de todas as formas e classes sociais.

Afinal Sirk em muitos de seus filmes nos traz redenção preciosa   ao final. Já Woody (neste caso) e Tennessee de forma alguma.  

Mas é também imprescindível destacar que a sensacional direção de fotografia de Vittorio Storaro é um grande personagem do filme também.
A resolução de “Roda Gigante” é uma das mais cruéis e potentes já realizadas por Woody Allen, mais triste ainda do que em “Match Point” (2005), “Crimes e Pecados” (1989), “O Sonho de Cassandra” (2007) ou “Interiores” (1978), dentre outros filmes de Allen, que se recusam a ser comédias, nem agridoces.  

Mas explicar o porquê seria um grande spoiler. Paro por aqui.

8- “Human Flow- Não Existe Lar se Não Há para Onde Ir” j ( 2017) de Ai Weiwei/ “Eu Não Sou Seu Negro” k (2016) de Raoul Peck

“Human Flow- Não Existe Lar se Não Há para Onde Ir”

Em viagens de Ai Weiwei por 23 países, mostrando refugiados saindo de suas terras, o que pode acontecer em suas trajetórias e nos pontos de chegada, compõe-se um filme com amplitude neste tema que nunca vi e que apresenta um grande diferencial.

Ai Weiwei é um grande performer e artista plástico ( morando na Alemanha pois se voltar à China é preso) se vale deste talento para compor várias imagens e sequências belíssimas, algumas utilizando drones.

Mas ele toma o cuidado de não banalizar o horror, embelezando-o simplesmente. Cria sim uma maior empatia entre o espectador e o filme. Afinal um filme deprimente afasta reflexões e pode provocar reações imediatas para ser esquecido.

“Eu Não Sou Seu Negro”

A montagem e a narração de Raoul Peck e Samuel L.Jackson respectivamente são brilhantes. Mas o filme não teria a enorme envergadura que tem sem os textos e as falas contundentes, mordazes, irônicas, precisas e poéticas de James Baldwin.

A visão de mundo do escritor é ampla a ponto de entender as razões tanto de Martim Luther King e Malcom X em suas propostas de lutas bastante divergentes para conseguir os direitos civis legítimos dos negros.

Quando Baldwin afirma com força “eu não sou seu negro”, ele não nega a raça negra que tem. O que o afronta é a visão estereotipada e viciada que brancos querem pespegar em negros.

Numa era em que dão as caras suprematistas brancos expondo seus horrores orgulhosos, a Ku Klux Klan e policiais matam negros por nada, ficando impunes, “Eu Não Sou Seu Negro” é  de uma atualidade, urgência, pertinência atordoantes e impressionantes.  

9- “A Criada” l (2016) l de Park Chan-Wook / “A Qualquer Custo” m (2016) de David Mackenzie

“A Criada”

Na Coréia do Sul, 1930, invadida pelos japoneses, temos uma história onde nada, nem ninguém é o que parece ser. Isto já se viu em vários filmes, mas aqui se dá com bastante originalidade e muito engenho, de forma nunca vista antes.   

Park Chan-Wook faz uma reconstituição de época belíssima, suntuosa e conta com um elenco sedutor, com personagens sedutores também para o bem e o mal.

A obra não prescinde de situações de humor. Mas o que se vê no conjunto é brilhante e assustador. Realmente: “Ninguém sabe a maldade que se esconde nos corações humanos”. Mas passa a ser maldade dependendo do ponto de vista. O diretor expande nossas visões sobre o bem e o mal e seus interstícios. 

“A Qualquer Custo”

Neste western moderno, temos como forte subtexto, um caldo de cultura que nos explica em parte porque um Trump foi eleito.

Acompanhamos uma história de marginais, onde tendemos a ter empatia por eles, numa América profunda, plena de pobreza, com total falta de perspectivas. 

Assim, como espectador, passamos a compactuar com dois irmãos que assaltam agências de um banco, do qual uma hipoteca  vencida os fará perder a casa da família. 

No desfecho temos uma situação moral que nos lembra um tanto a de “Assassinato no Expresso do Oriente” de Kenneth Branagh. Ficamos incomodamente satisfeitos.

“A Qualquer Custo” tem na modernidade, violências típicas do velho western. Neste sentido nos lembra “Onde os Fracos Não Tem Vez” (“No Country For a Old Man” - 2007) dos Irmãos Coen. E bastante em comum, temos como que xerifes em aposentadoria, sentindo total impotência diante do mundo que se desenha e os cerca. Não existe país para estes velhos homens. Velhos não na idade, mas na experiência, que se torna inócua. 

10- “O Filme da Minha Vida” n (2017 de Selton Mello / “mãe!” o (2017) de Darren Aronofsky

“O Filme da Minha Vida”

Num mundo pleno de bodes de toda espécie, em que a política em muitos lugares (incluindo o Brasil) mais do que estar nas mãos de corruptos, está na de psicopatas, Selton Mello intuiu que precisava dar um presente a diferentes plateias, mas sem rebaixamentos. Um bombom, no melhor sentido da palavra. 

Assim surgiu este filme lírico do começo ao fim, com interpretações primorosas, nos convidando a desvendar qual o filme da vida do protagonista. Mas para tal é necessário o   desnudamento do filme da vida de vários outros personagens. O coadjuvante de um pode ser o protagonista de outro.

Um jovem, Tony (Johnny Massaro) chega de temporada de estudos fora de sua pequena cidade, formado como professor, na era em que o rádio irrompe como forte meio de comunicação no Brasil.

Ao colocar o pé na estação de trem, o pai Nicolas (Vincent Cassel), de descendência francesa, sem falar nada,  sobe para uma viagem, saudoso de suas origens, dizem.

Mas o filme nos adianta o acontecido por narração e depois esmiúça visualmente os fatos, não se prendendo a linearidades, ficando mais intrigante a descoberta dos filmes, entranhado nestas vidas.

O filho passa a se lembrar dos tempos em que aprendia a andar de bicicleta e por mais que cenas assim tenham já sido mostradas em outros filmes, aqui é vista com bastante beleza e sabe-se que para tal contribuiu o fato do menino ator não saber andar mesmo de bicicleta. No fundo aprendeu com Vincent Cassel mesmo, quando depois de certa ajuda, é deixado sozinho, a pedalar, perdendo o medo.

Para a beleza deste e outros tantos momentos do filme contribui muito mais uma vez no Cinema Brasileiro, a genialidade de Walter Carvalho como diretor de fotografia. Em “O Filme da Minha Vida” precisava e encontrou um tom bastante nostálgico, mas que não fosse adocicado.
   
Existe na vida dos seres que povoam o filme muitas representações, o que reforça a ideia da realidade se aproximando de clima de ficção.

São muitas as artimanhas e estratégias de vida destes seres humanos, que soam mesmo como ficção, reitero, de tão insólitas que são.

Uma frase/ preocupação de Paco (Selton Mello), um homem bastante rude, que parece ter mais carinho pelos porcos do que pelas pessoas, mas é com quem Tony vai travar amizade (mesmo sendo tão diferentes), não está na obra à toa. Faz parte do “O Filme da Minha Vida” de Paco.

Fico pasmo ao ler/ouvir que o filme tem roteiro confuso. Será falta de contato com Literatura propriamente dita?Ora ele tem que ter suas sinuosidades, as descobertas que vão sendo feitas montando-se imagens e falas. Caso contrário, seria perdido o conceito de “O Filme da Minha Vida”.

E é preciso finalizar, ressaltando, que os desempenhos são primorosos ( até uma atriz que representa uma prostituta, por pouco tempo, acaba tendo o seu momento), mas os destaques maiores são Johnny Massaro com seus olhos tristes e perdidos que dá ao seu Tony, Vincent Cassel nos momentos mais dramáticos ( um ator francês ideal para o papel, que faz a ponte Rio de Janeiro-França, como moradia e fala português fluentemente),  Selton Mello fugindo de tudo que já vimos com ele, um personagem casca-grossa.

Numa participação especial, a ressaltar temos Rolando Boldrin,  como o maquinista de trem entre pequenas localidades, que sabe muita coisa sobre todas as pessoas, mas  que fica consigo mesmo, sendo aquele que detém a sabedoria e a experiência que falta aos outros, com tantos desengano e armadilhas.
     
Filmes como “O Palhaço” (2011) e este “O Filme da Minha Vida” (2017), ambos de Selton Melho, são exemplos eloquentes de obras de orçamento médio, que podem, com muita arte, representar caminhos para o Cinema Brasileiro, numa vertente mais popular para um público amplo, que passe longe de comédias caça-níqueis descerebradas e emburrecedoras.  
      
“mãe!”

 Reconheço. Temos um filme de pegar ou largar. Sou dos que pegam.
No cartaz temos mãe escrito com letras todas do mesmo tamanho. Por isto aqui fica “mãe!”

Há aqui camadas de alegorias: uma bíblica nada canônica; a condição do escritor e as crises do papel em branco que pode surgir depois da realização de uma grande obra; a loucura fanática que pode cercar celebridades. E por fim, a mais importante: a degradação da Mãe Terra pelas mais variadas formas de insensatez e irresponsabilidade, tangenciando o mundo ao apocalipse.

Mas uma possibilidade de refundação do mundo, neste filme de contornos bíblicos, só vem do poder de Deus enquanto demiurgo, restaurando o que foi destruído, agindo sobre a Mãe Terra.

Descobrimos tudo o que acontece, desde o início, na sua amplitude e absurdo crescentes, através de uma câmera colada na mãe interpretada por Jennifer Lawrence, aqui num grande desempenho, crucial para o sucesso do filme. O que ela vai descobrindo é o mesmo que nós, em um exercício fascinante. 
    
(11) “Suburbican- Bem-vindos ao Paraíso” p (2017) de George Clooney / “Paterson” q (2016) de Jim Jarmusch

“Suburbican- Bem-vindos ao Paraíso”

George Clooney resgatou  e repaginou um roteiro dos Irmãos Coen dos anos 80 e faz o presente dialogar com uma história de humor negro nos anos 50, num condomínio “perfeito” para classes médias brancas que sonham com o assim chamado sonho americano de crescimento devido à supostas oportunidades fartas e irretocável meritocracia.
   
Enquanto uma família de negros que destoa da comunidade é hostilizada de todas as formas, numa casa ao lado, sem que ninguém saiba ou se importe, desenrola-se violências com mortes dentro e fora, como dominós próximos desabando uns sobre os outros.  

Para quem não julga humor negro gênero menor, a conversa entre pai e filho final é algo antológico. Aqui tudo é tão doloroso que o humor não deve aliviar a tensão do espectador.

“Paterson”

Jim Jarmusch continua com seu inventário sobre pessoas comuns, melancólicas, com vidas melancólicas. Mas aqui há um grande diferencial. Paterson (com Adam Driver em sintonia fina com seu personagem) dirige cotidianamente um ônibus, num mesmo itinerário, conversando com colegas as mesmas coisas, mas somos impelidos a pensar como o último filme do mestre zen Yasujirô Ozu: a rotina tem seu encanto.

É desta rotina que Paterson vai extraindo elementos para sua poesia que vai anotando e numa jogada de mestre, Jim Jamursh apresenta como escrita na tela, no ritmo do poeta.

Claro que fatores externos a esta rotina acontecem. Alguns bem preocupantes, mas tudo nos lembra a pedra que jogada num rio espalha ondas concêntricas, mas depois elas desaparecem. Mas o importante é que a mente de Paterson fervilha e transborda poesia.

Jamursh constrói um filme bastante poético e metalinguístico, pois temos como protagonista um poeta e de forma não didática “aprendemos” o que é poesia, como ela pode brotar, se impor. De certa forma é o que Gilberto Gil faz em “Metáfora” e Ferreira Gullar em “Traduzir-se” de forma mais sofisticada. 
  
Aqui o diretor continua cultivando sua estética de filmes minimalistas, mas com ele (ao contrário de muitos outros), menos é realmente muito mais.
  
1-b- Outros Destaques, Sem Ordem de Preferência


“De Canção em Canção” (2017) de Terrence Malick

“O Estranho Que Nós Amamos” (2017) de Sofia Coppola

“Clash” (2016) de Mohamed Diab

“Bom Comportamento” (2017) de Ben Safdie, Joshua Safdie
“Jackie” (2016) de Pablo Larraín

“Detroit em Rebelião” (2017) de Kathryn Bigelow

“Blade Runner 2049” (2017) de Denis Villeneuve

“Monsieur & Madame Adelman” (2017) de Nicolas Bedos

“Corpo e Alma” (2017) de Ildiko Enyedi

“Lady Macbeth” (2017) de William Oldroyd

“Com Amor, Van Gogh” ( 2017) de Dorota Kobiela, Hugh Welchman

“Fragmentado” (2017) de M. Night Shyamalan

“Corra!” (2017) de Jordan Peele

“Z: A Cidade Perdida” (2016) de James Gray

 “O Outro Lado da Esperança” (2017) de Aki Kaurismäki

“Bingo: O Rei das Manhãs” (2017) de Daniel Rezende

“A Promessa” (2016) de Terry George  

” Um Instante de Amor” de Nicole Garcia

 “As Duas Irenes” (2017) de Fabio Meira

“O Rei do Show” (2017) de Michael Gracey

“Como Nossos Pais” (2017) de Lais Bodansky

 “Polícia Federal- A Lei é Para Todos” (2017) de Marcelo Antunez

 “Lumière! A Aventura Começa” de Thierry Frémaux

“Assassinato no Expresso do Oriente” (2017) de Kenneth Branagh


"Cidadão Ilustre" de Mariano Cohn e Gastón Duprat

 "Planeta dos Macacos : A Guerra" de Matt Reeves.

“O Formidável” (2017) de Michael Hazavicius

“Moonlight: Sob a Luz do Luar” de Barry Jenkis

"Eu, Daniel Blake" (2006) de Ken Loach 

"Além das Palavras" (2016) de Terence Davies 

"Gabriel e a Montanha" (2017) de Felipe Camarano Barbosa 

"Paraíso" (2016) de Andrei Konchalovsky 

1-c   Filmes Bem Comentados Não Vistos

“Armas na Mesa” (2016) de John Madden

“Logan” (2017) de James Mangold

“Victoria e Abdul - O Confidente da Rainha” (2017) de Stephen Frears

“Mulher Maravilha” (2017) de Patty Jenkins

“Terra Selvagem” de Taylor Sheridan

“Na Mira do Atirador” de Doug Liman

“Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas (2017) de Angela Robinson

“Extraordinário” (2017) de Stephen Chbosky

“Assim É A Vida” (2017) de Eric Toledano, Olivier Nakache


“Lucky” (2017) de John Carroll Lynch 

"A Ópera de Paris" (2017) de Jean-Stéphane Bon

"Cora Coralina - Todas as Vidas (2015) de Renato Barbieri 

"Cartas da Guerra" (2016) de Ivo Ferreira 

2- Apontamentos Gerais

Em “Lady Macbeth” r de William Oldroyd temos direção e roteiro, de modo geral, primorosos. O filme divide-se em sequências austeras onde é captado a dramaticidade exata que se precisa, passando-se a outro bloco. 

Mas há um problema na construção da protagonista. A rigor ela é mais cruel do que a Lady da peça de Shakespeare. Esta, depois de ter estimulado ao máximo Macbeth a matar o rei, desafiar até sua masculinidade, ser o agente catalizador para o marido usurpar o trono, aos poucos, pode ir desaparecendo da peça, mas a vemos depois lavando as mãos compulsivamente, sem que mais haja sangue. Aos poucos mergulha numa insônia, num sonambulismo sintomático e ao fim ao suicídio.

Já a Lady de Oldroyd é simplesmente uma psicopata, não se arrependendo de nada dos horrores que pratica. Se de início pensamos que tratará a criada negra com humanidade, numa casa em que esta é coisificada, depois quando convém...

Faria bem ao filme alguma hesitação, algum sinal de culpa, mesmo que efêmero, com ela tomando as rédeas da tirania novamente. Mas o que temos é uma máquina mortífera.

Chega a ser assustador ler que a Lady deste filme tem alguma coisa que seja próxima do que se chama, já como clichê, empoderamento feminino, como se houvesse um lado e outro. Não. Ela é uma completa psicopata mesmo.
Neste caminho, a Lady de Shakespeare de anos mais atrás seria bem mais avançada em seu  empoderamento......

Numa comparação, prefiro “O Estranho Que Nós Amamos” s de Sofia Coppola.

Sofia baseou-se no mesmo livro que inspirou o filme homônimo de Clint Eastwood. Mas para ter sentido, passou a abordar a história a partir da ótica das mulheres. Como não queria tratar superficialmente, tirou os personagens negros da história.

As mesmas mulheres que cuidam de um soldado da União ferido (sendo que as mais velhas passam a se sentir atraídas sexualmente por ele no internato em que vivem), com exceção de uma, são as pessoas que vão paulatinamente se tornando bastante cruéis, chegando a extremos, com a cumplicidade maior de uma menina sagaz. E que, por ironia, foi quem trouxe o soldado ferido até o internato.
 
Não há aqui psicopatias. O que há é medo do diferente, da própria sexualidade, do novo, do incontrolável, dentre outros sentimentos   mais inconscientes. Bem mais estes elementos do que a noção de perigo de ter um soldado da União, que teria se tornado ameaçador, irremediavelmente, sem possibilidade de diálogos.  

O filme de Sofia tem muitos matizes. O de William Oldroyd, mesmo que tenha grandes qualidades artísticas inegáveis, funciona como um sofisticado piloto automático.

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Abatedouros de bovinos é uma das piores e mais deprimentes atividades
 econômicas para se trabalhar.

Para suportá-los, as pessoas (principalmente as mais sensíveis), mesmo que não estejam envolvidas diretamente com os abates, precisam criar uma forte couraça de auto proteção psíquica. Trabalhos repetitivos, onde for, já promovem transtornos. Imaginem num abatedouro.

“Corpo e Alma” t de Ildiko Enyedi de início é bem realista e cru sobre o que se faz com os bovinos.  Mas no seu decorrer abandona os efeitos e concentra-se nos protagonistas. Ela faz controle de qualidade e com olho de lince, bastante profissional,  percebe problemas que diminuem a classificação de qualidade das carnes. Ele é analista financeiro. Mas sabe de que área se trata. Onde trabalha não se produz bombons....

Os protagonistas almoçam, de modo geral, juntos no refeitório, sendo bastante tímidos, cada um com suas razões. Ela nunca transou com ninguém e tem bloqueios para contatos com outros corpos. Ele já foi mulherengo, casado, separou-se e tem um problema relativo a uma AVC numa das mãos.
Acredito que esta dramaturgia não precisava ser carregada com esta questão da mão.

Ela vai a um psicólogo infantil que cuida dela desde quando ela era criança. Aqui há um elemento de estranheza. O psicólogo recomenda que ela procure um profissional para adultos. Mas ela quer que seja ele. Mas um profissional desta área realmente sério, se recusaria a atendê-la já jovem ou adulta. Não estaria ele enxugando gelo, reforçando o lado infantil dela, com medo até de contatos, de sexo?

Mas o que mais incomoda mesmo é o fato de, a rigor, trabalhar neste abatedouro não provoca efetivamente efeitos em suas visões de mundo e em seus sentimentos, tanto nele como nela. Os problemas são de outra ordem. Não é algo que se agrega. Poderiam trabalhar numa indústria clean e se encontrarem no refeitório.

Aonde o filme fica mais forte mesmo é quando eles passam a saber que tem sonhos iguais onde um casal de servos aparece, vão juntos beber água e se aproximam. A simbologia é óbvia, mas bela. Fazem no sonho o que não conseguem realizar na realidade e isto não está no roteiro à toa.

(Atenção Spoilers)

É quase que incompreensível que ela se mantenha frígida, sem nenhum esgar de prazer, enquanto o parceiro ( que com um telefonema providencial, num truque de roteiro previsível a salvou de um suicídio) transa com todo gosto e prazer.

Sorrisos de ambos surgem pela manhã. Os sonhos desaparecem. Aqui um final lindo e poético.
  
No conjunto “Corpo e Alma” nos encanta paulatinamente. Mas é um filme que não está à altura de ter recebido no Festival de Berlim de 2017, o Urso de Ouro, o prêmio da Fipresci e do público. 

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“No Intenso Agora” u (2017) me decepcionou, depois de anos aguardando novo filme do grande documentarista que é João Moreira Salles e que, no mínimo, tem uma grande obra-prima no seu currículo que é “Santiago” (2007).

Não há imagem alguma no filme que tenha sido filmada por João. Mas isto não é problema. Vejamos o porquê, como foram escolhidas, como surgem na montagem.

A narração do próprio João é bastante sensível e com momentos bem poéticos. Todas as imagens que se vê das manifestações em Paris, em maio de 1968, acumuladas, filmadas por anônimos que queriam mudar a sociedade em que viviam, mas não sabiam para onde, são bastante significativas e atraentes.

De qualquer modo em sua rebeldia, os jovens viviam o seu “intenso agora”
O contraponto com imagens mal filmadas de forma clandestina de tanques invadindo Praga, no que se chamou a Primavera de Praga, é bastante instigante.

Mas o filme claudica em dois aspectos.

A mãe de João numa viagem à China acaba ficando encantada pelo povo e a arquitetura e outras artes. Vemos as imagens coloridas desta viagem que João descobriu anos depois de sua mãe ter se suicidado, num daqueles acontecimentos para o qual não se encontra explicação, habitando uma zona de grande mistério.

Ao captar estas imagens ela viveu o seu “intenso agora”, algo que João leu num artigo que sua mãe escreveu para uma revista.

Mas esta parte tem muito valor afetivo para o filho. Mas nós espectadores teremos emoção equivalente que possamos comungar? Isto não deve acontecer com qualquer plateia.

Há algo bem estranho que nem é algo filmado pela mãe. Mao Tsé-Tung matou milhões de pessoas e promoveu uma Revolução Cultural que, no mínimo, humilhou publicamente muita gente.

Quem quiser ter cinematograficamente excelente visão sobre este período, assista a obra-prima, Palma de Ouro em Cannes, “Adeus, Minha Concubina” (1993) de Chen Kaige , uma obra épica e suntuosa que impressionou bastante Louis Malle, pouco antes de morrer.
Pois bem. Qual o sentido de se inserir imagem de Mao jovem escrevendo um poema sobre a finitude?
Sabemos que muitos jovens sonhavam com uma revolução maoísta, sem nenhuma consciência do que ela realmente foi, dos milhões assassinados. Até Jean-Luc Godard surfou nesta onda, nesta “roubada”. 

Assim, um grande incômodo se instala. Temos pelas lentes da mãe uma China idealizada, higienizada e muitos jovens manifestantes em Paris (não sei em que proporção) se revoltando, sonhando com o que foi filmado da China?

Melhor os que não sabem que sociedade querem no lugar da presidenciada por Charles André Joseph Marie de Gaulle. Escrevo o nome todo por provocação.

Claro que esta é uma montagem que o diretor não gostaria que eu fizesse, mas ele não é dono de sua obra e me arrisco dizer, do seu inconsciente.
Outro problema ocorre com a rebordosa das manifestações.

Vários jovens se suicidaram e o filme, de uma forma deprimente, mostra vários cortejos fúnebres, quando poderia ter mostrado dois e feito referência aos demais suicídios.

O cortejo relativo ao estudante Edson Luís, assassinado no restaurante Calabouço, mostrado no Brasil, tem tudo a ver. Mas os demais tão explicitados....

Aqui ocorre o que “Human Flow- Não Existe Lar se Não Há para Onde Ir” de Ai Weiwei soube, como comentado, evitar. “No Intenso Agora”, que soa tão depressivo é um convite à não reflexões. Pelo menos eu, ao assistir, quis logo esquecer.

Mas como exercício crítico, cá estou refletindo sobre ele. Confesso que um tanto penosamente.

Com filmes de ficção por mais que sejam melancólicos, tristes ou até deprimentes, sempre há o recurso de distanciamento, como: Esta  é Kate Winslet como Ginny, desesperada, quase que enlouquecida ao a fim de “Roda Gigante”.

Mas há exceções que transcendem qualquer tentativa de distanciamento, como “Pietá” (2012) de Kim Ki-duk, onde o diretor pesa muito a mão em reiteradas crueldades e outros fatos. 

Gosto muito de outros filmes do diretor, mas este é inacreditável que tenha ganho o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 2012. 
    
Em entrevista no Conversa Com Boal, João declarou que o filme que trabalha com imagens “emprestadas/compradas”, ao seu modo, é também  um estudo do status das imagens. Algo intelectual e específico demais para o público de modo geral.

Perguntado no mesmo programa, João admitiu e elencou legados de maio de 1968 como conquistas do feminismo, direitos do pessoal LGBT etc. E eu ouso acrescentar: pode até inspirar movimentos como os de 2013 no Brasil, em outros, mas sabendo o que se quer, ao contrário dos jovens perdidos do maio de 68.

Pela forma como “No Intenso Agora” é estruturado, tudo se passa  como se maio de 68 não tivesse deixado legado algum.

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Em “Blade Runner 2049” v Dennis Villeneuve quase teve uma obra-prima em seu curriculum de tantos filmes muito bons, a começar por “Incêndios” (2010). Mas ele e os produtores (ou só esses) perceberam que o filme poderia não ter maiores atrativos para jovens e adultos que vão aos cinemas, sem se cansar, assistir ao mais do mesmo que são os filmes vídeo games com muitas correrias, explosões, perseguições de carros em alta velocidade, com alguns rodopiando e o “herói” saindo ileso.

Assim nos últimos 20 minutos mais ou menos de “Blade Runner 2049” surgem piscadelas para estes jovens e adultos e temos sequências de ação quase que ininterruptas.

Até Deckard (Harrison Ford) entender que K (Ryan Goslyng) quer simplesmente conversar e não o matar, ocorre um tempo enorme de perseguições e fugas. Algo suaviza isto e traz belezas como artistas em diminuta forma (Frank Sinatra, cantando) ou simulando a realidade ( como Elvis cantando, uma aparição de Marylyn Monroe). São criaturas como que clonadas também, em efeitos de ótica.

Mas fora isto, não há muitos tempos para respiro.

Há uma refrega em que K é derrubado por Deckard para um platô abaixo. Mas sem cortes, o vemos escondido no mesmo andar onde estava antes. Problema de continuidade?

Não se entende bem porque K estando debilitado não é capturado e Deckart  bem perto é. Como não é difícil de se prever, é K quem vai tentar resgatar Deckart.

Há também uma intensa luta de K contra representante da corporação de Niander (Jaret Leto), a máquina mortal Luv ( Sylvia Hoeks), que envolve lutas  ferrenhas embaixo d´água, aparição de surpresa, assustadora,  na superfície, nova luta etc.

Outro fator que decepciona. De olho numa franquia e numa sequência, há informações vagas demais, suspeitas demais que ficam para o próximo filme desvendar, onde o personagem de Jared Leto, pouco aproveitado aqui, terá possivelmente maior importância.

Esta continuação ficará provavelmente para ser lançada em 2019.
Prefiro os procedimentos de Quentim Tarantino e Lars Von Trier. Lançaram “Kill Bill” e “Ninfomaníaca” em dois volumes e num espaço de tempo relativamente curto.

Particularmente, não gosto de esperar um ano ou mais para uma continuação que explique temas em aberto. E pela bilheteria de “Blade Runner 2049” se justificará esta sequência? Que qualidade terá se Denis Villeneuve não quiser ou puder dirigir? Chamarão o “barroco” Zack Snyder, de “300”(2006)  com sua mão pesada?........

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“Com Amor, Van Gogh” x poderia também resultar numa obra prima. Pictoricamente é deslumbrante pela maneira como evoca as estéticas do pintor em toda história. O trabalho de 125 pintores é formidável e nunca foi visto antes, trabalhando-se exaustivamente sobre cenas filmadas com atores. 

Uma grande polêmica: “Testemunhas do leito de morte de Van Gogh contam que ele aparente teria revelado que o disparo foi feito como uma tentativa de suicídio. No entanto, em entrevista a Vanity Fair, o doutor Vincent Di Maio, especialista em lesões por arma de fogo, disse que acredita que a marca da ferida revelara que o tiro não poderia ser "auto infligido".

Di Maio fez as declarações em resposta a um pedido de ajuda feito por Steven Naifeh e Gregory White Smith, co-autores de uma polêmica biografia de Van Gogh ganhadora do prêmio Pulitzer. Lançado em 2011, o livro “Van Gogh: A Vida” sustenta que o pintor teria sido assassinado por dois meninos acidentalmente. Antes de morrer, o artista teria omitido o fato para protegê-los, jogando a culpa para si. Tal teoria teria surgido ainda nos anos 1930 na França” - Fonte: Vide z no item 3

Mas o filme se estrutura demais, enquanto roteiro, nesta questão do suicídio ou não. Parece quase que um MacGuffin de Hitchcock, ou seja, algo que existe mesmo é para impulsionar a história, sem ter no fundo importância em essência.

Sabemos que no filme não é bem assim. O desfecho é emocionante e significativo, mas durante a evolução com Armand Roulin querendo desvendar este mistério, no presente sempre onipresente, soa um tanto artificial. Um Hercule Poirot de Agatha Christie fora de tempo, vocação e lugar.

Para um artista como Van Gogh que tanto explorou maravilhosamente as cores, me decepciona mostrar os flashbacks narrados em preto e branco. E é nestas cores que o artista mais aparece. É decepcionante ver os girassóis rapidamente, diminutos e nestas cores. 
 
Para distinção, eu usaria cores em tudo e espécies de molduras ao redor das imagens, ou outro formato de tela, para representar o passado.

Mas a proposta de “Com Amor, Van Gogh” é tão espetacular e em boa parte bem-sucedida, concentrando-se primordialmente no visual obtido, esquecendo fraturas do roteiro, que se trata mesmo de um filme imperdível e está se tornando cult no Rio de Janeiro merecidamente.

As imagens em cores “vangoghianas” dando contorno a figuras como o médico Dr. Gachet, a Armand Roland em roupa amarela, como exemplos etc são deslumbrantes.

É um filme bastante ousado, com desfecho quase que acutilante, não fosse uma carta de Van Gogh, por sinal bem triste, mesmo que poética. 

"Com Amor, Van Gogh" não tem as mensagens para toda família que até mesmo as melhores animações digitais com temas e roteiros espertos trazem, de modo geral.  

Há conversas e leituras de cartas belíssimas no filme. Van Gogh se revela não só grande pintor, como excelente poeta. Mas um poeta trágico que romantiza a morte.

E curiosa, irônica e tragicamente, um artista que só vendeu um quadro em vida ( mesmo tendo o irmão Theo presente em sua vida, sustentando-o, comprando até suas tintas, sendo marchand) e realizou mais de 400 obras, depois da morte, tem justamente o quadro do Dr. Gachet como o primeiro a ser vendido em maio de 1990 por US$ 82,5 milhões. Alguém de grande importância em sua vida. ( fonte https://pt.wikipedia.org/wiki/Retrato_de_Dr._Gachet  )

  
3- Links Associados

a- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-29943/ - “Silêncio” - Sinopse- Trailer-Créditos- Critica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Internacionais

Sinopse

Século XVII. Dois padres jesuítas portugueses, Sebastião Rodrigues (Andrew Garfield) e Francisco Garupe (Adam Driver), viajam até o Japão em uma época onde o catolicismo foi banido. À procura do mentor deles, padre Ferreira (Liam Neeson) os jesuítas enfrentam a violência e perseguição de um governo que deseja expurgar todas as influências externas

b- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-229490/ - “La La Land-Cantando Estações”- Sinopse- Trailer- Créditos- Critica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Internacionais

Sinopse

Ao chegar em Los Angeles o pianista de jazz Sebastian (Ryan Gosling) conhece a atriz iniciante Mia (Emma Stone) e os dois se apaixonam perdidamente. Em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva cidade, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo enquanto perseguem fama e sucesso.

c- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-235348/ - “Poesia Sem Fim”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema-Críticas Nacionais e Internacionais.

Sinopse

Autobiografia do diretor Alejandro Jodorowsky que homenageia através da sua história a herança artística do Chile. Durante a juventude do artista chileno, ele se libertou de todas as suas amarras, como família e limitações, e foi introduzido no principal círculo artístico bohêmio dos anos 1940 no Chile, onde conheceu promissoras pessoas do ramo que se tornariam reconhecidas no século XX.

d- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-240850/ “Dunkirk”- Sinopse-Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Internacionais 

Sinopse

Na Operação Dínamo, mais conhecida como a Evacuação de Dunquerque, soldados aliados da Bélgica, do Império Britânico e da França são rodeados pelo exército alemão e devem ser resgatados durante uma feroz batalha no início da Segunda Guerra Mundial. A história acompanha três momentos distintos: uma hora de confronto no céu, onde o piloto Farrier (Tom Hardy) precisa destruir um avião inimigo, um dia inteiro em alto mar, onde o civil britânico Dawson (Mark Rylance) leva seu barco de passeio para ajudar a resgatar o exército de seu país, e uma semana na praia, onde o jovem soldado Tommy (Fionn Whitehead) busca escapar a qualquer preço.

e- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-240836/ - “Frantz”- Sinopse-Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Internacionais.

Sinopse

Em uma pequena cidade alemã após a Primeira Guerra Mundial, Anna (Paula Beer) chora diariamente no túmulo de seu noivo, morto em uma batalha na França. Um dia, o jovem francês Adrien (Pierre Niney) também coloca flores no túmulo. Sua presença, logo após a derrota alemã, inflama paixões.

f- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-249208/ - “A Mulher Que Se Foi” – Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Internacionais

Sinopse

Em 1997, a pena de Horacia Somorostro (Charo Santos-Concio), imputada injustamente, chega ao seu fim. Ao sair, Horacia reencontra sua filha, mas descobre que seu marido não está mais vivo, e ninguém sabe do paradeiro de seu filho. Enquanto isso seu ex-amante rico, que, como ela descobre, foi responsável por sua falsa acusação, está em prisão domiciliar com os amigos, suspeito de haver perpetrado múltiplos sequestros. Ela começa então a planejar sua vingança.

g-  http://www.adorocinema.com/filmes/filme-245149/ - “Uma Mulher Fantástica” - Sinopse- Trailer- Créditos – Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Internacionais

Sinopse

Marina (Daniela Vega) é uma garçonete transexual que passa boa parte dos seus dias buscando seu sustento. Seu verdadeiro sonho é ser uma cantora de sucesso e, para isso, canta durante a noite em diversos clubes de sua cidade. O problema é que, após a inesperada morte de Orlando (Francisco Reyes), seu namorado e maior companheiro, sua vida dá uma guinada total.

h- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-239390/ “Últimos Dias em Havana”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Estrangeiras

Sinopse

Havana, Cuba. Miguel (Patricio Wood) tem 45 anos e passa seus dias sonhando em finalmente conseguir o visto necessário para morar nos Estados Unidos. Ele trabalha como lavador de pratos e vive com outro homem, Diego (Jorge Martínez), portador de HIV e com quem tem uma ligação muito forte. Diego vê em Miguel uma base para permanecer de pé, mas a relação dos dois é abalada quando Miguel recebe uma carta da embaixada norte-americana.

i- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-248372/ - “Roda Gigante”- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Internacionais  ( A Sinopse aqui não é boa )

encurtador.com.br/wDLR3 – Sinopse

Ginny ( Kate Winslet)  é a esposa de um operador de carrossel, Humpty ( James Belushi), que trabalha em um parque na praia de Coney Island. Ela conhece Mickey ( Justin Timberlake), um salva-vidas que também trabalha na praia e acaba se apaixonando por ele. Quando Caroline ( June Temple), uma filha  de seu marido, volta para casa e também se apaixona por Mickey, a roda dos desejos começa a girar.

j- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-257182/ - “Human Flow- Não Existe Lar se Não Há para Onde Ir” – Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Estrangeiras 

Sinopse

Ao longo de um ano, o diretor Ai Weiwei acompanhou crises de refugiados em 23 países, incluindo França, Grécia, Alemanha, Iraque, Afeganistão, México, Turquia, Bangladesh e Quênia. Ele retrata as causas que levam milhões de pessoas a abandonarem seus países de origem, como a guerra, a miséria e a perseguição política, refletindo sobre as dificuldades encontradas na busca por uma vida melhor.

k- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-249783/ - “Eu Não Sou Seu Negro” – Sinopse- Trailer- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Estrangeiras

Sinopse

O escritor James Baldwin escreveu uma carta para o seu agente sobre o seu mais recente projeto: terminar o livro Remember This House, que relata a vida e morte de alguns dos amigos do escritor, como Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Junior. Com sua morte, em 1987, o manuscrito inacabado foi confiado ao diretor Raoul Peck.

l-http://www.adorocinema.com/filmes/filme-231299/ - “A Criada”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Estrangeiras

Sinopse

Coreia do Sul, anos 1930. Durante a ocupação japonesa, a jovem Sookee (Kim Tae-ri) é contratada para trabalhar para uma herdeira nipônica, Hideko (Kim Min-Hee), que leva uma vida isolada ao lado do tio autoritário. Só que Sookee guarda um segredo: ela e um vigarista planejam desposar a herdeira, roubar sua fortuna e trancafiá-la em um sanatório. Tudo corre bem com o plano, até que Sookee aos poucos começa a compreender as motivações de Hideko.

m- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-206412/ - “A Qualquer Custo” – Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Estrangeiras

Sinopse

Interior do Texas, Estados Unidos. Toby (Chris Pine) e Tanner (Ben Foster) são irmãos que, pressionados pela proximidade da hipoteca da fazenda da família, resolvem assaltar bancos para obter a quantia necessária ao pagamento. Com um detalhe: eles apenas roubam agências do próprio banco que está cobrando a hipoteca. Só que, no caminho, eles precisam lidar com um delegado veterano (Jeff Bridges), que está prestes a se aposentar.

n- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-235467/ - “O Filme da Minha Vida”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais 

Sinopse

O jovem Tony (Johnny Massaro) decide retornar a Remanso, Serra Gaúcha, sua cidade natal. Ao chegar, ele descobre que Nicolas (Vincent Cassel), seu pai, voltou para França alegando sentir falta dos amigos e do país de origem. Tony acaba tornando-se professor, e se vê em meio aos conflitos e inexperiências juvenis.




o- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-241747/ - “mãe!”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Estrangeiras. 

Um casal vive em um imenso casarão no campo. Enquanto a jovem esposa (Jennifer Lawrence) passa os dias restaurando o lugar, afetado por um incêndio no passado, o marido mais velho (Javier Bardem) tenta desesperadamente recuperar a inspiração para voltar a escrever os poemas que o tornaram famoso. Os dias pacíficos se transformam com a chegada de uma série de visitantes que se impõem à rotina do casal e escondem suas verdadeiras intenções.

p- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-109347/ - “Suburbican-Bem-vindos ao Paraíso” – Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Internacionais.

 Sinopse

Suburbicon, 1959. Quando uma invasão de domicílio se torna mortal, a família aparentemente perfeita de Gardner Lodge (Matt Damon) se submete à chantagem, vingança e traição, gerando um rastro de sangue que mancha o suposto paraíso.

q- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-228189/ - “Paterson”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Internacionais.

Sinopse

Na cidade de Paterson, em Nova Jersey - EUA, Paterson (Adam Driver), um pacato motorista de ônibus local, vira um personagem conhecido por se destacar em uma arte diferente da condução de veículos: o rapaz é também um poeta.

r- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-249321/“Lady Macbeth- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Internacionais

Sinopse

Katherine (Florence Pugh) está presa a um casamento de conveniência. Casada com Boris Macbeth (Christopher Fairbank), a jovem agora se vê integrante de uma família sem amor. É só quando ela embarca em um caso extraconjugal com um trabalhador da propriedade do marido que as coisas começam a mudar. Ela só não contava que isso iria desencadear vários assassinatos.

s- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-246234/- “O Estranho Que Nós Amamos”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Internacionais

Sinopse

Virginia, 1864, três anos após o início da Guerra Civil. John McBurney (Colin Farrell) é um cabo da União que, ferido em combate, é encontrado em um bosque pela jovem Amy (Oona Laurence). Ela o leva para a casa onde mora, um internato de mulheres gerenciado por Martha Farnsworth (Nicole Kidman). Lá, elas decidem cuidá-lo para que, após se recuperar, seja entregue às autoridades. Só que, aos poucos, cada uma delas demonstra interesses e desejos pelo homem da casa, especialmente Edwina (Kirsten Dunst) e Alicia (Elle Fanning).

t- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-252479/ - “Corpo e Alma”- Sinopse-Trailer- Créditos- Críticas AdoroCinema- Críticas Nacionais e Internacionais

Sinopse

Uma história de amor que começou em sonho, literalmente. Numa dualidade entre o dormir e o acordar, dois jovens que não se conhecem têm sonhos exatamente iguais, e acabam se encontrando diariamente todas as noites nesse mundo paralelo de fantasia. Quando chega a hora de se encontrarem de verdade, a situação se mostra ainda mais complexa.

u- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-253324/ - “No Intenso Agora”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica Nacional e Estrangeira

Sinopse

Documentário político que justapõe, através de imagens de arquivo, uma série de acontecimentos diferentes da década de 1960, como: a revolta estudantil em Paris, a Primavera de Praga em meio a dominação da União Soviética e a China de 1966 sob o regime de Mao, experienciado pela mãe do diretor na época.

v-http://www.adorocinema.com/filmes/filme-197686/ - “Blade Runner 2049”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Estrangeiras

Sinopse

Califórnia, 2049. Após os problemas enfrentados com os Nexus 8, uma nova espécie de replicantes é desenvolvida, de forma que seja mais obediente aos humanos. Um deles é K (Ryan Gosling), um blade runner que caça replicantes foragidos para a polícia de Los Angeles. Após encontrar Sapper Morton (Dave Bautista), K descobre um fascinante segredo: a replicante Rachel (Sean Young) teve um filho, mantido em sigilo até então. A possibilidade de que replicantes se reproduzam pode desencadear uma guerra deles com os humanos, o que faz com que a tenente Joshi (Robin Wright), chefe de K, o envie para encontrar e eliminar a criança.

x- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-241757/“Com Amor, Van Gogh” – Sinopse- Trailer- Créditos- Critica do AdoroCinema- Críticas Nacionais e Internacional.

Sinopse

1891. Um ano após o suicídio de Vincent Van Gogh, Armand Roulin (Douglas Booth) encontra uma carta por ele enviada ao irmão Theo, que jamais chegou ao seu destino. Após conversar com o pai, carteiro que era amigo pessoal de Van Gogh, Armand é incentivado a entregar ele mesmo a correspondência. Desta forma, ele parte para a cidade francesa de Arles na esperança de encontrar algum contato com a família do pintor falecido. Lá, inicia uma investigação junto às pessoas que conheceram Van Gogh, no intuito de decifrar se ele realmente se matou.