quinta-feira, 7 de junho de 2018

Há Em Cada Canto da Minha Alma, Um Altar Para Um Deus Diferente. - O Primeiro Filme Visto de Gênios do Cinema, de Diretores de Grande ou Média Expressão.





















 Há Em Cada Canto da Minha Alma, Um Altar Para Um Deus Diferente. 

O Primeiro Filme Visto de Gênios do Cinema, de Diretores de Grande ou Média Expressão.   

a- O título da Postagem vem de um verso de Álvaro de Campos, um dos heterônimos de Fernando Pessoa. Traz a ideia de que, com poucas exceções, meus interesses por Cinema, vem de qualquer era, procedências, gêneros ( melodramas; dramas; comédias; agridoces; tragédias; westerns; de época; ficções científicas; guerra; policiais; suspenses; terror; documentários; doc. com ficção. combinações destas estéticas; temáticas. vídeo clipados com causa ( “The Wall”” de Alan Pafker e Planos Sequências longuíssimos, como os de Lav Diaz) . Etc.

Isto tudo, sem contar com meus interesses em Teatro, Literatura, Artes Plásticas, Fotografia, MPB e afins
.
Há ainda minhas atividades no que diz respeito à criação.

Isto vem de uma experiência de vida farta, para o bem ou para o mal. Não há filmes geniais, grandiosos, com os quais não haja clima instaurado ou situações, que não tenha vivenciado ou me identificado de alguma forma, ainda que possa ser metaforicamente ou por metonímia.

Mesmo filmes nem tão memoráveis assim, podem trazer pontos de contato significativos. 

Exemplo, com grandes obras:  nunca tive dificuldade de entender a força da questão da incomunicabilidade em filmes de Michelangelo Antonioni. Sempre senti isto em relação ao mundo. Ainda mais não tendo como me comunicar com alguém sobre a questão da homossexualidade na juventude e parte da vida adulta. O que só aconteceu depois de chegar ao Rio de Janeiro, já formado Engenheiro, para trabalhar, em janeiro de 1979.

Ainda hoje, às vezes (já foi bastante e constante), me sinto um estrangeiro em meu próprio país, com sentimento de despertencimento forte.
Não é à toa. Mesmo com anos de estrada, ainda sofri,   recentemente,  bullyng junto a um amigo, na rua. 

Às vezes também, me identifico muito mais com o Cinema Brasileiro e outras artes que formam nossa Cultura, do que com o povo brasileiro propriamente dito. Mas não conseguiria viver em um lugar longe da língua portuguesa e sem vida cultural significativa, incluindo a brasileira.  
Gato escaldado tem medo de água de fria. Adoraria ser como um Ariano Suassuna que tem horror às elites, mas tem um profundo amor ao povo brasileiro. Mas meu histórico de vida tende a   afastar-me deste sentimento nobre. 

Isto não me impede de ter imenso prazer ao travar encontro com a obra de Suassuna, suas derivações, principalmente um grande discípulo como o cantor, compositor, dançarino e coreógrafo Antônio Nóbrega, que se vale do Movimento Armorial, pesquisas de Mário de Andrade etc. 
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b- Há spoilers em maior ou menor grau de importância; as referências 3.1  3.2 3.3 etc  se referem  aos links associados no capítulo três )

c- A postagem propõe participação do leitor, mas mesmo para quem não quiser esta troca, há muitos elementos bastante interessantes para se ler e suscitar pensamentos da ordem desta postagem e / ou outros mais livres, imprevisíveis, obviamente.



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1- Primeiros filmes vistos de um diretor comentados

Não concordo de forma alguma com a ideia de que os filmes não mudam o mundo. Eles mudam as pessoas e estas passam muito do que sentiram/sentem para outras. E isto somado a muitas outras experiências, mudam uma sociedade, o mundo.

Claro que isto tudo é gradativo, paulatino. Não estou me referindo aqui diretamente a movimentos como os de maio de 1968 na França e no mundo: os do Brasil inteiro em 2013 (que ninguém esperava); a Primavera Árabe, mesmo que tenha sido frustrada depois em muitos países, mas deitando raízes e tendo mais sucesso na Tunísia, ainda que hoje ainda ecoam protestos. 
Nagisa Oshima ao seu modo corrobora: “Um filme não precisa atingir muitas pessoas. Ele tem de atingir profundamente as pessoas. Estas vão passar o que sentiram às outras.

Resumindo: um grande ou genial filme nos transforma. Entramos na obra de arte e saímos dela diferente. Nos transformando, transformamos os que estão ao nosso redor. 
Estamos aqui no terreno do belíssimo poema “Tecendo o Amanhã” * de João Cabral de Mello Neto. 
   
Muitas vezes (nem sempre, claro, pois cada caso é um caso e isto vem de cada um) o primeiro filme de um cineasta nos causa grande impressão, impacto, que serão igualados ou superados por outros filmes destes vistos mais tarde na vida. Ou então na linha do tempo podem decepcionar um pouco ou bastante. Teríamos estabelecido contato com o que para nós já seria o apogeu da obra do cineasta.

Acredito também que filmes vistos quando somos mais jovens, ainda em formação para a vida enquanto adulto, podem deitar raízes mais fortes do que outros mais brilhantes do cineasta em questão, vistos mais tarde.

Enfim, o que foi apresentado é uma das combinações possíveis, sujeitas a meus gostos maior ou menor por certas temáticas e até idiossincrasias incontornáveis. Outras podem ser apresentadas de acordo com a experiência de cada um.

Resumindo: um grande ou genial filme nos transforma. Entramos na obra e saímos dela diferente. Nos transformando, transformamos o que estão ao redor.  
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“2001-Uma Odisseia no Espaço” (1968  3.1) foi o primeiro filme de Stanley Kubrick visto, me impressionou em vários aspectos e muitos outros após sucessivas revisões.

O que mais me mobilizou, é que, com a exceção da magnífica trilha sonora envolvendo música clássica, tudo o mais se refere ao específico cinematográfico enquanto estética, linguagem. Ou seja, algo que nenhuma outra arte pode expressar.

Stanley, em entrevista, declarou que só considera uma obra de arte como cinema mesmo, quando ela não pode ser levada de forma alguma para o teatro.

A afirmação não procede. São inúmeras as adaptações de obras teatrais para o cinema que resultaram em filmes extraordinários, tais como “Quem Tem Medo de Virgínia Woof? ”(1966) de Edward Albee, transposto por Mike Nichols; “Longa Jornada Noite Adentro” ** ( 1962) de Eugene O’Neal, transposta por Sidney Lumet” etc. Ou seja, enquanto grande cinema, podem fazer o caminho inverso e ser peças excelentes peças teatrais.

“Cenas de Um Casamento” (1973), “Sonata de Outono” (1976),  “Da Vida da Marionetes”(1980), “Depois do Ensaio”(1984), todos filmes de Ingmar Bergman,  já resultaram em espetáculos teatrais magníficos, ainda que, claro, sem a genialidade de Bergman, dirigindo soberbamente seus grandes atores, além de outros elementos que se perdem nas transposições.  

Mas visões do cinema à parte, tudo isto não muda o grande impacto de “2001-Uma Odisseia no Espaço”.  A visão de Kubrick sobre o que deve ser o cinema, nos ajuda a entender mais sua obra e não a dos outros. Afinal Stanley é o gênio do cinema   comparável a Leonardo da Vinci, procurando dominar ciência e arte para seus trabalhos. O que descobri ao ver/rever/rever/rever.... acrescenta visões do cinema, não restringe.
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Quando assisti “Sob o Domínio do Medo” (1971 3.2) de Sam Peckinpah, saí completamente siderado, chapado, do cinema. Sem exagero, perdi o rumo. Para onde ir?  

Sempre excelente aluno de matemática, enxerguei em mim o pacato matemático David (Dustin Hoffman), que procura refúgio em um lugar tranquilo, com a companheira vivida por Susan George.

Mas desafiado em situações limites, David busca de dentro de si uma violência inaudita e age de toda forma que pode contra os vizinhos operários, que o ameaçam e estupraram sua mulher, Ele emprega até água fervente.

Quando menino, sendo zoado, sofrendo bullying insistentemente por três garotos da vizinhança, um dia perdi completamente a paciência e surgiu em mim uma força física que não conhecia, dado que meu dom mesmo foi sempre ter grande força psíquica.

Pois bem: segurei um deles pelas mãos e o usei, girando como uma espécie de aríate, para bater forte com as pernas nos outros dois. Saíram em debandada e nunca mais me incomodaram.

Minha coragem física sempre foi muito baixa, mas a coragem moral é elevadíssima. Ou seja, reajo contra oponentes através da palavra, de seu tom, altura e sem me valer de palavrões. Sou capaz de “derrubar alguém” com o que falo, se sinto que estou com a razão.

Como escreveu o psicólogo existencialista americano Rollo May: “O importante é a coragem moral. A coragem física degenera em brutalidade”.
Assim, como eu me surpreendi com o matemático de “Sob o Domínio do Medo”, tão terrivelmente agressivo, me senti completamente surpreso com a reação que tive com os três meninos, puxando das entranhas uma agressividade física que não sabia que tinha.

Esta foi a única vez na vida que enfrentei uma briga corpo a corpo, tocando no outro. Mas com minha agressividade verbal já resolvi vários problemas.

Em discussões, tendo a desconstruir o discurso do outro quando acredito que devo e preciso. Me valho de ironias ou então fico quieto quando discutir não adianta. É assim que tenho me comportado diretamente com petistas e simpatizantes cegos ideologicamente (quando não oportunistas), onde estaremos enxugando gelo, dando murros em ponta de faca. 
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“A Noite dos Desesperados” (1969  3.3) de Sidney Polack, se passa na época da Grande  Depressão Econômica Americana, depois do crash da bolsa de Nova Iorque em 1929, criando desvalidos de toda ordem.

Assim surge uma maratona de dança “interminável” de casais circulando por um salão, até que um deles em frangalhos vença.

Mais detalhadamente, em “A Noite dos Desesperados” de Sidney Pollack , “por três refeições por dia, a promessa de um prêmio de 1.500,00 dólares e algumas moedas jogadas pela plateia, dezenas de casais desesperados em plena Grande Depressão dos anos 1930 nos EUA decidem participar de um concurso de danças em um velho salão em Chicago. Na verdade será uma desumana maratona de seis dias até que o último casal sobreviva após passar por dores físicas, desconforto, humilhações e indignidades, monitorados por médicos e enfermeiras cujo papel básico é o de manter os participantes de pé à todo custo para manter a adrenalina do show.”-  Fonte: http://cinegnose.blogspot.com.br/2013/01/a-noite-dos-desesperados-em-um-mundo.html

Glória (Jane Fonda) é morta por um tiro do parceiro de maratona Robert (Michael Sarazim), ao seu pedido. Precisa ser sacrificada, algo coerente com   “Mas não se Matam Cavalos” que é a tradução dada para “They Shoot Horses, Don’t They?” de Horace McCoy., de onde o filme se baseou.
Ao final, Glória já estava “imprestável”. Teria de ser sacrificada como um cavalo na mesma situação.....

Ao fim, com Glória e Robert fora do jogo, sendo poucos os casais que sobreviveram, com um (a) até carregando sua parceira (o), o mestre de cerimônias Rocky ( Gig Young,  Oscar de Melhor Coadjuvante) fala algo sórdido de arrepiar, antes que o filme acabe: “Vamos ver quanto tempo ainda eles irão aguentar”.

Mesmo sendo um período determinado historicamente, desde cara entendi que era uma metáfora do nosso mundo dominado pelo capitalismo, algo que nunca me atraiu, ainda mais o selvagem, que é aquele que o filme melhor retrata.

Minha inclinação é pela social democracia europeia e não por este ridículo, autoritário, antidemocrático e perigoso “socialismo” bolivariano. Maduro ditador implacável, regime cubano ou norte coreano nem pensar. E esta China híbrida com capitalismo/ comunismo autoritário, centralizado, não me agrada nem um pouco.

Mas pelos resultados eleitorais que acompanhamos, a verdadeira social democracia tem que se reinventar. 
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Em “Macbeth” (1971- 3.4) de Roman Polanski descobri uma grande amostra da grandeza de um texto de Shakespeare ( depois do “Romeu e Julieta” de Franco Zeffirelli (1968)) e ao mesmo tempo um filme em que a estética sanguinolenta está presente com toda pertinência. Não tinha nada de sensacionalismo.

Ainda se tem uma pulsação cinematográfica que pouco nos lembra a origem enquanto peça de teatro.

Começa com um pedaço de mão, vemos então bruxas autênticas e fortemente caracterizadas, sem economias, mexendo tacho enorme com suas alquimias repulsivas, assustadoras mesmo,, algo que nenhuma outra versão de “Macbeth” , que eu conheça, depois mostrou.

Polanski declarou com toda razão algo deste teor: “um filme tem de mostrar as consequências de atos de violência praticadas; não fazer isto é algo não ético, imoral. “

Em “Macbeth” como em outros filmes seus, este credo é obedecido em todos os níveis.  

Já temos vários filmes (até mesmo excelentes) que pecam neste quesito. Um personagem muitas vezes é bastante espancado, chutado. Mais tarde o vemos com o rosto sendo limpado de sangue (que não é muito), recebendo curativos e já preparados já para outras.....

Quentin Tarantino tem estética paródica, com muita violência, mas mostra os efeitos desta com clareza. Em “Os Oito Odiados” isto fica muito claro. Em “Jack Brown” um tiro na cabeça provoca miolos saindo.

Sam Peckinpah  em suas obras também tem esta atitude, o que fica bem claro, para ficarmos nos seus  westerns,  em “Meu Ódio Será Tua Herança”(1969).

Não é à toa que da mão cortada amputada do início, temos a cabeça de Macbeth rolando ao final.  *****************************************************
“A Paixão de Ana” (1969- 3.5) de Ingmar Bergman me impactou num nível absurdo. Não imaginava que o cinema pudesse mergulhar na psiquê humana com a grande força da psicologia, psiquiatria, psicanálise e mais tarde descobri: a análise ou então chamada psicologia yunguiana.

Na linha do tempo, está longe de estar entre os melhores filmes de Bergman que assisti. Mas isto não arrefece a lembrança do meu primeiro contato com este diretor maior da História do Cinema.

Já havia pensado em ser um profissional da área psi na vida. Mas sempre me repeliu a ideia de lidar com anatomia, neurologia e temas análogos. E muito menos com a ideia de receber e se fosse o caso, atender até pacientes com elevados graus de distúrbios.

“A Paixão de Ana” me mostrou que o cinema poderia muito bem lidar com estas questões e eu poderia compartilhar  este encontro, om escritos a respeito. E até ganhando elementos para entender melhor as pessoas e as obras de arte.

Não precisaria ser um profissional da área. Nada de anatomia, experiência com ratinhos em laboratório etc.....

Descobrindo Fiodor Dostoiévski mais tarde, com “Crime e Castigo” e “Os Irmãos Karamazov”, dentre outras obras deste grande conhecedor das profundezas da alma humana, juntando a  Bergman,  tive uma excepcional dobradinha, para carregar para  a vida toda. 

Claro que há estes grandes artistas e outros. Mas foram este russo e o sueco os que mais me impressionaram até hoje.  
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A geração que formou o Cinema Novo comenta bastante o impacto que representou em suas vidas assistir a “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) de Glauber Rocha, insuflando-lhes a vontade de ser cineasta, continuar sendo num patamar e temático diverso ou ainda trabalhar em áreas afins, como produtores, críticos, ensaístas.

Tudo girando dentro das propostas estéticas que Glauber sintetizou como estética da fome e o inesquecível “Uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”. Claro que isto não pode ser levado ao pé da letra. Mas são metáforas bastante fortes que muitas influencias insuflou, com cada um, ao seu modo, absorvendo-a.   

Mas eu era muito novo quando “Deus e o Diabo na Terra do Sol”  foi  lançado. Tinha exatamente 10 anos. Assim meu “Deus e o Diabo na Terra do Sol” veio anos depois com “Toda Nudez Será Castigada” (1973- 3.6) de Arnaldo Jabor, quando tinha 17 anos.
Aqui descobri Nelson Rodrigues, sua estética, a dinâmica dos diálogos bem ágeis, os monólogos singulares, o linguajar bem próprio, o sentimento trágico da vida etc. Tudo isto sendo Cinema Brasileiro da mais alta qualidade, vindo de uma peça teatral sem nenhum ranço teatral.

Conta com grandes interpretações, principalmente de Darlene Glória, numa entrega total e visceral ao seu personagem, poucas vezes superável no Cinema Brasileiro.  Não precisava fazer mais nada para ser imortalizada. E pelo jeito foi isto mesmo que aconteceu, com sua ausência das telas, só quebrada por Selton Mello em seu “Feliz Natal” (2008), uma estreia como diretor que em nada lembra grandes filmes que dirigiu depois.

Com “Toda Nudez Será Castigada” eu descobri o potencial do Cinema Brasileiro no que ele pode ter de bem brasileiro mesmo. É uma obra que atinge a universalidade de modo geral, mas tem muito a ver com uma forma brasileira de ser e estar no mundo.

A cereja do bolo do filme é o jovem filho, Serginho, de Herculano (Paulo Porto), que tinha se tornado amante de Geni ( Darlene Glória), sem que o pai soubesse de nada, acabar fugindo com o ladrão boliviano, que conheceu na prisão e o tinha estuprado. 
Isto foi o que desencadeou o suicídio de Geni, mas antes de morrer, deixou gravada, caída na escada, ensanguentada, uma mensagem para o homem que a tirou da prostituição, casando-se com ela : “Herculano, você é uma besta!”   

Com “Toda Nudez Será Castigada” aprendi como um melodrama pode ser realizado de uma forma bastante nobre, o que vi anos depois em muitos filmes de Rainer Werner Fassbinder e Pedro Almodóvar, inspirados pelo grande mestre Douglas Sirk.

Há uma turma considerável do politicamente correto burro que deve odiar o filme e se tivesse poder para tal, boicotaria o filme como pudessem.
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“Mulheres Apaixonadas” (1969- 3-7) de Ken Russell me passou definitivamente, com a antológica sequência de luta corporal entre Rupert (Alan Bates) e Gerald (Oliver Reed), totalmente nus, com  suas  derivações, a ideia de que homens bem viris, podem ser homo (bi) sexuais.

A negação dos impulsos e desejos homoeróticos, ainda mais querendo se impor e controlar uma mulher forte, livre e dominadora, Gudrun (Glenda Jackson) pode levar à autodestruição, o que acontece com Gerald.
Já Rupert, pacificado com seus desejos, chega a desafiar a romântica namorada Ursula (Jennie Linden), expondo-se diretamente como homossexual e provocando um fim quase que abrupto do filme.

Algo que me atraiu bastante em “Mulheres Apaixonadas”, baseado em obra homônima de D.H. Lawrence, é a alergia a um ambiente de força industrial, algo com o qual comungo (mesmo sendo engenheiro...), ambiente este que faz muito mal a Gerald também, que o entedia, pois vive como dono de uma indústria de mineração.

Pasolini também tinha esta alergia, algo que teria afastado o homem do sagrado, que lhe era tão caro. Tanto é, que um livro bastante interessante sobre ele é “Pier Paolo Pasolini- Orfeu na Cidade Industrial’ de Luiz Nazário, Ed. Brasiliense (1986).

O resultado de tudo isto é que, com “Mulheres Apaixonadas”, adquiri então a certeza de que de forma alguma poderia fugir da minha condição de ter nascido homossexual, Algo, que muitos chamam de opção. A homossexualidade faz parte da essência da minha alma. Não é algo que se escolha, como um figurino para um casamento.... Algo que confirmei com muitos homossexuais que conheci. 


Tendo assistido “Mulheres Apaixonadas”, em êxtase, no Cinema do CTA (Centro Técnico Aeroespacial, onde fica o ITA), eu que fazia a parte cultural toda do Jornal Mural do CASD (Centro Acadêmico Santos Dumont). me aproximei do pessoal de esquerda.

Tive que ficar calado, escondendo minha satisfação, diante do que ouvi. Simplesmente algo deste teor, com aquiescência dos demais: “São dois burgueses entediados, que não sabendo o que fazer e (para me valer de um eufemismo-Nelson) foram praticar sodomia.”
  
Isto me fez desconfiar sempre das esquerdas. Embora tenha sido  companheiro de viagem de uma delas, como o PT, principalmente, nunca tive vontade de me filiar e militar.

Com a traição de Lula logo após ser eleito, “‘saí” junto com Fernando Gabeira, Chico Alencar, Heloisa Helena, Cristovam Buarque etc, sendo que alguns formaram o PSOL, em quem passei a votar. Poderia ser a “salvação da lavoura” arcaica brasileira...

Mas logo o PSOL passou a ser um partido bolivariano, até com imagens de Jean Wyllys rindo ao lado de Lula e usando roupas datadas a la Che Guevara, soando ridículas, com direito a boné característico.

O PSOL em 2017 fez uma moção do partido de apoio a Maduro, já tendo sido mostrado à exaustão, para quem tem olhos para ver, o horror do regime ditatorial, com milhares de venezuelanos tornando-se refugiados para a Colômbia e Brasil.

Tem-se a inflação que pode chegar a 15000 % ao ano. Há desabastecimento de quase tudo sendo que até salários de médicos. economistas, psicólogos etc que não compram quase nada.

Adversários políticos foram presos, outros exilados, culminando nesta última eleição de 2018, autêntica farsa, sem candidatos realmente de oposição ao regime.

Mais recentemente ouvi Boulos, candidato do PSOL à presidência dizendo no Jornal da Jovem Pan, que Venezuela e Cuba são regimes democráticos, A prova disto seria as eleições recentes....Dá  para levar a sério esta cegueira ideológica ou oportunismo junto com cinismo mesmo?  Não é um candidato à presidência perigoso?  

Já formado Engenheiro, trabalhando no Rio de Janeiro, a partir de janeiro de 1979, assisti “Frances” (1982) de Graeme Clifford,   com trabalho extraordinário de Jessica Lange, que deveria ter recebido o Oscar.

Só anos depois com “Céu Azul” (1994) de Tony Richardson, filme que estava engavetado, que resolveram lançar, Jessica ganhou um merecido Oscar, mas sem o grande impacto que sua Frances causa no espectador. Desempenho daqueles que não se esquece mais.  
  
Uma atriz (Frances) se envolve com um movimento de esquerda e quando a barra pesa, ela é abandonada (do grupo fazia parte o dramaturgo de bastante prestígio Clifford Odets). Não se adapta ao Star System e entra em profunda depressão. A mãe, de forma carrasca e autoritária, a interna num manicômio, onde ela sofre lobotomia.

Este filme reforçou as minhas convicções de como regimes de esquerda podem ser daninhos e traiçoeiros.
  
Lendo depois a saga inacreditável para fugir de Cuba de Reinado Arenas em “Antes Que Anoiteça”, escritor homossexual perseguido, preso várias vezes, já não me restou o menor resquício de simpatia por quem elogia o regime mais do que ditatorial dos Castros em Cuba.

O que Boulos não nos conta é que na “eleição” recente, só havia um candidato, fiel ao regime, escolhido a dedo, referendando por um colegiado chapa-branca e que Raul passou a ser chefe das forças armadas, tendo mais poder do que o “presidente”.

Enfim, Lampedusa mais uma vez: Tanto em Cuba como na Venezuela foi preciso mudar para que tudo continue como estava....

Há o filme “Antes do Anoitecer” (2000) de Julian Schnabel com Javier Bardem como Reinaldo Arenas, que lhe deu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator. Mas este é um caso em que a obra original exerce um impacto muitíssimo maior mesmo. Não é só uma questão de transposição da literalidade de uma obra para a linguagem cinematográfica. Mas sim de força de conteúdo.

Até passar o título “Antes que Anoiteça” para “Antes do Anoitecer” já acarreta grande perda. Reinaldo nos passa grande urgência para contar sua vida antes que morra. E nos lembra que escrevia durante o dia em jardins até que anoitecesse.


Assim ver Jean Wyllys posando de bolivariano, remetendo a Che Guevara seria ridículo se não fosse patético, tão acintoso. Algo que desmerece, desmente suas lutas pelo pessoal GLBT.  

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Com “Tristana-Uma Paixão Mórbida” ( 1970- 3.8) de Luís Buñuel , fiquei mais convencido do horror que é um burguês Don Lope ( Fernando Rey), bastante cínico  comprar um casamento, no caso com a órfão Tristana ( Catherine Denueve), bem mais velho. 

O resultado disto só poderia ser ela se juntar a um amante, mais jovem e belo,  Horácio ( Franco Nero) e ter um fortíssimo desejo de deixar Don Lope, mas depois até matá-lo, quando se vê presa a ele por certo grau de invalidez que passa a ter, andando de muletas.

Alguns elementos surrealistas, além da situação criada em si, irrompem como uma cabeça decepada, ou até mesmo numa exposição dos peitos pela janela a um jovem que vem observá-la, uma forma, bela e cruel de trair o senhor que a constrange.

“Tristan-Uma Paixão Mórbida” me mostrou uma relação supostamente amorosa que é pura aparência e na sua essência envolve ódios e ressentimentos profundos. Algo que foi assustador.

Catherine está soberba. Fernando Rey, ator fetiche de Buñuel, como sempre impecável, aparentemente fazendo o mesmo papel, mas sempre acrescentando características bem específicas, de acordo com o filme que é feito. Isto é bastante evidenciado em “Viridiana” (1961) e “Este Obscuro Objeto do Desejo” (1977).

O ator também fez um vilão bastante irônico e interessante como o contrabandista de “Conexão França” (1971) de William Friedkin, um dos primeiros thrillers que me capturou do início ao fim.

“Tristana- Uma Paixão Mórbida” é um dos melhores filmes de Luís Buñuel e o preferido de Carlos Saura.
E Catherine Deneuve tem aqui um dos seus melhores trabalhos no Cinema.
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“Os Pássaros” (1963- 3.9) de Alfred Hitchcock, me tomou por infindáveis aspectos, além do fato de que nesta primeira visão, não sabia como terminaria a história.

Um dos elementos de que mais gostei é ver a arrogância da cientista ornitóloga levada ao chão, pois por mais falastrona que seja, suas teorias em nada explicam o porquê do ataque dos pássaros. Este será um mistério eterno. Pode-se especular. Certezas jamais se terá.

Os enquadramentos; os pontos de vista (até dos pássaros ao alto observando as desgraças que provocaram lá embaixo!); as sequências que nos fazem nem piscar, como tudo foi mostrado; as grandes crueldades de acordo com o que a história pede para ser realmente crível e forte c.....tudo isto e outros tantos componentes formam um filme quase que perfeito. Só não perfeito porque perfeição não existe.   

A química entre os atores é excepcional. A descoberta de Tippi Hedren como Melanie, totalmente adequada para ser a forasteira “socialite”, que chega da cidade grande à provinciana Bodega Bay, dentre outras situações, para provocar histeria, elegida como bode expiatório, como sendo a que trouxe os pássaros, é surpreendente, de grande força dramática.

Deixar a protagonista sozinha no quarto, sendo barbaramente bicada, num ataque de pássaros, é algo de bastante audácia. 

“Os Pássaros” deitou raízes profundas por ter sido o primeiro Hitchcock visto, já compreendo sua marca autoral e me instigando a não perder nada do que tenha feito até então ou depois.

Mas devo confessar que mesmo tendo grande fascínio também por “Um Corpo Que Cai”(1958), visto bastante, reconhecendo ser uma imensa obra-prima do Cinema, ( o mais admirado filme do mestre do suspense), já assisti várias vezes “Os Pássaros” e não deixo de considera-lo o melhor filme dele, ainda superior a todos os filmes do mestre. 

Provavelmente porque em “Os Pássaros” temos um grande mistério metafísico que não se pode resolver, só tangenciar, ou nem isto.

Já “Um Corpo Que Cai”, um maná para psicanalistas, tem um final que se resolve depois de tantas tortuosidades, mesmo que lembremos o crítico Sérgio Augusto que pinçou:  “Aqueles que os deuses querem destruir , eles primeiro enlouquecem”.      

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“Satyrycon de Fellini” (1969 3.10) de Federico Fellini, além da emoção de estar vendo o mítico Fellini pela primeira vez, me pegou pelo visual nunca antes visto,  pois nenhum filme de época já conhecido tinha este clima tão inovador; pelo universo pagão representado, com muita sensualidade e luxúria. Uma autêntica viagem sem drogas proporcionada por um cineasta visionário e extravagante no melhor sentido da palavra.

Aqui já temos Fellini em seu universo próprio único, só tangenciado pelo genial Emr Kusturica, primordialmente pelo seu melhor filme, “Underground-Mentiras de Guerra” (1995), que lhe deu a segunda Palma de Ouro em Cannes. Mas com quem só travei contato anos depois.

Mas Kusturica mesmo com influências, presumíveis, mas não confirmadas pelo diretor, tem universo próprio bastante reconhecível.

Em termos do que “Satyricon de Fellini” tenha de “trama” me lembro muito pouco. Bastou ler a sinopse agora para constatar.

Numa revisão em DVD que tenho em casa, já pacificado por ter assistido tantos filmes de Fellini, até mais de duas vezes, já prestarei mais atenção nela.

Fellini narrou que quando exibido em Londres, o filme passou a ser um cult movie, dentre o pessoal flower power e afins.
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“Morte em Veneza” (1971 3.11) me deixou bastante chapado. Por um bom tempo o filme me ficou na cabeça, sem que eu entendesse melhor o porquê.
Tanto se mostrou uma história de um músico fracassado em suas últimas composições, que vai para Veneza descansar de um forte stress que o acometeu, que descobre sua homossexualidade tardia, como alguém nas mesmas condições, mas que vê no jovem Tadzio, um ideal de beleza nunca antes visto, algo que sua música nunca atingiu.

A obsessão pelo jovem que o leva à autodestruição, não saindo de Veneza atingida por uma epidemia, morrendo numa cadeira de praia, é algo a se reter.

Revisto algumas vezes anos depois, com várias leituras sendo  possíveis ( poderia ter escolhido as duas simultaneamente lá atrás) me dei conta melhor que a sequência em que ele se dirige ao jovem e sua família, tocando a cabeça dele com carinho, pedindo-lhes de forma desesperada, que fossem embora da cidade, é algo que foi um grande devaneio. Ele não teve coragem de travar um contato direto com sua obsessão. 

Mas como acontece em muitos casos Tadzio percebe que está sendo perseguido e acaba manipulando os desejos do voyeur obsessivo. 
   
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“Era Uma Vez em Tóquio” (1953 3.12)  de Yasujiro Ozu tem muitos encantamentos e sensibilidade, além dos enquadramentos precisos e singulares. Mas o filme me tocou tanto que me fez querer rever minha família que morava no interior de São Paulo (eu no Rio de Janeiro) o mais breve possível, dado que não os via há certo tempo. Só conversas ao telefone. Algo que me angustiou e que fiz no fim de semana mais próximo, tendo enfim alívio.

Anos depois, assistindo uma Mostra dedicada a Ozu no CCBB-RJ, me espantei como ele tem obras primas com a estética própria do Cinema Mudo. Assim se houve uma evolução de qualidade na obra de Ozu, ela não se deu de forma linear. Filmes mais antigos podem até nos tocar mais ainda.

Com o tempo percebi melhor como em filmes em que um personagem faz renúncias em prol de outros, sofrimentos escondidos existem, dissimulados, tanto por parte de quem ajuda como de quem é ajudado. Este sofre porque não gostaria de travar a vida de ninguém. Outro porque sabe de prazeres que está perdendo. 
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“Pai Patrão” (1977 3.13) de Paolo e Vittorio Taviani foi o filme mais pessoal visto até então, com o qual eu mais me identifiquei, o que mais intimamente me marcou, ainda mais que os que envolvem questões ligadas à homossexualidade diretamente.  

Minha identificação com Gavino Ledda, neste filme de ficção baseado em sua história real, com sua relação terrível com o pai bastante autoritário, sua imensa solidão, foi plena.

Mas tenho que marcar forte uma diferença:  nunca fui camponês ( morava numa região intermediária entre a Zona Urbana e a Rural, no interior de São Paulo) fui bem alfabetizado e não tive que lutar titanicamente como ele para aprender a ler, escrever, sozinho, dado que o pai o retirou da escola, enquanto menino, para trabalhar no campo. Daí a ideia forte de um pai sendo patrão.  
Mas a luta por conhecimento de Gavino, depois que se alista no exército (indo embora num caminhão “dando uma eloquente banana” para onde vivia...), aproveitando todas as brechas para estudar até um dia ser um linguista , até realizar um filme, “Ybris”(1984) ), tem muito a ver com minha vida.
A Engenharia que estudei foi bastante importante para ter como ganhar a vida, mas bem antes de entrar no ITA em 1974 ( Instituto Tecnológico da Aeronáutica-São José dos Campos ) já me interessava bastante por Literatura e principalmente Cinema.

Durante o curso, descansava carregando pedras:  lendo e vendo filmes tidos como “cabeças” nas horas vagas, quando estava livre das aulas, não precisava estudar para provas e/ou fazer listas de exercício que nos perseguiam. Continuava vendo filmes na semana, onde houvesse um de interesse, em fins de semana, indo para São Paulo para maratonas.

Depois de chegar ao Rio de Janeiro em janeiro de 1979, já formado, mesmo trabalhando bastante, em muitas horas vagas, lá ia eu para os cinemas, acrescentando os espetáculos teatrais e leituras  selecionadas. E ainda atrevendo- me a meus escritos.

Assim “Pai Patrão” é o filme que melhor expressa minha trajetória de vida, mesmo que depois dele eu tenha visto muitas obras-primas que considero superiores e me tocaram ainda mais.
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Com “Investigação Sobre Um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita” (1970 3.14) de Elio Petri, veio a descoberta de como psicopatas podem se passar como pessoas comuns e como a onipotência de poderosos de toda ordem pode atingir patamares de extrema megalomania e desprezo para os que eles acreditam ser os comuns dos mortais.

Podem matar, deixar pistas e chefiar as investigações do próprio crime. Isto, metaforicamente, é muito natural no Brasil e no mundo de hoje, tanto quanto na História Humana.  Lembremos de Trump, Lula, Fidel Castro, Chaves, Maduro, Cunha, Renan, Jucá, Aécio, Joesley ,Sérgio Cabral etc.

Este foi um dos filmes que mais mal star me causou, ainda que o tenha adorado, pois entendi melhor traços de psicopatia em pessoas próximas, das quais não poderia então me afastar.

A característica maior de um psicopata é de alguém que comete horrores, podendo ser alta corrupção, assassinatos e afins e não sentir o menor travo de arrependimento. Enfim, sentimento de   humanidade tendendo a zero.
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Uma das maiores emoções cinematográficas da minha adolescência foi “O Planeta dos Macacos” (1968 3.15) de FranklinJ. Schaffner.


Num planeta onde a classe dominante é de macacos vermelhos que falam, depois vem os pretos também falantes e numa terceira classe os chamados humanos que agem como animais, sem o dom da fala, um astronauta, George Taylor (Charlton Heston) é capturado, depois da morte de seus colegas, uns por caçada dos macacos, outros por falhas graves na nave de onde vieram. 
  
Ele veio do planeta Terra numa viagem de séculos, num sistema de congelamento. Ferido, atingido na garganta, acaba não falando  como  os chamados humanos, sendo confundido com ele, mas mostra-se ser diferente por gestos e é feito objeto de estudos por um casal de cientistas vermelhos. É clássica a fala da Dr. Zira (Kim Hunter): “Como ele é feio!”

O final do filme é um dos mais belos, atordoantes e perfeitos do cinema: Taylor ao ver a estátua da liberdade, sem dúvida, mas caída, destroçada, junto com sua companheira humana, “sua fêmea” na linguagem dos macacos, ajoelha-se quase que numa posição de preces, estarrecido, ensandecido.
Tinha chegado ao Planeta Terra anos séculos depois de vagar pelo espaço, quando uma distopia levou os humanos à barbárie e permitiu que macacos evoluíssem e dominassem a Terra.
Me dei conta da possiblidade de algo desta ordem, uma metáfora,  com ácida crítica social, pudesse acontecer realmente. Só a possibilidade do paroxismo da guerra fria que foi evitada por um triz, na qual tanto Rússia como EUA poderiam ter lançados bomba-atômicas, é algo assustador.

E sabemos, distopias no presente que podem se agravar no futuro não faltam. Aliás, o que estamos vivendo hoje no Brasil tem ares de distopia.
Justamente neste momento em que escrevo, pelas 0:45 de 29/05 temos uma greve de caminhoneiros e manipuladores, todos   criminosos, que há mais de oito dias, com consequências que mexem com toda economia, a cadeia produtiva do país, com preços de vários itens subindo bastante, quando ainda estão disponíveis.

Mais de um bilhão de aves morrem. Hospitais cancelam operações; remédios faltam; supermercados e feiras sem legumes e verduras; postos com enorme filas mas que não tem gasolina, óleo diese,  etanol e afins; aeroportos cancelando voos por ausência de querosene.

Enfim, como e quando tudo isto deverá terminar? Mesmo terminada haverá dias para abastecimentos serem restabelecidos.

“O Planeta dos Macacos” foi a primeira grande distopia que assisti no cinema, um autêntico clássico, uma obra-prima da ficção científica.  As continuações do milênio passado são completamente dispensáveis, autênticos caça-níqueis. A imagem da estátua destroçada e do astronauta é a que merece ser lembrada para sempre.

Já neste novo milênio, há uma trilogia de qualidade, admirável, mesmo que muito distante do nível atingido no clássico de  Franklin J. Schaffner,  que dá uma ideia razoável do porquê tudo chegou aos macacos dominantes, com os seres humanos decadentes: “Planeta dos Macacos: A Origem” ( 2011) de Rupert Wyatt;  “Planeta dos Macacos: O Confronto” (2014) de Matt Reeves e “Planeta dos Macacos: A Guerra” (2017) de  Matt Reeves.
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A experiência sensorial com a tríade de épicos que assisti quando menino/adolescente, em que a tela é bem maior que avida, é algo que não se esquece:  “Dr. Jivago” (1965  3.16) de David Lean, “Ben´Hur”(1954 3.17 ) de William Wyler e “E o Vento Levou” ( 1939 3.18)  de Victor Fleming ( quem acabou assinando a obra que passou por muitos diretores).

“Dr.Jivago” merece logo uma revisão pois conhecia bem pouco a História da Revolução Russa.

Lembro-me mais de Jivago dividido entre duas mulheres, Lara (Julie Christie) e Tonya (Geraldine Chaplin) e da estonteante beleza visual do filme.

Lendo a sinopse e vendo o trailer hoje, percebo o quanto o filme revisto será novo, crescerá.

De “Ben-Hur” não dá para esquecer a sensacional corrida mortal de bigas. Num segundo plano o horror dos escravizados nas galés.
Há a sequência icônica do trançar de taças entre Ben-Hur e Messala ( Stephen Boyd) , antes de se tornarem inimigos com grau de ódio deste,   pouco visto nas telas.

Segundo “O Celulóide Secreto” (1995) de Rob Epstein e Jeffrey Friedman, havia uma atração homoerótica de Messala por Ben-Hur, algo que não floresceu, gerando muito ressentimento.

Stephen, William Wyler e o roteirista Gore Vidal sabiam desta leitura, mas Charlton Heston jamais poderia saber. Desistiria do personagem e como era o grande astro, que atraia grandes bilheterias, o filme poderia não sair do papel.

E Gore Vidal não ficou satisfeito com o resultado, pois queria  homoerotismo mais explicitado...

Já “E O Vento Levou...” que revi na tela grande, com encanto renovado em 2017,  tem a Guerra da Secessão Americana ( Guerra Civil Americana) de 1861 a 1865, como contexto histórico para sua primeira parte, onde desde início me marcou bastante um plano geral, em que se tem uma multidão de feridos em suas macas.

Esta parte termina com um grande e realmente cinematográfico beijo entre os protagonistas.
   
Na segunda parte, temos a voluntariosa Scarlett O’Hara (Vivien Leigh), não sabendo mesmo se ama o enigmático e decidido Rhett Butler, consciência crítica dos sulistas, (Clarke Gable) ou Ashley Wilkes (Leslie Howard). Mas não é muito difícil perceber que no fundo a insistência por ganhar o amor deste é um grande capricho, por ter sido preterida.

O que se retém com mais força é o final que contraria qualquer cartilha de filme romântico.

Rhett decide ir embora de vez, deixando Scarlett para trás. Na revisão o diálogo ferino é lembrado. Quando ela pergunta o que vai fazer da sua vida, Rett responde impiedoso: “Isto é problema seu minha querida”.
Isto não impediu o glorioso sucesso através dos tempos do filme. Esta sessão na tela grande de 2017 tinha público considerável. 
Por mais que os personagens sejam distintos, a química entre Vivien Leigh e Clark Gable é fantástica. Algo que jamais Hollywood conseguirá repetir. Nem com um milhão de dólares, um remake chegará aos pés desta obra-prima do cinema, tanto um grande épico, quanto um filme intimista, com amores tortuosos.  
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Bem, paremos por aqui na explicação do por que estes filmes, restritos ao primeiro visto mesmo de cineastas importantes, podem nos ter causado e vamos mais abaixo ao item 2, repetindo a lógica, agregando um contingente maior de cineastas.

Ficam apenas algumas considerações importantes finais.

Poderia ter sintetizado aqui, em maior ou menor grau, como foi feito, os espantos maiores, deslumbramentos e os porquês, ao assistir também pela primeira vez filmes como “Pasqualino Sete Belezas (1975) de Lina Wertmüller, “O Ano Passado em Marienbad” (1961) de Alan Resnais, “A Noite Americana” (1973) de François Truffaut, dentre outros cartões de visitas de cineastas importantes.

Mas fiquemos só com os já selecionados, para não haver saturação. Pela lista enorme do item 2, fica evidenciado a imensa quantidade de descobertas de cineastas dos quais fiquei cativo para sempre. 

E há, claro, muitos filmes que me marcaram bastante da filmografia de um cineasta, sem ser necessariamente o primeiro visto, como “Gritos e Sussurros” de Ingmar Bergman. Mas não é o escopo da postagem aqui.

Pelas escolhas feitas já dá para sentir a força do inconsciente cinematográfico, pois outros cineastas e filmes poderiam ter tido destaque.
Seria muito bom que leitores do Blog fizessem o mesmo na parte de comentários, sem se restringir, claro aos mesmos cineastas que considero gênios ou de maior, média grandeza. As visões são obviamente pessoais.

Há, por exemplo, cineastas tidos como grandes (ou até geniais) que me dizem pouco ou quase nada, como John Carpenter, Albert Ferrara etc. Ou ainda de quem nem conheço obra alguma como Dario Argento, Cesar Romero ou tendo só visto o horror (no mal sentido) do altamente produzido “Encarnação do Demônio” (2008), um José Mojica Marins de butique que me fez perder a vontade de assistir qualquer outro de seus filmes, por mais que uns o considerem um gênio. 
Enfim, seguindo o sentido do título da postagem, não há tantos cantos assim em minha alma para tão diferentes cineastas.

Em suma: sintam-se à vontade para discordar. Mas participem.

Meu texto e escolhas são eivados de subjetividades. Convido o leitor a apresentar as suas. Ou então, no mínimo,  pensar sobre elas. É um exercício que garanto que vale a pena.

No caso de dúvidas, deixem o inconsciente agir e façam uma escolha, dentre as possibilidades. Foi o que fiz em alguns poucos casos.
E, claro, tive meu fôlego particular para um panorama que sei que está longe de esgotar tudo que assisti. Cada um vai agir de acordo com o fôlego próprio, evidentemente.  

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* Tecendo o Amanhã
 João Cabral de Mello Neto
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.


O poema acima é reproduzido do volume “A Educação Pela Pedra”, de João Cabral de Melo Neto, Ed. Alfaguara / Objetiva, RJ, 292 pp., ver p. 219.
** Longa Jornada Noite Adentro”, título que é divulgado no Brasil não corresponde em nada à peça. Os dramas não varam as noites.   
O que ela enfatiza são grandes dramas cotidianos que cobrem o dia até a noite, para se repetirem no dia seguinte. A tradução de Bárbara Heliodora para montagem no CCBB-RJ com Cleyde Yáconis, dentre outros grandes atores, foi:  “Longa Jornada de Um Dia Para Dentro da Noite”

2- Primeiros Filmes Listados.

Repetirei aqui, inicialmente, os filmes já comentados no item anterior. A partir daí vamos então a vários cineastas e o primeiro filme que assisti deles.

Diretores /  Primeiro Filme Visto Dele

Stanley Kubrick / “2001, Uma Odisseia no Espaço”
Sam Peckinpah  /  “Sob o Domínio do Medo”
Sidney Pollack/ “A Noite dos Desesperados”
 Roman Polanski / “Macbeth”
Ingmar Bergman / “A Paixão de Ana”
Arnaldo Jabor / “Toda Nudez Será Castigada”
Ken Russell / “Mulheres Apaixonadas”
Luiz Buñuel / “Tristana, Uma Paixão Mórbida”
Alfred Hitchcock / “Os Pássaros”
Federico Fellini / “Satyricon de Fellini”
Luchino Visconti / “Morte em Veneza”
Iasujiro Ozu / “Era Uma Vez em Tóquio”
Paolo e Vittorio Tavianni / “Pai Patrão”
Elio Petri / “Investigação Sobre Um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita”
Franklin J. Schaffner / “Planeta dos Macacos”
David Lean / “Dr. Jivago”
William Wyler / “Ben-Hur”
Victor Fleming / “E O Vento Levou...”
Lina Wertmüller / “Pasqualino Sete Belezas”
Alain Resnais / “O Ano Passado em Marienbad”
François Truffaut / “A Noite Americana”
Tomás Gutiérrez Alea / “A Última Ceia”
Juan Carlos Tabia   / “A Entrevista”
Pablo Larrain / “Tony Manero”
Miguel Littin- "Atas de Marusia"
Sebastián Lelio / “Uma Mulher Fantástica”
Pablo Trapero / “Do Outro Lado da Lei”
Francisco Solanas / Tangos: O Exilio de Gardel”
Juan José Campanella / “O Filho da Noiva”
Daniel Burman / “O Abraço Partido”
Damián Szifron / “Relatos Selvagens”
Marcelo Piñeyro / “Plata Quemada”
Luiz Puenzo / “A História Oficial”
Lucrécia Martel / “O Pântano” 
Mariano Cohn, Gastón Duprat / “O Homem ao Lado”
Pablo Stoll, Juan Pablo Rebella / “Whisky”
Francisco Lombardi/ "Pantaleão e as Visitadoras"
Salvador Solar / "A Passageira" 
Francesco Rossi / “O Caso Mattei”
Pier Paolo Pasolini / “Pocilga”
Michelangelo Antonioni / “O Passageiro: Profissão Repórter
Dino Risi / “Este Crime Chamado Justiça”
Emanuele Crialese / “Novo Mundo” 

Gabriele Salvatores  /  “Mediterrâneo”  
Mário Monicelli / “Os Companheiros”
Bernardo Bertolucci / “Último Tango em Paris”
Franco Brusati / “Pão e Chocolate” 
Alberto Lattuada/ “Venha Tomar Um Café Conosco”
Vittorio De Sica / “Ladrão de Bicicletas”
Franco Zeffirelle  / “Romeu e Julieta”
Gianni Amelio / “As Portas da Justiça”
Luca Guadagnino / "Um Sonho de Amor" 
Ettore Scola / “Nós que Nos Amávamos Tanto”
Ermano Olmi / “A Arvore dos Tamancos”
Marco Bellocchio  / “De Punhos Cerrados”
Sergio Leone / “Era uma vez a Revolução” ( “Quando Explode a Vingança”)
Gillo Pontecorvo / “Queimada”
Gianfranco Rosi / “Sacro GRA
Roberto Faenza / "Jornada da Alma"
Nanni Moretti / “Caro Diário” 
Marco Ferreri / “A Comilança”
Valerio Zurlini / “A Primeira Noite de Tranquilidade”
Pedro Almodóvar / “A Lei do Desejo”
Victor Erice / “O Espírito da Colmeia”
José Luis Guerín / “Na Cidade de Sylvia”
José Luis Cuerda / “A Língua das Mariposas”
Alejandro Amenábar / “Mar Adentro”
Carlos Saura / “Ana e os Lobos”
Alex da La Iglesias / “A Comunidade”
Bigas Luna / “Ovos de Ouro”
Vicente Aranda / “Os Amantes”
Isabel Coixet / “A Vida Secreta das Palavras”
Icíar Bollaín / “Te Dou Meus Olhos” ( “Te Doy Mis Ojos” )
Tsai Ming-Liang / “O Rio”
Naguisa Oshima / “O Império dos Sentidos”
Shohei Imamura / “A Balada de Narayama”
Kenzo Mizoguchi / “Contos da Lua Vaga”
Hayao Miyazaki / “A Viagem de Chihiro
Kaneto Shindo / “Onibaba, a Mulher Diaba”
Akira Kurosawa / “Dodeskaden-Caminhos da Vida”
Naomi Kawase / “Floresta dos Lamentos” 
Hirokazu Kore-eda / “Além da Vida”
Takeshi Kitano / “Hana-Bi Fogos de Artifícios”
Kioshi Kurosawa- “Sonata de Tóquio
Kim Ki-duk / “Primavera, Verão, Outono, Inverna, Primavera”
Wong Kar-wai – “Amor à Flor da Pele”
Park Chan-Wook / “Old Boy”
Hong Sang-soo / “A Visitante Francesa”
Apichatpong Weerasethakul / “Síndromes e Um Século
Lav Diaz / “Do Que Vem Antes”
Brillante Mendoza / “Serviço”
“Zhang Yimou / “Lanternas Vermelhas”
Chen Kaige/ “Adeus Minha Concubina”
Jia Zhang-ke. / O Mundo”
Sidney Lumet – “Uma Dia de Cão”
Martin Scorsese – “Caminhos Perigosos”
Francis Ford Copolla – “O Poderoso Chefão”
Kathryn Bigelow / “Guerra ao Terror”
Denis Denis Villeneuve / “Incêndios”
Bob Fosse – “Cabaré”
Vicente Amorim / “Um Homem Bom”
George Stevens / “Os Brutos Também Amam” 
Robert Mulligan / “Houve Uma Vez Um Verão”
Peter Davis / “Corações e Mentes”
Dalton Trumbo / “Johnny Vai à Guerra”
Jay Roach / Trumbo: Lista Negra americano
Paul Morrissey / “Sangue para Drácula”
Jonathan Dayton, Valerie Faris / “Pequena Miss Sunshine”
Alan Arkin / “Pequenos Assassinatos”
Arthur Hiller / “Love Story - Uma História de Amor”
Barry Levinson / “Sleepers - A Vingança Adormecida”
Robert Redford / “Gente como a Gente”
James L. Brooks / “Laços de Ternura”
Tommy Lee Jones / “Três Enterros” (de Melquiades Estrada)
Warren Beatty / “O Céu Pode Esperar”  
Dennis Hopper, Peter Fonda / “Sem Destino” ( “Easy Rider”)  
Wolfgang Petersen / A História Sem Fim”

Robert Duvall / “O Apóstolo” 
William Friedkin / “Operação França”
George Roy Hill / “Golpe de Mestre”
Richard Linklater / “Antes do Amanhecer”
Ethan e Joel Cohen – “Gosto de Sangue”
Brian De Palma / “Carry, a Estranha”
John Cassavetes / “Uma Mulher Sob Influência”
Steven Spielberg / “Encurralado”
Steven Soderbergh / sexo&mentiras&vídeo tapes  
Alan J. Pakula / “Klute, Seu Passado Condena”
Oliver Stone "Platoon"
Robert Benton  "Kramer X Kramer 
Greg Araki / "Mistérios da Carne"
Eric Sacks / "Deixe a Luz Acesa"
Woody Allen / “Um Assaltante Bem Trapalhão”
Lana Wachowski, Lilly Wachowski / “Matrix”
James McTeigue / “V de Vingança”  
George Clooney / “Boa Noite, Boa Sorte”
Orson Welles / “Cidadão Kane”
Joseph L. Mankiewicz / “A Malvada”
Julie Taymor / “Across The Universe”
John Ford / “O Homem Que Matou o Facínora”
Elia Kazan / “Sindicato de Ladrões”
King Vidor / “Duelo ao Sol”
Charles Vidor / “Gilda”
 Nick Cassavetes / “De Bem Com a Vida”
Neil LaBute / “Na Companhia de Homens”
Otto Preminger / “Carmen Jones”
Kevin Smith/ "O Balconista" 
Todd Solondz / “Bem Vindos à Casa de Bonecas” 
John Houston / “O Homem Que Queria Ser Rei”
Tim Burton / “Edward Mãos de Tesoura”
Walt Disney / “Pinocchio”
John Lasseter / “Toy Story”
Carlos Saldanha / “Rio”
John Cameron Mitchell / “Shortbus”
Fred Zinnemann / “A Um Passo da Eternidade”
Josua Logan / “Picnic- Férias de Amor”
George Lucas / “American Grafitt – Loucuras de Verão”
Robert Rodriguez / “O Mariachi”
Don Siegel / “O Homem Que Burlou a Máfia”
Josef von Sternberg  / “O Anjo Azul”!
Richard Broks / “À Procura de Mr. Goodbar”
Charles Chaplin / “Tempos Modernos”
Buster Keaton / “A General”
(Jerry Lewis), Norman Taurog / “O Meninão
Frank Capra / “A Felicidade não Se Compra”
Gene Kelly, Stanley Donen / “Cantando na Chuva”
Bob Rafelson / “As Montanhas da Lua”
Tim Robbins / “Bob Roberts”
Mike Nichols / “Ânsia de Amar- Carnal Knowledge”
Milos Forman / “Procura Insaciável”
David Lich / “O Homem Elefante”
Wes Anderson / Os Magníficos Tenenbaums”
Michael Moore / “Tiros em Columbine”
Jerome Robbins, Robert Wise / “Amor Sublime Amor”
Gus Van Saint / “Drugstore Cowboys”
Todd Haynes / “Veneno”
Douglas Sirk / “Tudo Que O Céu Permite”
George Stevens / “Os Brutos Também Amam”
Robert Altman / "Voar é Com os Pássaros"  
Nicolas Ray / “Juventude Transviada”
Kathryn Bigelow / “Guerra ao Terror”
Hal Ashby / “Ensina-me a Viver”  
Mel Broks / “O Jovem Frankenstein”
Michael Cimino / “O Franco-Atirador”
Mark Rydell / “Num Lago Dourado”
James Gray / “Os Donos da Noite”
Martin Ritt / “Testa de Ferro Por Acaso
Robert Mulligan  / “Houve Uma Vez Um Verão”
James Cameron / “Titanic”
Ron Howard / “Apollo 13 - Do Desastre ao Triunfo”
Robert Zemeckis / “De Volta ao Futuro”
Jim Jarmuch/ “Daunbailó”
Derek Cianfrance / “Namorado Para Sempre”
Billy Wilder / “Quanto Mais Quente Melhor”  
Hal Hartley / “As Confissões de Henry Fool”
Howard Hawks / “Onde Começa o Inferno”
Clint Eastwood / “Josey Wales - O Fora da Lei”
Stanley Kramer / “Deu a Louca no Mundo”
Peter Bogdanovitch / “Esta Pequena é Uma Parada”
Terrence Malick / “Cinzas no Paraíso”
Blake Edwards / “A Pantera Cor de Rosa”
Charlie Kaufman, Duke Johnson / “Anomalisa”
Damien Chazele / “Whiplash: Em Busca da Perfeição”
M. Night Shyamalan / “O Sexto Sentido”
Tom Ford / “Direito de Amar”  
Michael Wadleigh / “Woodstock - 3 Dias de Paz, Amor e Música”
Noah Baumbach / “A Lula e a Baleia”
Godfrey Reggio / “Koyaanisqatsi - Uma Vida Fora de Equilíbrio”
Paul Verhoeven / “Instinto Selvagem”
Arthur Penn / “Pequeno Grande Homem” 
Graeme Clifford / “Frances”
Conrad Rooks / “Siddhartha”
Ron Fricke / “Baraka”
Lewis Gilbert / “O Despertar de Rita”
Irmãos Marx / “Uma Noite na Ópera”
Alfonso Cuarón / “E Sua Mãe Também...”
Alejandro González Iñárritu / “Amores Perros”
Guilhermo del Toro / “O Labirinto do Fauno” 
Paul Leduc / “Frida Natureza Viva”
Arturo Ripstein / “Vermelho Sangue”
Carlos Reygadas / “Japón”
Alejandro Jodorowsky / “A Montanha Sagrada”
Manoel de Oliveira / "Não, Ou  a Vã Glória de Mandar"
João Pedro Rodrigues/ "Morrer Como Um Homem"
João Botelho/ "Os Maias"
“Vincente Minelli / “Deus Sabe o Quanto Amei”
George Kukor / “Nasce Uma Estrela”
Spike Lee / “Faça a Coisa Certa”
Rob Epstein , Jeffrey Friedman “Common Threads: Stories From the Quilt”
Spike Jonze / “Quero Ser John Malkovich”
Ridley Scott / “Alien: O Oitavo Passageiro”
Philip Kaufman – “Os Eleitos”
David Fincher / “O Quarto do Pânico”
Paul Auster, Wayne Wang / “Cortina de Fumaça” 
David Cronenberg / “Gêmeos-Mórbida Semelhança”
Roger Spottiswoode / “E a Vida Continua....”
Denys Arcand / “O Declínio do Império Americano”
Atom Egoyan / “Exótica”
Jean-Claude Lauzon / “Leolo”
Xavier Dolan / “Matei Minha Mãe”
Lindsay Anderson / “Um Homem de Sorte”
Laurence Olivie / “Hamlet”
Kenneth Branagh / “Henrique V”
Terence Davies / “Vozes Distantes”
Peter Greenaway / “A Barriga do Arquiteto”
Alan Parker / “O Expresso da Meia-Noite”
Ken Loach / “Vida em Família”
Danny Boyle / “Trainspotting”
Stephen Daldry / “Billy Elliot”
Tom Hooper / “O Discurso do Rei”
Sally Potter / “Orlando - A Mulher Imortal”
Joe Wright / “Orgulho e Preconceito”
John Schlesinger / “Perdidos na Noite”
Michael Powell, Emeric Pressburger / “E Um de Nossos Aviões Não Regressou”
Richard Lester / “Help”
Steve McQueen  / “Shame”
Nicolas Roeg / “Inverno de Sangue em Veneza”
John Boorman / “Amargo Pesadelo”
Terry Gilliam / “Brazil-O Filme”
Peter Cattaneo / “Ou Tudo ou Nada”
Joseph Losey / “A Inglesa Romântica”
Karel Reisz / “A Mulher do Tenente Francês”
Mike Leigh / “Segredos e Mentiras”
Derek Jarman / “Sebastiane”
Peter Brooks / “Encontro com Homens Notáveis”
Neil Jordan / “Na Companhia dos Lobos”
Stephen Frears / “Minha Adorável Lavanderia”
“Richard Richardson” / “Ned Kelly”
Nate Parker/ “O Nascimento de Uma Nação”
D.H.Griffith  /” O Nascimento de Uma Nação”
Bryan Singer / “Os Suspeitos”
James Ivory / “Luxúria (Quartet ) “
Jane Campion / “Um Anjo Em Minha Mesa”
Jocelyn Moorhouse / “A Prova”
Peter Jackson / “Almas Gêmeas”
Peter Weir / “A Testemunha”
Max Ophüls / “Lola Montès”
Marcel Ophüls / “Marcel Ophuls, Um Viajante”
Werner Herzog / “Aguirre, a Cólera dos Deuses”
Volker Schlöndorff, Margarethe von Trotta / “A Honra Perdida de Katharina Blum”
Rainer Werner Fassbinder / “O Comerciante das Quatro Estações”
F. W. Murnau / “Tabu”
Peter Fleischmann / “Cenas de Caça na Baviera” 
Fritz Lang / “M. O Vampiro de Dusseldurf 
Maren Ade / “Toni Erdmann” 
Wim Wenders / “Paris, Texas”
Alexander Kluge / “O Ataque do Presente Contra o Restante do Tempo”
Oliver Hirschbiegel  / A Queda: As Últimas Horas de Hitler
Florian Henckel von Donnersmarck / “A Vida dos Outros”
István Szabó / “Mephisto”
Miklós Jancsó  / “Vícios Privados, Virtudes Públicas”
Kornél Mundruczó / “Deus Branco/White God”
Ari Folman / “Valsa Para Bashir”
László Nemes / “Filho de Saul”
Aki Kaurismäki  / “Um Homem Sem Passado”
Danis Tanović / “Terra de Ninguém”
Jan Troell / “Os Imigrantes”
Ruben Östlund / “Força Maior”
Lukas Moodysson /”Amigas de Colégio” 
Jan Troell / “Os Imigrantes”
Roy Andersson / “Vocês, os Vivos” 
Bille August / “Pelle, O Conquistador”
Stephan Elliott / “Priscilla, a Rainha do Deserto”
Andrejv Wajda / “Cinzas e Diamantes”
Agnieszka Holland  / “Filhos da Guerra”
Jerzy Skolimowski /  “Ato Final”
Andrzej Żuławski  / “Possessão”
Krzysztof Kieślowski / “Não Amarás”
Gabriel Axel / “A Festa de Babette”
Emir Kusturica/ “Quando Papai Saiu em Viagem de Negócios”
Andrei Tarkóvski  / “Solaris”
Sergei Loznitsa / “Na Neblina” 
Nikita Mikhalkov / “Olhos Negros”
Elem Klimov / “Vá e Veja!”
Dziga Vertov / “Um Homem com uma Câmera”

Mikhail Kalatozov / “Soy Cuba” 
Karen Shakhnazarov / “Anna Karenina: A História de Vronsky”
Serguei Paradjanov / “O Trovador Kerib”
Andrei Konchalovski / “Os Amantes de Maria”
Alexander Sokurov./ “Moloch”
Andrey Zvyagintsev / “O Retorno”
Mike van Diem / “Caráter”
Yórgos Lánthimos / “O Sacrifício do Servo Sagrado”
Mohsen Makhmalbaf  / “Gabbeh”
Abas Kiarostami / “Através das Cerejeiras”
Jafar Panahi / “O Balão Branco”
Asghar Farhadi / “A Separação”
Majid Majidi / “Filhos do Paraiso”
Bahman Ghobadi / “Tartarugas Podem Voar”
Ritesh Batra / “The Lunchbox”
Costa Gravas / “A Confissão”
Theo Angelopoulos / “Paisagem na Neblina”
Michael Cacoyannis / “As Troianas”
Lars Von Trier / “Europa”
Carl Theodor Dreyer / “A Paixão de Joana D’arc”
Thomas Vinterberg / “Festa de Aniversário”
Nuri Bilge Ceylan / “Três Macacos”
Yılmaz Güney / “Yol- O Caminho”
Semih Kaplanoğlu / “Um Doce Olhar”  
Ferzan Özpetek / ”Um Amor Quase Perfeito” 
Fatih Akın / “Contra a Parede”
Calin Peter Netzer / “Instinto Materno”
Cristian Mungiu / “4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias”
Corneliu Porumboiu / “A Leste de Bucarest”
Cristi Puiu / “Sieranevada”
Youssef Chahine / “Adieu Bonaparte”
Mohamed Diab / “Clash”
Abderrahmane Sissako / “Timbuktu”
Souleymane Cissé / “A Luz”
Mahamat-Saleh Haroun / “Um Homem Que Grita”
Amos Gitai / “Laços Sagrados – Kadosh”
Shlomi Elkabetz, Ronit ElkabetzElkabetz, Ronit Elkabetz / "O Julgamento de Viviane Amsalem"
Hany Abu-Assad / “Paradise Now”
Jiří Menzel / “Trens Estreitamente Vigiados”
Vojtěch Jasný / “Um Dia, Um Gato”
Alain Tanner / “Jonas Que Terá 25 Anos no Ano 2000”
Henri-Georges Clouzot  / “O Corvo”
Claude Berri / “Jean de Florette” e A Vingança de Manon” ( um díptico)
Bruno Nuytten / “Camille Claudel”
Marcel Carné / “O Boulevard do Crime”  
Philippe de Broca / “O Homem do Rio”
Bertrand Tavernier / “A Lei de Quem Tem o Poder”
Louis Malle / “Os Amantes”
Patrice Chéreau / “O Homem Ferido”
Jean-Pierre Jeunet ( Marc Caro)/  “Delicatessen”
Robert Guédiguian / “Marie-Jo e Seus Dois Amores” 
Patrice Leconte / “Confidências Muito Íntimas”
Jean-Jacques Annaud / “A Guerra do Fogo”
Bertran Blier / “Corações Loucos”
Olivier Assayas / “Clean”
André Téchiné / “Rosas Selvagens”
Jean Pierre e Luc Dardenne / “O Filho”
Lucas Belvaux / "Trilogia: Um Casal Admirável; Em Fuga e O Acordo Quebrado" 
Raúl Ruiz / "As Três Coroas do Marinheiro"
Cristophe Honoré/ "Em Paris" 
Roschdy Zem / "Chocolate" 
Olivier Nakache e Eric Toledano / "Samba"
Claude Berri / "Díptico: Jean de Florette e A Vingança de Manon"
Régis Wargnier / “Eu Sou o Senhor do Castelo”
Claude Sautet / “César e Rosalie”
Jacques Tati / “Meu Tio”
René Clément / “Brinquedos Proibidos”
Jean Cocteau / “Orfeu”
Roger Vadim / “Barbarella”
Alain Guiraudie / “Um Estranho no Lago”
Laurent Tirard / "O Pequeno Nicolau"
Eric Lartigau  "A Família Bellier"
Jean-Gabriel Albicocco / “Nina 1940: Crônica de um Amor”
Jean-Paul Rappeneau / "Cyrano de Bergerac"  
Anne Fontaine / "Nathalie X" 
Abdellatif Kechiche / “O Segredo do Grão”
Arnald Desplechin/ “Reis e Rainha”
Philipe Garrel / “Amantes Constantes”
Leos Carax / “Os Amantes de Ponte-Neuf”
Joaquim Lafosse / “Propriedade Privada” 
Jean Renoir / “As Regras do Jogo”  
Elie Wajeman / “Os Anarquistas”  
Benoît Jacquot / “Tosca” 
Jean Rouch / "Eu, Negro"
Éric Barbier / Promessa ao Amanhecer" 
Maïwenn / "Polissia"
Edouard Deluc / "Gaughin -Viagem ao Taiti"
François Ozon / “Regarde La Mer”/”See The Sea”- Média Metragem; “Sitcom- Nossa Linda Família”-Longa-Metragem  

Bertrand Blier / “Corações Loucos”   
André Cayatte /  “Morrer de Amor” 

Alain Jessua / “Tratamento de Choque” 
Serge Gainsbourg / “Paixão Selvagem” ( "Je t'aime... moi non plus)  
Coline Serreau / “Por Que Não!” 
Jean-Pierre Melville / “O Círculo Vermelho”
Bertrand Bonello / “Tirésias”
Robin Campillo / “120 Batimentos Por Minuto”
Bruno Dumont / “Flandres”
Claude Lelouch / “Um Homem, Uma Mulher”
Claire Denis / "Minha Terra África”
Nicole Garcia / "Um Instante de Amor"
Michel Gondry / “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças”
Michael Hazanavicius / “O Artista”
Stéphane Brizé / “Mademoiselle Chambon”
Jean-Luc Godard / “Viver a Vida”
Jacques Rivette / “A Bela Intrigante”
Agnès Varda / “As Duas Faces da Felicidade”
Agnès Jaoui / “O Gosto dos Outros”
Éric Rohmer / “A Marquesa d'O”
Claude Chabrol / “Amantes Inseparáveis”
Jacques Demy / “Os Guarda-Chuvas do Amor”
Glauber Rocha / “Terra em Transe”
Joaquim Pedro de Andrade / “Guerra Conjugal”
Nelson Pereira dos Santos / “Como Era Gostoso o Meu Francês”
Leon Hirszman / “São Bernardo”
Ruy Guerra / “Os Cafajestes”
Paulo César Saraceni / “Anchieta, José do Brasil”
Walter Lima Jr. / “A Lira do Delírio”
Cacá Diegues / “Chica da Silva”
Edgar Navarro / “Eu Me Lembro”
Rogério Sganzerla / “O Bandido da Luz Vermelha”
Roberto Farias / “O Assalto ao Trem Apagador”
Luiz Rosemberg Filho / “Crônica de Um Industrial”
Neville d'Almeida / “A Dama do Lotação”
Carlos Alberto Prates Correa / “Noites do Sertão” 
Selton Mello / “Feliz Natal” 
Heitor Dhalia / “Nina”
Antonio Carlos Fontoura / “Rainha Diaba”
Hector Babenco / “O Rei da Noite”
Flavio Tambellini / “A Extorsão”
Alberto Salvá / “Um Homem Sem Importância”
Domingos de Oliveira / “Todas as Mulheres do Mundo”
Walter Salles / “A Grande Arte”
João Moreira Salles / “Nelson Freire”
Juliana Rojas / "Sinfonia da Necrópole"
Marcos Dutra / "Quando Eu Era Vivo" 
Juliana Rojas, Marcos Dutra /"Trabalhar Cansa"
Anselmo Duarte / “O Pagador” de Promessas
Eduardo Coutinho / “Cabra Marcado Para Morrer”
José Eduardo Belmonte / “A Concepção”
João Pedro de Andrade / “O Homem Que Virou Suco”
Maurice Capovilla / ” O Jogo da Vida”
Sérgio Resende / “Até a Última Gota”
Sérgio Bianchi / “Mato Eles?” ( curta-metragem) e “Romance” ( longa-metragem)
Roberto Santos / “O Grande Momento”
Cao Guimarães / “Ex-Isto”
Aluizio Abranches / “Um Copo de Cólera”
Lúcia Murat / “Que Bom Te Ver Viva”
Laiz Bodansky / “Bicho de Sete Cabeças”
Anna Muylaert / “É Proibido Fumar”
Tizuka Yamasaki / “Gaijin”
Tatá Amaral / “Um Céu de Estrelas”
Sandra Werneck / “Pequeno Dicionário Amoroso”
Suzana Amaral / “A Hora da Estrela”
Monique Gardenberg / “Jenipapo”
Carlos Gerbase  / “Tolerância”
Luiz Fernando Carvalho / “Lavoura Arcaica”
Júlio Bressane / “Matou a Família e Foi ao Cinema” 
Jorge Furtado / “Ilha das Flores” ( curta metragem); “Houve Uma Vez Dois Verões”
Marcos Jorge / “Estômago”
Fellipe Gamarano Barbosa / “Casa Grande”
Sérgio Machado / “Cidade Baixa”
Humberto Mauro / “Ganga Bruta”
David Neves / “Muito Prazer”
Miguel Farai Júnior / “Vinícius”
Gabriel Mascaro / “Ventos de Agosto”
Karim Aïnouz / “Madame Satã”
Sérgio Machado / “Cidade Baixa”

Marcelo Gomes / “Cinema, Aspirinas e Urubus”
Sergio Amon / "Aqueles Dois" 
Cláudio Assis / “Amarelo Manga”
Walter Carvalho / “Janela da Alma”
Kleber Mendonça Filho  / “Crítico”
Lírio Ferreira ( Paulo Caldas ) / “Baile Perfumado”
(Lírio Ferreira), Hilton Lacerda / “Cartola - Música para os Olhos”
Luís Sérgio Person /  “São Paulo S/A”
Walter Hugo Khouri / “O Desejo”
Carlos Reincabah   / “A Ilha dos Prazeres Proibidos”
Andrea Tonacci / “Serra da Desordem”
André Klotzel / “A Marvada Carne”
Murilo Salles / “Nunca Fomos Tão Felizes”
Djalma Limongi Batista / “Asa Branca: Um Sonho Brasileiro”
José Antônio Garcia e Ícaro Martins / “O Olho Mágico do Amor”
Silvio Tendler  / “Os Anos JK - Uma Trajetória Política”
Alain Fresnot / “Família Vende Tudo” 
Luiz Alberto Pereira / “Hans Staden”
Roberto Moreira / “Contra Todos” 
Fernando Meirelles / “Domésticas”
José Joffily / “Quem Matou Pixote?”
Zelito Viana / “Terra dos Índios”
Paulo Thiago / “Policarpo Quaresma, Herói do Brasil”
Juliana Rojas, Marco Dutra / “Trabalhar Cansa”
Juliana Rojas / “Sinfonia da Necrópole”
Marco Dutra / “Quando Eu Era Vivo”
Caetano Gotardo / “O Que Se Move”
José Padilha / Ônibus 174”
Marcos Prado / “Estamira”
Wladimir Carvalho / “O País de São Saruê”
Jorge Bodansky / “Iracema, Uma Transa Amazônica”
Sylvio Back / “Aleluia, Gretchen”
Denoy de Oliveira / “Amante Muito Louca”
Guilherme de Almeida Prado / “A Dama do Cine Changhai”
Gustavo Dahl / “Uirá, um Índio em Busca de Deus”
Eduardo Escorel / “Lição de Amor”
Joel Pizzini / “500 almas”
Evaldo Mocarzel / “À Margem do Lixo”  
Bruno Barreto/ “A Estrela Sobe”
Paulo Sacramento / “Riocorrente” 
Fábio Barrreto / “O Quatrilho”
Felipe Bragança e Mariana Melliande / “A Alegria”
Andrucha Waddington / “Eu, Tu, Eles”
Maurício Farias / “O Coronel e o Lobisomem”
Wilson Barros / “Anjos da Noite”
Ugo Giorgetti /  ”Festa”
Jorge Durán / “A Cor do Seu Destino”
Geraldo Sarno / “Coronel Antonio Golveia”
Hermano Penna / “Sargento Getúlio”
Ozualdo Candeias / “A Margem”
Bruno Safadi / Meu Nome é Dindi
Helena Ignez / “Luz nas Trevas: A Volta do Bandido da Luz Vermelha”
Breno Silveira / “Dois Filhos de Francisco”
Adirley Queirós / “Branco Sai, Preto Fica”
André Novais Oliveira / “Ela Volta na Quinta”
André Sturm / “Sonhos Tropicais”
Antonio Carlos Fontoura / “A Rainha Diaba”
Pedro Carlos Rovai / “A Viúva Virgem”
Jean Garrett / “Excitação”
Alfredo Sternheim / “Paixão na Praia”
Luiz Carlos Lacerda / “O Princípio do Prazer”
Luiz Bolognesi / “Uma História de Amor e Fúria”
Alê Abreu / “O Menino e o Mundo”
Francisco Ramalho Jr. / “O Cortiço”
Fabio Meira / “As Duas Irenes”
Caru Alves de Souza / “De Menor”
 Cláudio Marques, Marilia Hughes Guerreiro / “Depois da Chuva”
Marcelo Caetano / “Corpo Elétrico”
Daniel Rezende / “Bingo, O Rei das Manhãs”
Eliane Caffé (2016) / “Era o Hotel Cambridge"
Helena Solberg/ “Carmen Miranda: Bananas Is My Business”
Eduardo Nunes/ “Unicorn”
Júlia Murat/ “Pendular”
Kiko Goifman / “Periscópio”
Beto Brant/ “Os Matadores”
Cao Hamburger  /  “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”
Carlos Nader / “Pan-Cinema Permanente”
Renato Terra, Ricardo Calil / “Uma Noite Em 67”
Sérgio Goldenberg / “Bendito Fruto”
Esmir Filho / “Os Famosos e os Duendes da Morte”
Maria Augusta Ramos / “Juízo”
Cláudio Torres / “Redentor”
Eduardo Valente / “No Meu Lugar”
Federico Machado / “O Exercício do Caos”
Camilo Cavalcante  / “A História da Eternidade”
Daniel Filho / “Primo Basílio”
Mário Peixoto / “Limite”
Vicente Ferraz / "Soy Cuba - O Mamute"
Estevão Ciavatta / “Made in China” 
João Jardim/ “Pro Dia Nascer Feliz”  
Carlos Hugo Christensen / "Enigma Para Demônios"
Guilherme Coelho / "Órfãos do Eldorado"

E este mais adiante, eu deixo por último, pois foi o primeiro filme que assisti na vida, bem criança, me fisgando para a Sétima Arte para sempre.
Com ele descobri não só a maravilha que é o Cinema, mas também as fantasias que pode criar, aqui com efeitos especiais ( soube mais tarde) do grande mestre Ray Harryhausen, que também trabalhou no roteiro.   
Nathan Juran / “Simbad e a Princesa”

Etc etc etc etc etc....

3- Links Associados

3.1 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-27442/ -“2001-Uma Odisseia no Espaço” (1968)- Sinopse – Trailer – Créditos
Sinopse
Desde a "Aurora do Homem" (a pré-história), um misterioso monolito negro parece emitir sinais de outra civilização interferindo no nosso planeta. Quatro milhões de anos depois, no século XXI, uma equipe de astronautas liderados pelo experiente David Bowman (Keir Dullea) e Frank Poole (Gary Lockwood) é enviada à Júpiter para investigar o enigmático monolito na nave Discovery, totalmente controlada pelo computador HAL 9000. Entretanto, no meio da viagem HAL entra em pane e tenta assumir o controle da nave, eliminando um a um os tripulantes.

3.2 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-151/ - “Sob o Domínio do Medo” (1971) de Sam Peckinpah – Sinopse – Créditos
Sinopse
O matemático americano David Sumner (Dustin Hoffman) e sua esposa inglesa (Susan George) resolvem se mudar para uma pequena cidade do interior. Logo David se envolve com um grupo de valentões da região e começa a descobrir a violência e o medo. Quando sua mulher é atacada e a sua casa invadida, ele vai começar a lutar para sobreviver e se vingar dos bandidos.

3.3 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-672/ - “A Noite dos Desesperados” (1969) de Sidney Pollack – Sinopse – Créditos
Sinopse
À época da Grande Depressão americana, é criado um concurso de dança que oferece 1.500 dólares como prêmio para o casal que conseguir ficar mais tempo dançando.

Título original: They Shoot Horses, Don't They”?

3.4 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-3583/ - “Macbeth” (1971) de Roman Polanski – Sinopse – Créditos
Sinopse
Macbeth (Jon Finch) é um grande guerreiro que ao retornar para casa após uma longa batalha, acaba encontrando três bruxas s em uma floresta. As aparições realizam uma profecia: Macbeth é homem que se tornará rei. Obcecado com os contos que ouviu para o seu futuro, Macbeth, com a ajuda de Lady Macbeth (Francesca Annis), acaba fazendo de tudo para conquistar o trono, entrando em um caminho trágico.

3.5 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-6132/ - “A Paixão de Ana” (1969) de Ingmar Bergman – Sinopse – Créditos
Sinopse
Depois do fim do casamento, Andreas (Max von Sydow) passa por uma fase de isolamento emocional, então ele decide se mudar para uma ilha no meio do Mar Báltico. Lá ele conhece Anna (Liv Ullmann), que assim como ele está sofrendo, só que por causa da morte do marido e do filho, que também se chamava Andreas. Os dois tornam-se amantes, mas para ambos é difícil esquecer o que aconteceu anteriormente em suas vidas, e Anna começa a ser atormentada por uma série de delírios. Enquanto isso, a ilha passa por um momento ruim também: animais estão sendo encontrados brutalmente assassinados, o que choca a população, que acreditam haver um maníaco entre eles.

3.6 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-319/ - “Toda Nudez Será Castigada” (1973) de Arnaldo Jabor – Sinopse – Créditos
Sinopse
Em uma família tradicional Herculano (Paulo Porto), um homem puritano que só tinha tido uma mulher na vida, prometeu para Serginho (Paulo Sacks), seu filho, enquanto a esposa agonizava, que jamais teria outra mulher. Já o irmão de Herculano, Patrício (Paulo César Pereio), vive às custas do irmão e faz de tudo para que Herculano dependa cada vez mais dele e assim possa explorá-lo cada vez mais. Aproveitando uma crise de desespero do irmão, Patrício coloca junto à mesa de Herculano uma fotografia de Geni (Darlene Glória), uma cantora de inferninho e meretriz. Após se embebedar Herculano vai ao bordel, onde encontra Geni e passa a noite com ela. Porém, depois renega a ligação, mas ele e Geni já estão apaixonados. Herculano promete se casar com ela, mas para isto precisa fazer Serginho viajar. Porém, sentindo o que está acontecendo, Serginho se recusa a partir, mas algo ainda muito maior vai torturar Herculano.

3.7 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-3069/ “Mulheres Apaixonadas” (1969) de Ken Russell- Sinopse- Trailer – Créditos
Sinopse
Anos 20, Beldover, cidade mineira da Inglaterra. Ao se retratar dois interessantes casos de amor também é mostrado os relacionamentos, personalidades e modo de pensar de duas mulheres e dois homens. Gudrun Brangwen (Glenda Jackson) encara relacionamentos como algo de praxe, enquanto que sua irmã, Ursula Brangwen (Jennie Linden), vê o amor como algo puro e simples, uma ligação permanente. Gudrun se envolve com Gerald Crich (Oliver Reed), que é um proprietário de mina e encara um relacionamento como uma posse. Já Ursula se relaciona com Rupert Birkin (Alan Bates), um inspetor escolar que é o melhor amigo de Gerald e tenta definir o amor entre homem e mulher e entre homem e homem. Enquanto Rupert e Ursula têm um terno caso de amor, Gerald e Gudrun tem uma relação tempestuosa. Mas Rupert precisa de outro tipo de afeto.

3.8  http://www.adorocinema.com/filmes/filme-1267/ - “Tristana, Uma Paixão Mórbida” (1970) de Luís Buñuel – Sinopse – Trailer – Créditos
Sinopse
Após a morte da mãe, a órfã Tristana (Catherine Deneuve) é entregue aos cuidados do respeitado Don Lope (Fernando Rey). O relacionamento da jovem com o tutor vai se modificando, ele a seduz e os dois logo se tornam amantes. Com a chegada do jovem Horacio (Franco Nero), no entanto, o relacionamento do casal é abalado. Tristana é realmente livre como Don Lope sempre fez questão de frisar?

3.9 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-1053/ - “Os Pássaros” (1963) de Alfred Hitchcock – Sinopse – Trailer – Créditos
Sinopse
Melanie Daniels (Tippi Hedren) é uma bela e rica socialite que sempre vai atrás do que quer. Um dia ela conhece o advogado Mitch Brenner (Rod Taylor) em um pet shop e fica interessada nele. Após o encontro ela decide procurá-lo em sua cidade. Ela dirige por uma hora até a pacata cidade de Bodega Bay, na Califórnia, onde Mitch costuma passar os finais de semana. Entretanto, Melaine só não sabia que iria vivenciar algo assustador: milhares de pássaros se instalaram na localidade e começam a atacar as pessoas.

3.10  http://www.adorocinema.com/filmes/filme-4481/ - “Satyricon de Fellini” (1969) de Federico Fellini – Sinopse - Créditos
Sinopse
Um retrato da Roma antiga mostrado pelo olhar de Encolpio. Depois de ser rejeitado pelo belo e jovem escravo Gitone, que ele disputava com seu amigo Ascito, Encolpio começa uma jornada na qual encontra todo tipo de gente e de coisas. São 25 episódios que mostram a roma antiga e tratam de temas muito sexuais. Dentre os acontecimentos que Encolpio presencia, ele ve um desfile de prostitutas e também uma orgia organizada por um homem que menosprezou a mulher para poder ter favores sexuais oferecidos por um jovem garoto.

3.11 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-96298/ “Morte em Veneza (1971) - Sinopse – Trailer - Créditos
Sinopse
Início do século XX. Gustav von Aschenbach (Dirk Bogarde) é um compositor austríaco que vai para Veneza buscando repouso, após um período de estresse artístico e pessoal. Porém ele não encontra a paz desejada, pois logo desenvolve uma paixão por um jovem, Tadzio (Björn Andrésen), que está em férias com sua família. Tadzio incorpora o ideal de beleza que von Aschenbach sempre imaginou e pensa em ir embora antes de cometer um ato impensado, mas sua bagagem foi para outra cidade, obrigando-o a permanecer ali. Além disto a cólera asiática começa a chegar em Veneza.

3.12 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-986/ - “Era Uma Vez em Tóquio” (1953) de Yasujiro Ozu  - Sinopse – Trailer – Créditos
Sinopse
 Um casal de idosos deixa sua filha no campo para visitar os outros filhos em Tóquio, cidade que eles nunca tinham ido. Porém os filhos os recebem com indiferença, e estão sempre muito atarefados para terem tempo para os pais. Apenas a nora deles, que perdeu o marido na guerra, parece dar atenção aos dois. Quando a mãe fica doente, os filhos vão visitá-la junto com a nora, e complexos sentimentos são revelados.

3.13 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-1843/ - “Pai Patrão”(1977) – Sinopse – Créditos
Sinopse
Baseado na história real de Gavino Ledda, o filme narra sua luta, desde menino, para se libertar da ignorância e violência imposta por seu pai. Com o tempo Gavino percebe que a única maneira de sair daquela situação é adquirindo cultura, e aos poucos vai aprendendo as coisas, sem a ajuda de ninguém e com a oposição de seu pai.
3.14 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-3591/ - “Investigação Sobre Um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita” (1970) de Elio Petri – Sinopse – Teaser - Créditos
Sinopse
Em um momento de perturbação política interna na Itália, o inspetor de polícia (Gian Maria Volonté) recebe a tarefa de reprimir os dissidentes políticos. Dentre eles está sua amante Augusta Terzi (Florinda Bolkan). Ele começa a testar os limites da polícia, vendo se irá ser acusado pelo crime. Assim, começa a plantar pistas óbvias que o identificam como o assassino da mulher, e vê seus colegas ignorando-as, seja intencionalmente ou não.

3.15 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-12791/ - “Planeta dos Macacos” (1968) de Franklin J. Schaffner- Sinopse – Trailer – Créditos
Sinopse
 George Taylor (Charlton Heston), um astronauta americano, viaja por séculos em estado de hibernação. Ao acordar, ele e seus companheiros se vêem em um planeta dominado por macacos, no qual os humanos são tratados como escravos e nem mesmo tem o dom da fala.

3.16 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-4754/ - “Dr. Jivago” (1965) de David Lean- Sinopse – Trailer – Créditos
Sinopse
O filme conta sobre os anos que antecederam, durante e após a Revolução Russa pela ótica de Yuri Zhivago (Omar Sharif), um médico e poeta. Yuri fica órfão ainda criança e vai para Moscou, onde é criado. Já adulto se casa com a aristocrática Tonya (Geraldine Chaplin), mas tem um envolvimento com Lara (Julie Christie), uma enfermeira que se torna a grande paixão da sua vida. Lara antes da revolução tinha sido estuprada por Victor Komarovsky (Rod Steiger), um político sem escrúpulos que já tinha se envolvido com a mãe de Lara, e se casou com Pasha Strelnikoff (Tom Courtenay), que se torna um vingativo revolucionário. A história é narrada em flashback por Yevgraf de Zhivago (Alec Guiness), o meio-irmão de Yuri que procura a sua sobrinha, que seria filha de Jivago com Lara. Enquanto Strelnikoff representa o "mal", Yevgraf representa o "bom" elemento da Revolução Bolchevique.

3.17-  http://www.adorocinema.com/filmes/filme-1532/ - “Ben-Hur”(1959)  de William Wyler- Sinopse – Trailer – Créditos 
Sinopse
Em Jerusalém, no início do século I, vive Judah Ben-Hur (Charlton Heston), um rico mercador judeu. Mas, com o retorno de Messala (Stephen Boyd), um amigo da juventude que agora é o chefe das legiões romanas na cidade, um desentendimento devido a visões políticas divergentes faz com que Messala condene Ben-Hur a viver como escravo em uma galera romana, mesmo sabendo da inocência do ex-amigo. Mas o destino vai dar a Ben-Hur uma oportunidade de vingança que ninguém poderia imaginar.

3.18- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-27782/ - "E o Vento Levou.." (1939) “Sinopse– Créditos ( O Trailer está ruim. Veja outro no link adiante. 
E O Vento Levou... - Trailer 

Sinopse
Uma reunião social acontece numa grande plantação na Georgia, Tara, cujo dono é Gerald O'Hara (Thomas Mitchell), um imigrante irlandês. Na mansão está Scarlett (Vivien Leigh), sua bela e teimosa filha adolescente. Os gêmeos Tarleton, Brent (Fred Crane) e Stuart, imploram para serem seus acompanhantes num churrasco, que haverá em Twelve Oaks, uma plantação vizinha. Scarlett flerta com eles enquanto tenta obter informações sobre o homem que ama obsessivamente, Ashley (Leslie Howard), o primogênito do patriarca de Twelve Oaks, John Wilkes (Howard C. Hickman). Ela ouve algo que a desagrada muito: Ashley está comprometido, o que depois é confirmado por seu pai. Scarlett acha a vida em Tara monótona, mas seu pai diz que Tara é uma herança inestimável, pois só a terra é um bem que dura para sempre. Ela apenasó pensa em Ashley, assim usa seu mais belo vestido para ir ao churrasco, revelando um inapropriado comportamento para um compromisso diurno, apesar das objeções de Mammy (Hattie McDowell), sua protetora escrava. Em Twelve Oaks Scarlett é o centro das atenções, em razão dos vários pretendentes que pairam sobre ela, mas nenhum deles é Ashley. Mais tarde Scarlett ouve os cavalheiros discutindo acaloradamente sobre a guerra eminente que acontecerá entre o Norte e o Sul, crendo que derrotarão em meses os ianques. Só Rhett Buttler (Clarrk Gable), um aventureiro que tem o hábito de ser franco, não concorda com estas declarações movidas mais pelo orgulho do que pela lógica. Ele diz que não há nenhuma fábrica de canhões no sul e afirma que os ianques estão melhor equipados e têm fábricas, estaleiros, minas de carvão e podem matar os sulistas de fome, pois têm o domínio dos portos, enquanto os sulistas só têm algodão, escravos e arrogância. Um jovem, Charles Hamilton (Rand Brooks), sentindo-se insultado, tenta desafiar Rhett para um duelo, mas ele se esquiva, mesmo sabendo que o derrotaria facilmente, e se retira. Ashley tenta ir ao seu encontro para acompanhá-lo, pois Rhett é um convidado, mas é detido por Scarlett, que quer falar com ele. Os dois vão até a biblioteca e ela fala para Ashley que o ama profundamente. Isto só faz ele lhe dizer que está noivo da prima dela, Melanie Hamilton (Olivia de Havilland). Ashley diz que ama Melanie, entretanto admite que ama Scarlett fraternalmente. Ela fica ainda mais irritada e esbofeteia Ashley, que deixa a biblioteca. Ela então lança um vaso contra a lareira e descobre que atrás de um sofá havia uma outra pessoa, Rhett. Quando Scarlett lhe diz que não é um cavalheiro, Rhett retruca dizendo que ela não é uma dama. pesar deste confronto, é claro que Rhett ficou atraído pela beleza de Scarlett. Em Twelve Oaks chega um cavaleiro, para dizer que a guerra começou. Os homens exultam e Charles vai dizer a Scarlett que a guerra foi declarada, com todos os homens indo se alistar. Enquanto via Ashley se despedir de Melanie, Scarlett ouve Charles lhe pedir em casamento. Movida pela mágoa, ela aceita e diz que quer casar antes que ele parta. Assim Melanie e Ashley se casam em um dia e no seguinte Scarlett se casa com Charles, apesar de não sentir nenhuma atração ou amor por ele. O que Scarlett desconhecia é que o futuro lhe reservava dias muito mais amargos, pois durante a Guerra Civil Americana várias fortunas e famílias seriam destruídas.