Este texto contém fortes spoilers para minha análise desejada de detalhes. Assim não é recomendado para quem ainda não assistiu “A Origem” e se incomoda com estas antecipações.
“A Origem” (2010) de Christopher Nolan
1-Inserindo o Vírus do Pensamento Para Provocar Ações Febris
Conta a lenda que o sábio taoísta Chuang Tzu, ao dormir, sonhou ser uma borboleta, mas ao acordar se perguntou: será que eu era antes Chuang Tzu sonhando ser uma borboleta ou sou agora uma borboleta adormecida, sonhando ser Chuang Tzu?
Sou infinitamente avesso ao cinema em que predominam muitas correrias, tiroteios e explosões, tão comum no cinema americano chamado por alguns críticos nerds de Cinema Adrenalina, um conceito que abomino (se eu estiver simplesmente atrás de aumento de adrenalina no corpo, vou para um parque de diversões e me “acabo” nas cadeiras de um mexicano ou numa montanha russa ou então vou passear numa favela onde a UPP-Unidade de Polícia Pacificadora fracassou, sujeito às trocas de tiros...). Quando uma obra é só adrenalina por adrenalina, sem qualquer vestígio de inteligência, torna-se insuportável. Mas estaria sendo muito injusto com Christopher Nolan se não admitisse que seu magnífico “A Origem” (EUA/Reino Unido/2010) que traz em si bastante desses elementos citados clichês (mas reelaborados e inseridos no contexto da obra, aprimorados esteticamente ) não tenham me fisgado totalmente e o filme já tenha resistido a duas sessões na Tela Grande e uma em DVD, com crescente fascínio, uma grande dose de novas descobertas e restando mistérios intrigantes que ainda pairam no ar que talvez novas visitas possam dissipar um pouco mais. Algo que é característico dos grandes filmes: essa capacidade que eles têm de nos fazer sentir como se estivéssemos sempre vendo o filme pela primeira vez a cada nova visão.
Existem filmes que não entendemos todo seu desenvolvimento, mas que o queremos ver pelas costas. Não é este o caso: terminado queremos voltar para desvendar ainda mais os seus segredos (pelo menos pra mim e alguns amigos). Ainda que Nolan embuta na boca dos personagens falas que adiantam aspectos dos intrincados jogos mentais em jogo (para se comunicar melhor com grandes plateias), ainda permanecerá fascinantes zonas de sombra a serem desvendadas (ou não). Como tratamos aqui do inesgotável mundo dos sonhos para ser decifrado, como nas sessões de análise, por mais que esmiucemos com o terapeuta com a maior competência e disponibilidade, algo que não sabemos como começa e termina, sem obedecer a ditames da razão e sim do inconsciente, sempre haverá regiões de sombra a serem decodificadas (muitas vezes em vão, pois “mais fortes são os poderes do inconsciente”, ou do “polvo”, nas relações amorosas, como quer Arnaldo Jabor em seu lindíssimo “Eu Sei que Vou te Amar” de 1986).
O roteiro trabalhado durante uns dez anos por Nolan só poderia mesmo ser dirigido por ele e este deve ter ganho carta branca de grandes estúdios para realizar um filme caro assim e bastante arriscado, autoral (que foi um enorme sucesso de público e de grande parte da crítica, o que não era nada garantido) por seu espetacular sucesso “Batman, O Cavaleiro das Trevas/EUA/2008), com no mínimo um trabalho extraordinário de Heath Ledger como O Coringa, merecidamente recompensado como um Oscar póstumo.
Com um roteiro dos mais intrigantes do Cinema Contemporâneo, contendo até mesmo as comentadas cenas de ação clichês retrabalhadas de um cinema bastante recorrente que quer só fisgar o espectador mexendo com seus hormônios e não com suas emoções e cérebro, este aqui em pauta é um grande filme bastante fora da curva da mediocridade vigente, obra em que emoções e sucessivos convites à reflexão não faltam como poucos filmes tidos como blockbusters lograram. Neste sentido, para ficarmos apenas em três exemplos, lembremos da grandeza de “Matrix”(1999) (só o primeiro!) das Irmãs Wachowski, de “Minority Report: A Nova Lei” (2002) de Steven Spielberg e do também espetacular e melhor de todos, “V de Vingança” (2005) produzido pelas Irmãs Wachowski e dirigido por James McTeigue, um dos mais inteligentes e antecipatórios filmes políticos já feitos, sendo uma distopia.
Em “A Origem” o que soa como clichê em outros filmes de muita ação é algo que faz parte da lógica dos sonhos (e quem já não sonhou com correrias e fogo que atire a primeira pedra; eu particularmente já sonhei certa vez que a terceira guerra mundial tinha eclodido e tudo havia explodido, sentindo alívio só ao acordar assustado).
O título brasileiro é impreciso, pois com a inserção de um pensamento é que se dá origem a algo que vai evoluir. O original “Inception” traduzido por “Inserção” poderia não ser muito comercial, mas traduziria bem mais o que está em jogo.
Dom Cobb (Leonardo DiCaprio, em mais uma grande interpretação ( por mais que muitos digam/escrevam que ele tem sempre cara de jovem bom moço, o que é uma maldade) ganhou poderes para entrar no inconsciente das pessoas, nos seus sonhos e então roubar segredos. Acaba se marginalizando, vivendo disso e roubando segredos empresariais e industriais. Acusado de ter matado sua mulher Mal (a já diva Marion Cottilard, sempre transpirando emoções nobres e sutis) foge dos EUA, deixando dois filhos aos cuidados do sogro. Instalado em vários lugares onde há “trabalho”, num deste mal-sucedido prepara-se para fugir para Buenos Aires. É quando encontra o bilionário Saito (Ken Watanabe) que lhe propõe algo que ele de início recua por não se sentir capaz, mas que depois o captura, torna-se uma obsessão. Ele que até então tem roubado segredos do inconsciente das pessoas terá agora de entrar no cérebro de Robert Fisher (Cilliam Murphy, tão excelente e adequado aqui como em “Café da Manhã em Plutão”(2005) de Neil Jordan e “Ventos da Liberdade” (2006) de Ken Loach) como um vírus inoculado num cérebro humano e fazer a inserção de uma ideia inusitada: o pai de Robert está moribundo, deixou-lhe um testamento e ele como herdeiro, de acordo com os planos do empresário Saito deve dividir o império que está por herdar do pai (Pete Postlethwaite de “Em Nome do Pai”(1993)), quebrando um monopólio que se preservado pode ser muito perigoso. A recompensa para Cobb, algo prometido pela palavra de Saito, é ser ajudado a ter sua ficha limpa e voltar para os EUA e para seus dois filhos, eliminando o fantasma de Mal, já falecida, num suicídio em que não só tenta arrastá-lo mas em que deixa cartas culpando o marido, que o persegue nas suas ações como uma femme fatale de film noir.
Muito complicado tudo isso? Sim, claro que é. Mas é desta complicação de tons bastante poéticos que surgem aqui e ali, que o filme se constrói, nos conquista e nos convida não só à reflexão e a no mínimo uma revisita, como também nos satisfaz com uma orgia (no melhor sentido) de efeitos especiais embasbacantes, líricos, como por exemplo uma rua de Paris que tem uma parte que se levanta, verticalizando-se por onde Cobb e Ariadne caminham remetendo a “2001, uma Odisséia no Espaço”(1968) de Stanley Kubrick. Aliás, outras belíssimas e tensas sequências também remetem a este clássico da ficção científica. Quem pensar nos labirintos de Borges aqui e ali, não estará tendo visões. Borges é uma influência declarada de Nolan. Com espelhos se cria uma estrutura em abismo com imagens sucessivamente refletidas de Cobb e Ariadne com forte força poética. Outras cenas nos remetem aos trabalhos geniais de M.C. Escher e suas estruturas oníricas com jogos de perspectiva que são autênticos desafios às nossas noções de realismo, como escadas infinitas. A culpa que move Cobb nos lembra também um pouco o físico/astronauta de “Solaris” (1972) de Andrei Tarkovski que tem sua mulher ressuscitada várias vezes para depois continuar a morrer, devido às influências/emanações do planeta Solaris, que materializa o que está no inconsciente das pessoas, levando uma delas até ao suicídio.
Nolan em entrevista declarou que assistiu ao fundamental “O Ano Passado em Marienbad” (1961) de Alain Resnais só depois de concluído seu filme. No entanto na relação de Cobb com sua mulher Mal é evocado um pouco do clima desta obra de Resnais, pois o que se tem é um casal num tempo e espaço remetendo a outro tempo e espaço com bastante estranhamento, onde não sabemos bem o que é sonho, o que é realidade, o que é imaginação.
Há um pião de posse de Mal que uma vez jogado e se depois de certo tempo ele cai, sinaliza que estamos no plano da realidade. Cobb se apossa deste tótem e é um erro pois cada um deve ter o seu. Se ele continuar girando indefinidamente estamos no plano do sonho.
Por terem sido sedados, os personagens que se matam para sair do sonho em que acreditam/descobrem estar imersos, não acabam acordando e sim ficam no limbo, onde envelhecem.
Detalhando um pouco mais:
“Seu alvo mais recente, Saito, está impressionado com a capacidade de Cobb de colocar vários sonhos dentro do outro e se oferece para contratar Cobb para o trabalho supostamente impossível de implantar uma ideia no subconsciente de uma pessoa; realizando "inception" em Robert, filho do concorrente de Saito, Maurice Fischer, com a ideia de dissolver a empresa de seu pai. Saito promete limpar o status criminal de Cobb, permitindo que ele volte para casa com seus filhos.
Cobb aceita a oferta e monta sua equipe: um falsificador chamado Eames, um químico chamado Yusuf e uma estudante universitária chamada Ariadne. Ariadne é encarregada de projetar a arquitetura do sonho, algo que o próprio Cobb não pode fazer por medo de ser sabotado por uma projeção de sua falecida esposa Mal. Maurice morre, e a equipe seda Robert em um sonho compartilhado de três camadas em um avião para a América. O tempo em cada camada é mais lento do que a camada acima, com um membro ficando para trás em cada uma para executar um " chute " sincronizado com música para despertar os sonhadores em todos os três níveis simultaneamente.” Fonte: https://en-m-wikipedia-org.translate.goog/wiki/Inception?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=sc
Na iniciação de Ariadne no mundo dos sonhos, numa Paris magnificamente captada, ampliando a beleza já intrínseca da cidade, temos uma onírica explosão em câmera lenta com mil pequenos destroços lançados que rivaliza em beleza com a estonteante explosão final de bens de consumo como geladeiras, televisões, etc. num dos filmes célebres de Antonioni, “Zabriskie Point”(1970).
Nunca se sabe ao certo como começa e termina um sonho. Este pode se interromper só ao acordarmos. Por mais então que nos esforcemos para lembrá-lo, jamais ele poderá ser reconstituído ipsis litteris: sempre pairará uma aura de sombra e mistério. “A Origem” é construído assim: por mais que o assistamos e procuremos desvendar sua estrutura, seus segredos, sempre pairará uma aura de sortilégios que faz o fascínio das grandes obras de arte.
O fantasma de Mal e o sentimento de culpa de Cobb interferem bastante no seu inconsciente, quebrando a noção de que não se deveria trabalhar com lembranças, o que Ariadne descobre. Saito acaba levando um tiro e fica à beira da morte de forma tal que se isto acontecer de vez não poderá cumprir a promessa de fazer Cobb voltar para os seus filhos. Os espaços e tempos oníricos vão se metamorfoseando em ininterruptas reviravoltas. Sonhos dentro de sonhos. Cobb que envelhecia com Mal numa paisagem composta de ruínas e construções, acaba por fim confessando a Ariadne a razão de tanta culpa: para testar se era mesmo capaz de uma boa inserção, decidiu inocular no inconsciente da própria mulher a ideia de que estaria vivendo a realidade, algo que ela acaba não acreditando, acredita que ainda está vivendo um sonho e acaba se matando pensando que assim é que chegaria à realidade...e o pior é que queria que Cobb fizesse o mesmo.
Tudo o que já foi escrito aqui é um apanhado linear que não faz justiça à pujança e oportunidades em que estes acontecimentos se dão/são revelados.
Depois de ser até torturado para revelar o segredo do cofre do pai, Robert Fincher num encontro com ele já moribundo, abre este cofre, lá encontra um origami e se dá conta que o que o pai mais deseja no seu estado terminal é que o filho seja ele mesmo, não o imite.
Num encontro com Saito já velho, numa circularidade narrativa que nos remete ao início do filme, Cobb quase que suplica para que este o ajude a voltar para os EUA e os filhos. Num corte temos Cobb no avião, depois chegando ao aeroporto de Los Angeles, tendo o passaporte aceito sem problemas e no caminho encontrando personagens de suas atribuladas trajetórias. É recebido pelo sogro (Caine) e chega por fim em casa, abraçando os filhos, agora vistos pela primeira vez de frente. A câmera se afasta destes e vemos o pião rodando sobre a mesa. Ele cairá ou não? Um corte seco nos leva aos letreiros finais e dado a ausência de resposta sobre a queda ou não do pião fica a incômoda sensação de que tudo pode ainda ser mais um sonho. Teríamos aqui um final em aberto: Cobb tanto pode ter voltado realmente para a família que lhe restou, como pode estar ainda numa roda-viva onírica.
Um amigo, entretanto, chamou-me a atenção para mais um detalhe. Depois que a tela escurece sem mostrar o resultado do movimento do pião, ele ouviu na trilha o som de um pião caindo, algo que eu envolvido com a emoção arrebatadora do filme não ouvi. Tendo este meu amigo razão, pode-se concluir que estamos sim no plano da realidade. O final seria então fechado. Consultado outro conhecido cinéfilo ele não ouviu este barulho assim como eu, nas três vezes em que vi o filme. E em DVD pude prestar atenção duas vezes aos letreiros finais.
Se verdadeira a noção inequívoca de se ter voltado à realidade, eu neste ponto discordo de Nolan: seria ainda mais bonito se o filme terminasse em aberto. Mas meu amigo também pode ter tido um efeito auditivo de wishful thinking (pensamento desejante) e ouvido o que de fato não ocorreu e sim o que gostaria que tivesse acontecido a Cobb.
Pensando bem. “A Origem” merece certamente ainda mais visitas. Outros mistérios além deste golpe do pião podem assomar para nosso espanto e prazer.
Os filmes anteriores de Nolan como “Amnésia”(2000), “Insônia”(2002), “O Grande Truque”(2006), “Batman Begins”(2005) e até mesmo “Batman: O Cavaleiro das Trevas”(2008), em maior ou menor grau aqui e ali, não me despertaram o mesmo entusiasmo que “A Origem”. Mas como fiquei completamente chapado, siderado e extasiado com “A Origem” este conjunto de obra merece urgentemente uma revisão. O posterior “Dunkirk” (2017) também me deixou bastane encantado. Já “Interestelar”(2014) tenho em DVD ainda por assistir. Tenho de ir atrás de “Tenet” (2020) que perdi na época da pandemia. E estou no aguardo de “Oppenheimer” para 2023. Decididamente Nolan é um diretor a não se perder mais de vista, principalmente sob o ponto de vista de espetáculos que são bem mais apreciados na Tela Grande em comunhão com outras pessoas, numa oposição aos filmes vistos em serviço de streaming ou em DVD.
Oswald de Andrade morreu sem ver realizada sua profecia: “um dia as massas vão comer do biscoito fino que fabrico”. Já Nolan, como raros outros blockbusters lograram, construiu um biscoito finíssimo para as massas. Vamos aproveitá-lo, saboreá-lo. “A Origem” é um banquete de signos junguianos, freudianos e lacanianos que merece ser degustado sem preconceitos.
Ps1 Sonhei outro dia que estava em altos papos com Caetano Veloso com a maior intimidade. De um ambiente que deveria ser o Rio de Janeiro, acabamos em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, num outro tempo, anos atrás, onde fui apresentá-lo aos meus pais. Isto é o que me lembro. Deste fio de sonho resultou uma das mais belas sessões de análise junguiana que venho fazendo, com uma hora de duração fixada.
Ps2 Para o crítico Inácio Araújo da Folha de São Paulo, dado a iconoclastias, “A Origem” é um falso diamante. Discordo radicalmente: “A Origem” é um diamante que dilapidamos cada vez mais junto com o diretor, entrando e saindo do seu filme tão sonhado que obedece mais aos imperativos do sonho que da assim chamada vida real.
Ps3 Pode-se argumentar que David Linch foi mais fundo no mundo dos sonhos com “Império dos Sonhos”, o que pode até ser verdade. Mas é forçoso também reconhecer que esta obra feita em digital com três horas de duração não é puro deleite. Algumas vezes caímos num tédio mortal. O que não acontece com “A Origem” e sua narrativa aliciante e também numa das obras-primas de Linch em que o mundo onírico também é invocado que é “Cidade dos Sonhos”.
Ps5 Para quem duvida que “A Origem” tenha pontos de contato com a psicanálise recomendo “Cinema: O Divã e a Tela” de Enéas de Souza e Robson de Freitas Pereira, publicado por Artes & Ofícios em 2011, onde dentre 12 filmes estudados, incluindo “Os Pássaros”, “Sarabanda”, “Os Sonhadores”, “De Olhos Bem Fechados”, “Cidadão Kane” etc..., um deles é “A Origem” de Cristopher Nolan.
2- Fortuna Crítica e Outros Itens
2.1 Elenco
Leonardo DiCaprio como Dom Cobb, um ladrão profissional especializado em enganar os segredos de suas vítimas, infiltrando-se em seus sonhos. DiCaprio foi o primeiro ator a ser escalado para o filme. Tanto Brad Pitt quanto Will Smith receberam o papel, de acordo com o The Hollywood Reporter . O papel de Cobb é comparado ao "viúvo assombrado em um romance gótico".
Joseph Gordon-Levitt como Arthur, parceiro de Cobb que gerencia e pesquisa as missões. Gordon-Levitt comparou Arthur ao produtor da arte de Cobb, "aquele que disse: 'Ok, você tem sua visão; agora vou descobrir como fazer todas as porcas e parafusos funcionarem para que você possa fazer sua coisa'" . O ator fez todas as cenas de dublês, exceto uma, e disse que a preparação "foi um desafio e teria que ser para parecer real". James Franco estava em negociações com Christopher Nolan para interpretar Arthur, mas acabou indisponível devido a conflitos de agenda.
Ellen Page como Ariadne, uma estudante de arquitetura que é recrutada para construir as várias paisagens oníricas, que são descritas como labirintos. O nome Ariadne alude a uma princesa da mitologia grega, filha do rei Minos, que auxiliou o herói Teseu dando-lhe uma espada e um novelo de barbante para ajudá-lo a navegar pelo labirinto que era a prisão do Minotauro. Nolan disse que Page foi escolhida por ser uma "combinação perfeita de frescor, conhecimento e maturidade além de [seus] anos". Page disse que seu personagem atua como um proxy para o público, já que "ela está apenas aprendendo sobre essas ideias e, em essência, auxilia o público a aprender sobre o compartilhamento de sonhos".
Tom Hardy como Eames, um associado de língua afiada de Cobb. Ele é conhecido como um limite, mas sua especialidade é falsificação, roubo de identidade com mais precisão. Eames usa sua habilidade de se passar por outros dentro do mundo dos sonhos para manipular Fischer. Hardy descreveu seu personagem como "um velho diplomata do tipo Graham Greene; meio desbotado, surrado, grandioso - o velho amor de Shakespeare misturado com alguém das Forças Especiais de Sua Majestade ", que usa fantasias "extravagantes e velhas".
Ken Watanabe como Sr. Saito, um empresário japonês que emprega Cobb para a missão da equipe. Nolan escreveu o papel com Watanabe em mente, pois queria trabalhar com ele novamente depois de Batman Begins. Inception é o primeiro trabalho de Watanabe em um cenário contemporâneo onde sua língua principal é o inglês. Watanabe tentou enfatizar uma característica diferente de Saito em cada nível de sonho: "Primeiro capítulo no meu castelo, eu capto alguns sentimentos ocultos do ciclo. É mágico, poderoso e depois o primeiro sonho. E de volta ao segundo capítulo, no antigo hotel, eu me pego afiado e mais calmo e inteligente e é um processo um pouco diferente para compor o personagem de qualquer filme".
Dileep Rao como Yusuf. Rao descreve Yusuf como "um farmacologista de vanguarda, que é um recurso para pessoas, como Cobb, que querem fazer esse trabalho sem supervisão, sem registro e sem aprovação de ninguém". O co-produtor Jordan Goldberg disse que o papel do químico era "particularmente difícil porque você não quer que ele pareça algum tipo de traficante de drogas", e que Rao foi escalado por ser "engraçado, interessante e obviamente inteligente".
Cillian Murphy como Robert Michael Fischer, o herdeiro de um império de negócios e alvo da equipe. Murphy disse que Fischer foi retratado como "uma criança petulante que precisa de muita atenção de seu pai, ele tem tudo o que poderia querer materialmente, mas está profundamente carente emocionalmente". O ator também pesquisou os filhos de Rupert Murdoch, "para acrescentar a isso a ideia de viver à sombra de alguém tão imensamente poderoso".
Tom Berenger como Peter Browning, padrinho de Robert Fischer e colega executivo da empresa dos Fischer. Berenger disse que Browning atua como um "pai substituto" para Fischer, que chama o personagem de "Tio Peter", e enfatizou que "Browning esteve com [Robert] toda a sua vida e provavelmente passou mais tempo de qualidade com ele do que seu próprio pai".
Marion Cotillard como Mal Cobb, a falecida esposa de Dom. Ela é uma manifestação da culpa de Dom sobre a verdadeira causa do suicídio de Mal. Ele é incapaz de controlar essas projeções dela, desafiando suas habilidades como extrator. Nolan descreveu Mal como "a essência da femme fatale " e DiCaprio elogiou o desempenho de Cotillard, dizendo que "ela pode ser forte e vulnerável e esperançosa e comovente tudo no mesmo momento, o que foi perfeito para todas as contradições da vida de sua personagem".
Pete Postlethwaite como Maurice Fischer, o pai de Robert Fischer e o fundador moribundo de um império de negócios.
Michael Caine como Professor Stephen Miles, mentor e sogro de Cobb e professor universitário de Ariadne que a recomenda para a equipe.
Lukas Haas como Nash, um arquiteto a serviço de Cobb que trai a equipe e mais tarde é substituído por Ariadne.
Talulah Riley como uma mulher, creditada como "Loira", a quem Eames se disfarça em um sonho. Riley gostou do papel, apesar de ser mínimo: "Eu consigo usar um vestido bonito, pegar homens em bares e enfiá-los em elevadores. Era bom fazer algo adulto. Normalmente eu interpreto alunas inglesas de 15 anos.
2.2 ( “Uma ideia é como um vírus. Resistente. Altamente contagioso. A menor semente de uma ideia pode crescer para definir ou destruir você.” É de fundamental importância estabelecer, logo de início, que o longa-metragem do diretor de Amnésia e Interestelar não se restringe a uma ficção científica, tornando-se mais atual do que nunca.
O doutor em neurociências, Sidarta Ribeiro, é quem apresenta a melhor definição de A Origem, a chamando de “condensação vertiginosa de cem anos de psicanálise, neurobiologia, filosofia e cinema”. Assim como outras obras de Nolan, não é um filme para quem gosta de informações mastigadas e temas que se esgotam ao final do filme. Ao contrário, é um filme cuja verdadeira discussão se inicia após o final dos créditos, quando o espectador finalmente consegue tirar os olhos da tela.) - https://minhavisaodocinema.com.br/2019/10/06/critica-origem-2010-de-christopher-nolan/ Amanda Sperandio
2.3 Indicado a 8 Oscars, “A Origem” ganhou Melhor Fotografia, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som. Concorreu ainda a Melhor Filme, Roteiro Original, Direção de Arte e Trilha Sonora Original. Neste 2010 o único filme que rivalizava com “A Origem” era “A Rede Social” de David Fincher. O vencedor do Oscar “O Discurso do Rei” em vários itens importantes já nasceu um tanto acadêmico e hoje quem se lembra dele? ( https://www.cineplayers.com/premiacoes/oscar/83 )
2.4 https://www.planocritico.com/critica-a-origem/
Crítica / A Origem
por Melissa Andrade - 25 de outubro de 2014
Cotação: Obra-Prima
2.5 https://www.youtube.com/watch?v=U5508Lp_HtE
Videocast Cinema em Cena: Comentário sobre "A Origem" (Inception)
2.6 https://cinemaemcena.com.br/critica/filme/6083/a-origem
Por Pablo Villaça- Inception -A Origem Cotação 5/5
Pablo Villaça faz uma ótima discussão sobre o desfecho polêmico de A Origem. Ver parte final de seu texto.
2.7 https://www.papodecinema.com.br/filmes/a-origem/
Danilo Fantinel Cotação 8/10
2.8 https://cinemacomrapadura.com.br/criticas/169019/a-origem/
A Origem (2010): não é todo dia que se assiste a um filme assim
Conduzido com mãos cirúrgicas e um olhar operístico por Christopher Nolan, o longa é muito mais do que um blockbuster barulhento, é uma mostra da capacidade que o cinema tem de nos manipular por meio de imagens e sons e nos jogar sem pena em uma trama complexa e explosiva.
Fábio Freire Cotação 9/10
2.9 https://canaltech.com.br/cinema/critica-a-origem-162613/
Crítica | A Origem mostra que cinema não tem fronteiras nem limites
Por Sihan Felix | 06 de Abril de 2020 às 08h20
2.10 https://cinematologia.com.br/cine/critica-a-origem-inception-2010/
Crítica | A Origem (Inception) [2010]
Iuri Souza 20/03/2019 2010 Cotação: 5/5
2.11 https://minhavisaodocinema.com.br/2019/10/06/critica-origem-2010-de-christopher-nolan/
Crítica: A Origem (2010, de Christopher Nolan)
Posted on 6 de outubro de 2019 Autor Amanda Sperandio Cotação 10/10.
2.12 https://www.adorocinema.com/filmes/filme-143692/criticas-adorocinema/
A Origem-Fascinante Nolan por Francisco Russo
Cotação 5/5 Obra-Prima
2.13 https://www.adorocinema.com/filmes/filme-143692/
A Origem- Sinopse
2.14 https://www.adorocinema.com/filmes/filme-143692/trailer-19339503/
A Origem Trailer (2) Legendado
2.15 https://www.justwatch.com/br/filme/a-origem
Onde assistir A Origem
Onde comprar DVD de A Origem (Fazer boa varredura)
2.17 https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Origem
2.18 https://en-m-wikipedia-org.translate.goog/wiki/Inception?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=sc ( Já traduzido do Inglês. Cuide dos erros que podem ocorrer aqui e ali, inerentes ao processo)
2.19 Christopher Nolan Filmografia Completa - encurtador.com.br/zY123
Este texto foi publicado no meu Blog anterior. Surge aqui com correções, cortes e acréscimos.