1- Os Dez Melhores Filmes de 2017, Com Empates @Outros Destaques@
Filmes
Bem Comentados Não Vistos.
Critério: Filmes lançados no circuito brasileiro de 1 de janeiro de
2017 a 31 de dezembro de 2017, seja em que cidade for.
As letras que surgem junto aos títulos obedecem à ordem dos links
associados na parte 3.
1-a- Em Ordem de Preferência
1- “Silêncio” a (2016) de Martim Scorsese / “La La Land- Cantando
Estações b (2016) de Damien Chazele
“Silêncio”
É um projeto da vida de Martim Scorsese, onde num Japão do século XVII,
senhores feudais inescrupulosos se valem de grande violência psicológica e/ou física
contra padres católicos e camponeses japoneses cristãos. O resultado é um filme
bastante perturbador, mas poético e sublime, onde o poder da fé aqui representa
qualquer religião. Há espaço também para a revolta bergmaniana contra o
silêncio de Deus.
Andrew Garfield como o padre Rodrigues tem um dos desempenhos mais
assombrosos dos últimos tempos. Deveria ter concorrido ao Oscar 2017 por este
trabalho e vencido. Assim como o filme em várias categorias.
“La La Land-Cantando Estações”
É o primeiro musical realizado diretamente para o Cinema em
décadas, que se vale de um compêndio de recursos próprios da linguagem
cinematográfica, com bastante pertinência, uma química extraordinária de Ryan
Gosling e Emma Stone, com abertura e desfecho dignos de qualquer antologia.
Passa-se da realidade à fantasia (que pode remeter à realidade,
mesmo neste plano), volta-se à realidade e assim se estrutura o filme o tempo
todo. Pode-se dizer que é um balão cativo, na acepção do memorialista Pedro
Nava.
2- “Poesia Sem Fim” c (2016) de Alejandro Jodorovsky
Nesta história inusitada e brilhante, com paleta de cores fortes,
cenários lindamente artificiais, com personagens e situações extravagantes,
temos a formação artística, humana e de educação sentimental de um poeta bastante
talentoso que fugiu da tirania do pai.
O filme, sublime em muitos momentos, nos lembra esteticamente (como
Emir Kusturica em sua obra) procedimentos de Federico Fellini. Mas Jodorovsky
(assim como Kusturica) guarda sua imensa originalidade, um universo bem pessoal,
mesmo com estas lembranças.
Este universo personalíssimo pode-se constatar no anterior “A Dança
da Realidade” (2013) e “A Montanha Sagrada” (1973), (dentre outros), dois dos
meus filmes prediletos dele, que apresentam intensa criatividade e vigor
cinematográfico.
(Atenção Spoilers) Em “Poesia Sem Fim”, primordialmente, tudo
converge para uma elegia belíssima e metalinguística de perdão de um grande
artista (o próprio Jodorovsky) ao pai que o tiranizou bastante e nunca o
incentivou para ser um artista como queria.
3- “Dunkirk” d (2017) de Cristopher Nolan
Como escreveu Cássio Starling Carlos na Folha de São Paulo: “Nolan
junta o século 19 no 21 demonstrando que o cinema - ainda - tem poderes para
expandir nossa percepção”.
Em três planos narrativos bastante criativos e significativos que
se complementam, temos uma história muito pouco comentada até agora, de um
momento crucial da Segunda Guerra Mundial, onde belgas, ingleses e franceses
estão encurralado por nazistas numa praia em Dunkirk, fazendo-se necessária uma
grande corrente, com enorme arrojo e solidariedade, uma grande união de
esforços ( algo tão raro e bastante urgente hoje em dia).
Assim impediu-se que o nazismo fosse triunfante. Mas ao fim
Churchill lembra a todos, que muitas lutas ainda terão que ser travadas para
derrotar definitivamente o nazismo. Se o grande contingente de soldados e os
comandantes (que já teve muitas baixas) fossem mortos em Dunkirk, a falta deles
seria desastrosa para o mundo livre.
O trabalho conjunto de atores e de direção primorosos. A montagem é magnífica. O som nos atordoa,
mas é fundamental para as histórias que se narram e que serão convergentes.
Indiretamente, o filme, numa leitura mais periférica, é uma forte
crítica ao Brexit, saída do Reino Unido da União Europeia.
4- “Frantz” e (2016) de François Ozon
Temos um filme de época em belíssimo preto e branco, pós Primeira
Guerra Mundial, que se passa numa pequena cidade do interior da Alemanha e na
França, mormente Paris, em que as cores que surgem aqui e ali tem forte sentido
dramático.
É um filme sobre imaginação, desejos camuflados ou inconscientes, verdades
atrozes, mentiras e as situações em que estas parecem ser a melhores escolhas. Mas
até quando?
Ozon mantém, de certa forma, seus temas, em mais um filme
desconcertante, onde situações não são o que parecem, os personagens não sabem
bem o que sentem, há forte dilema nas escolhas (que podem ser desastrosas),
elementos de maior ou menor perversidade irrompem, camadas insuspeitas sucessivas
são adicionadas, redimensionando magistralmente tudo o que vimos antes.
Quando e como este filme terminará? É uma forte pergunta para espectadores
guiados por um roteiro tortuoso e um diretor que brinca seriamente com
os fatos narrados.
5- “A Mulher Que Se Foi” f (2016) de Lav Diaz
O filipino Lav Diaz, sempre interessado em momentos históricos
fortes de seu país, faz filmes de longuíssima duração (este em questão tem 3
horas e 48 minutos e é um dos mais contidos), mas sabe enquadrar seus planos
magnificamente, expondo aos nossos olhos sequências com muita vida.
Acompanhamos os personagens em suas ações, como se fôssemos íntimos
e cúmplices. Em sua obra temos “a vida como ela é”, mas de forma bastante afirmativa,
num plano oposto às ironias de Nelson Rodrigues
Uma senhora, Horacia Somorostro (Charo Santos-Concio, excelente)
sai da prisão onde esteve condenada a mais de 30 anos porque teria cometido um
assassinato, mas uma colega de prisão, depois deste tempo todo relata que
cometeu este crime. E acaba se suicidando.
Estamos em 1997, quando havia uma epidemia de sequestros nas
Filipinas. Um figurão, acusado de envolvimento, está preso em prisão
domiciliar. É o verdadeiro mandante do
crime que levou Horacia à prisão. Mas circula livremente, buscando
tortuosamente um perdão cristão junto a um padre numa igreja local que costuma
frequentar.
Neste sentido ele nos lembra um pouco Michael Corleone ( Al Pacino”
em “O Poderoso Chefão parte III ( 1990).
Horacia, em liberdade só encontra a filha. O marido morreu e o
filho desapareceu.
Dentre vários acontecimentos relevantes na narrativa, temos a
acolhida bastante cuidadosa que Horacia dá a um trans que sofreu violências.
Saberemos que isto não é nada gratuito. Mas como temos a vida como ela é, estes
cuidados nos são mostrados com a maior paciência, em belos enquadramentos.
Neste filme temos, dentre outros, uma epopeia particular em busca
do filho, até com projeções e a temática da vingança, quando a justiça é
corrupta e inoperante. Lav com bastante paciência constrói situações em que a vingança se dará, definitivamente não ou ainda em aberto na narrativa. O
diretor, longe de hermetismos, é um
grande contador de histórias.
“A Mulher Que Se Vai” justifica com louvor o Leão de Ouro que
ganhou no Festival de Veneza em 2016.
6- “Uma Mulher Fantástica g (2017) de Sebastián Lelio / “Últimos
Dias em Havana” h (2016) de Fernando Perez
“Uma Mulher Fantástica”
Marina, uma transexual perde o companheiro Orlando ( Francisco
Reys), um senhor mais velho que por ela abandonou mulher e filhos.
A partir daí sua busca por dignidade, ter seus direitos
reconhecidos e poder participar do velório e do enterro do amado companheiro, nos
lembra, guardadas as devidas proporções, até Antígona querendo dar enterro
digno a seu irmão Polinices, lutando contra a intolerância de Creonte. Afinal
Orlando gostaria muito que ela estivesse presente nas cerimônias fúnebres, se
despedindo dele.
O trabalho incrível de Daniela Vega (atriz e cantora transexual na
chamada vida real) como Marina, eleva o filme a patamares bastante
significativos. E como mais um fator a
cativar o espectador, certo clima hitchcockiano se instala. Não se tira mais o
olhar da tela.
Novamente, guardadas as devidas proporções, o filme, em aspectos de
sua belíssima conclusão na penúltima sequência, nos lembra, metaforicamente, “O Dia Em Que
Dorival Encarou a Guarda” (1986), curta-metragem bastante premiado, um dos
melhores já feitos no Brasil, de Jorge Furtado e José Pedro Goulart.
“Últimos Dias em Havana”
Dois cubanos moram numa Cuba em condições quase que indigentes, num
conjunto de apartamentos lúgubres. Um deles, HIV positivo, tem pouco tempo de
vida e já sofre consequências físicas dolorosas de sua má saúde. Mas é ele quem
vai procurar, com seu gosto incansável pela vida, animar quem dele cuida e vive
amargurado, sonhando com o dia em que receberá um visto para ir embora da ilha,
antes de Fidel, agora de Raul.
Personagens a princípio secundários surgem na trama e acabam
ganhando bastante força, o que constaremos melhor no desfecho.
Enfim, forma-se uma cálida micro humanidade, que é o que fará
sentido mesmo para estas vidas todas, contornando agruras de uma sociedade em derrisão.
Como se deu, em quanto tempo até o presente e qual o grau de intimidade do relacionamento de Miguel
(quem cuida) e Diogo (o paciente), que tem ou tiveram, é algo misterioso,
intrigante.
Contribui para isto Miguel não ser mostrado sob qualquer signo de
suposta homossexualidade. Sem demérito a qualquer pessoa, mas apenas ressaltando uma diferença, ninguém
nas ruas apontaria Miguel como homossexual.
O final, que pode soar um clichê crítico, aponta em outra direção,
pois temos em aspecto bastante importante equivalências.
Mas este final também nos reserva significativas surpresas para o
bem ou para o mal.
7- “Roda Gigante” i (2017) de Woody Allen
Esnobado por muitos formadores de opinião em um dos melhores filmes
de sua carreira, “Café Society (2016), com este “Roda Gigante” não seria
diferente.
Assim como muita gente quer ser o dono do que seria um filme de
Pedro Almodóvar (daí a injusta fria recepção por parcela da crítica ao
excelente “Julieta” (2016), um filme sobre mulheres bastante sério e
admirável), tem-se também os patrulheiros de Woody Allen.
E surge um paradoxo cruel e tolo: se estes dois grandes artistas
reafirmam temáticas e gêneros estão se repetindo; se realizam trabalhos que
fogem bastante do previsto, das expectativas, embarcaram em canoa furada.
É “Blue Jasmine” que mais se aproxima de “Um Bonde Chamado Desejo”
de Tennessee Williams. Jasmine (maravilhoso trabalho superpremiado de Cate
Blanchett), ao final. enlouquecendo num banco de praça, sem saber o que fazer
da vida, sem ter ideia para onde ir, poderia dizer: “Sempre dependi da bondade
de estranhos”, como Blanche DuBois, sendo levada para um hospício.
Já em “Roda Gigante”, onde a roda da fortuna da vida gira e acabam
todos no mesmo lugar, os personagens lembram um rato num pote de leite: quanto
mais se debate para sair, mais coalhado fica o conteúdo do pote e mais difícil
de escapar.
Na história da protagonista ex-atriz Ginny, em extraordinário desempenho
de Kate Winslet, que cada vez mais não suporta seu cotidiano ( como os demais
personagens em variados graus), Woody Allen se apropria de elementos dos
melodramas nobres de Douglas Sirk em technicolor, mas tudo se passa mesmo como
se Woody adentrasse a cabeça de Tennessee Williams e escrevesse uma peça ao
estilo do grande dramaturgo´, com seu universo de seres errantes e/ou marginalizados,
humilhados, de todas as formas e classes sociais.
Afinal Sirk em muitos de seus filmes nos traz redenção
preciosa ao final. Já Woody (neste caso) e Tennessee de
forma alguma.
Mas é também imprescindível destacar que a sensacional direção de
fotografia de Vittorio Storaro é um grande personagem do filme também.
A resolução de “Roda Gigante” é uma das mais cruéis e potentes já
realizadas por Woody Allen, mais triste ainda do que em “Match Point” (2005), “Crimes
e Pecados” (1989), “O Sonho de Cassandra” (2007) ou “Interiores” (1978), dentre
outros filmes de Allen, que se recusam a ser comédias, nem agridoces.
Mas explicar o porquê seria um grande spoiler. Paro por aqui.
8- “Human Flow- Não Existe Lar se Não Há para Onde Ir” j ( 2017) de Ai
Weiwei/ “Eu Não Sou Seu Negro” k (2016) de Raoul Peck
“Human Flow- Não Existe Lar se Não Há para Onde Ir”
Em viagens de
Ai Weiwei por 23 países, mostrando refugiados saindo de suas terras, o que pode
acontecer em suas trajetórias e nos pontos de chegada, compõe-se um filme com
amplitude neste tema que nunca vi e que apresenta um grande diferencial.
Ai Weiwei é um grande performer e artista plástico ( morando na
Alemanha pois se voltar à China é preso) se vale deste talento para compor
várias imagens e sequências belíssimas, algumas utilizando drones.
Mas ele toma o cuidado de não banalizar o horror, embelezando-o
simplesmente. Cria sim uma maior empatia entre o espectador e o filme. Afinal
um filme deprimente afasta reflexões e pode provocar reações imediatas para ser
esquecido.
“Eu Não Sou Seu Negro”
A montagem e a narração de Raoul Peck e Samuel L.Jackson respectivamente
são brilhantes. Mas o filme não teria a enorme envergadura que tem sem os
textos e as falas contundentes, mordazes, irônicas, precisas e poéticas de
James Baldwin.
A visão de mundo do escritor é ampla a ponto de entender as razões
tanto de Martim Luther King e Malcom X em suas propostas de lutas bastante
divergentes para conseguir os direitos civis legítimos dos negros.
Quando Baldwin afirma com força “eu não sou seu negro”, ele não nega
a raça negra que tem. O que o afronta é a visão estereotipada e viciada que
brancos querem pespegar em negros.
Numa era em que dão as caras suprematistas brancos expondo seus
horrores orgulhosos, a Ku Klux Klan e policiais matam negros por nada, ficando
impunes, “Eu Não Sou Seu Negro” é de uma
atualidade, urgência, pertinência atordoantes e impressionantes.
9- “A Criada” l (2016) l de Park Chan-Wook / “A Qualquer Custo” m
(2016) de David Mackenzie
“A Criada”
Na Coréia do Sul, 1930, invadida pelos japoneses, temos uma
história onde nada, nem ninguém é o que parece ser. Isto já se viu em vários
filmes, mas aqui se dá com bastante originalidade e muito engenho, de forma
nunca vista antes.
Park Chan-Wook faz uma reconstituição de época belíssima, suntuosa
e conta com um elenco sedutor, com personagens sedutores também para o bem e o
mal.
A obra não prescinde de situações de humor. Mas o que se vê no
conjunto é brilhante e assustador. Realmente: “Ninguém sabe a maldade que se
esconde nos corações humanos”. Mas passa a ser maldade dependendo do ponto de
vista. O diretor expande nossas visões sobre o bem e o mal e seus
interstícios.
“A Qualquer Custo”
Neste western moderno, temos como forte subtexto, um caldo de
cultura que nos explica em parte porque um Trump foi eleito.
Acompanhamos uma história de marginais, onde tendemos a ter empatia
por eles, numa América profunda, plena de pobreza, com total falta de perspectivas.
Assim, como espectador, passamos a compactuar com dois irmãos que
assaltam agências de um banco, do qual uma hipoteca vencida os fará perder a casa da família.
No desfecho temos uma situação moral que nos lembra um tanto a de
“Assassinato no Expresso do Oriente” de Kenneth Branagh. Ficamos incomodamente
satisfeitos.
“A Qualquer Custo” tem na modernidade, violências típicas do velho
western. Neste sentido nos lembra “Onde os Fracos Não Tem Vez” (“No Country For
a Old Man” - 2007) dos Irmãos Coen. E bastante em comum, temos como que xerifes
em aposentadoria, sentindo total impotência diante do mundo que se desenha e os
cerca. Não existe país para estes velhos homens. Velhos não na idade, mas na
experiência, que se torna inócua.
10- “O Filme da Minha Vida” n (2017 de Selton Mello / “mãe!” o (2017)
de Darren Aronofsky
“O Filme da Minha Vida”
Num mundo pleno de bodes de toda espécie, em que a política em
muitos lugares (incluindo o Brasil) mais do que estar nas mãos de corruptos,
está na de psicopatas, Selton Mello intuiu que precisava dar um presente a
diferentes plateias, mas sem rebaixamentos. Um bombom, no melhor sentido da
palavra.
Assim surgiu este filme lírico do começo ao fim, com interpretações
primorosas, nos convidando a desvendar qual o filme da vida do protagonista.
Mas para tal é necessário o desnudamento do filme da vida de vários outros
personagens. O coadjuvante de um pode ser o protagonista de outro.
Um jovem, Tony (Johnny Massaro) chega de temporada de estudos fora
de sua pequena cidade, formado como professor, na era em que o rádio irrompe como
forte meio de comunicação no Brasil.
Ao colocar o pé na estação de trem, o pai Nicolas (Vincent Cassel),
de descendência francesa, sem falar nada, sobe para uma viagem, saudoso de suas origens,
dizem.
Mas o filme nos adianta o acontecido por narração e depois esmiúça visualmente
os fatos, não se prendendo a linearidades, ficando mais intrigante a descoberta
dos filmes, entranhado nestas vidas.
O filho passa a se lembrar dos tempos em que aprendia a andar de
bicicleta e por mais que cenas assim tenham já sido mostradas em outros filmes,
aqui é vista com bastante beleza e sabe-se que para tal contribuiu o fato do
menino ator não saber andar mesmo de bicicleta. No fundo aprendeu com Vincent
Cassel mesmo, quando depois de certa ajuda, é deixado sozinho, a pedalar,
perdendo o medo.
Para a beleza deste e outros tantos momentos do filme contribui
muito mais uma vez no Cinema Brasileiro, a genialidade de Walter Carvalho como
diretor de fotografia. Em “O Filme da Minha Vida” precisava e encontrou um tom
bastante nostálgico, mas que não fosse adocicado.
Existe na vida dos seres que povoam o filme muitas representações,
o que reforça a ideia da realidade se aproximando de clima de ficção.
São muitas as artimanhas e estratégias de vida destes seres humanos,
que soam mesmo como ficção, reitero, de tão insólitas que são.
Uma frase/ preocupação de Paco (Selton Mello), um homem bastante
rude, que parece ter mais carinho pelos porcos do que pelas pessoas, mas é com
quem Tony vai travar amizade (mesmo sendo tão diferentes), não está na obra à
toa. Faz parte do “O Filme da Minha Vida” de Paco.
Fico pasmo ao ler/ouvir que o filme tem roteiro confuso. Será falta de contato com Literatura propriamente dita?Ora ele
tem que ter suas sinuosidades, as descobertas que vão sendo feitas montando-se
imagens e falas. Caso contrário, seria perdido o conceito de “O Filme da Minha
Vida”.
E é preciso finalizar, ressaltando, que os desempenhos são
primorosos ( até uma atriz que representa uma prostituta, por pouco tempo,
acaba tendo o seu momento), mas os destaques maiores são Johnny Massaro com
seus olhos tristes e perdidos que dá ao seu Tony, Vincent Cassel nos momentos
mais dramáticos ( um ator francês ideal para o papel, que faz a ponte Rio de
Janeiro-França, como moradia e fala português fluentemente), Selton Mello fugindo de tudo que já vimos com
ele, um personagem casca-grossa.
Numa participação especial, a ressaltar temos Rolando Boldrin, como o maquinista de trem entre pequenas
localidades, que sabe muita coisa sobre todas as pessoas, mas que fica consigo mesmo, sendo aquele que
detém a sabedoria e a experiência que falta aos outros, com tantos desengano e
armadilhas.
Filmes como “O Palhaço” (2011) e este “O Filme da Minha Vida”
(2017), ambos de Selton Melho, são exemplos eloquentes de obras de orçamento
médio, que podem, com muita arte, representar caminhos para o Cinema
Brasileiro, numa vertente mais popular para um público amplo, que passe longe
de comédias caça-níqueis descerebradas e emburrecedoras.
“mãe!”
Reconheço. Temos um filme de
pegar ou largar. Sou dos que pegam.
No cartaz temos mãe escrito com letras todas do mesmo tamanho. Por
isto aqui fica “mãe!”
Há aqui camadas de alegorias: uma bíblica nada canônica; a condição
do escritor e as crises do papel em branco que pode surgir depois da realização
de uma grande obra; a loucura fanática que pode cercar celebridades. E por fim,
a mais importante: a degradação da Mãe Terra pelas mais variadas formas de
insensatez e irresponsabilidade, tangenciando o mundo ao apocalipse.
Mas uma possibilidade de refundação do mundo, neste filme de
contornos bíblicos, só vem do poder de Deus enquanto demiurgo, restaurando o
que foi destruído, agindo sobre a Mãe Terra.
Descobrimos tudo o que acontece, desde o início, na sua amplitude e
absurdo crescentes, através de uma câmera colada na mãe interpretada por Jennifer
Lawrence, aqui num grande desempenho, crucial para o sucesso do filme. O que
ela vai descobrindo é o mesmo que nós, em um exercício fascinante.
(11) “Suburbican- Bem-vindos ao Paraíso” p (2017) de George Clooney
/ “Paterson” q (2016) de Jim Jarmusch
“Suburbican- Bem-vindos ao Paraíso”
George Clooney resgatou e
repaginou um roteiro dos Irmãos Coen dos anos 80 e faz o presente dialogar com
uma história de humor negro nos anos 50, num condomínio “perfeito” para classes
médias brancas que sonham com o assim chamado sonho americano de crescimento
devido à supostas oportunidades fartas e irretocável meritocracia.
Enquanto uma família de negros que destoa da comunidade é hostilizada
de todas as formas, numa casa ao lado, sem que ninguém saiba ou se importe,
desenrola-se violências com mortes dentro e fora, como dominós próximos
desabando uns sobre os outros.
Para quem não julga humor negro gênero menor, a conversa entre pai
e filho final é algo antológico. Aqui tudo é tão doloroso que o humor não deve
aliviar a tensão do espectador.
“Paterson”
Jim Jarmusch continua com seu inventário sobre pessoas comuns,
melancólicas, com vidas melancólicas. Mas aqui há um grande diferencial.
Paterson (com Adam Driver em sintonia fina com seu personagem) dirige
cotidianamente um ônibus, num mesmo itinerário, conversando com colegas as
mesmas coisas, mas somos impelidos a pensar como o último filme do mestre zen Yasujirô
Ozu: a rotina tem seu encanto.
É desta rotina que Paterson vai extraindo elementos para sua poesia
que vai anotando e numa jogada de mestre, Jim Jamursh apresenta como escrita na
tela, no ritmo do poeta.
Claro que fatores externos a esta rotina acontecem. Alguns bem
preocupantes, mas tudo nos lembra a pedra que jogada num rio espalha ondas
concêntricas, mas depois elas desaparecem. Mas o importante é que a mente de
Paterson fervilha e transborda poesia.
Jamursh constrói um filme bastante poético e metalinguístico, pois
temos como protagonista um poeta e de forma não didática “aprendemos” o que é
poesia, como ela pode brotar, se impor. De certa forma é o que Gilberto Gil faz
em “Metáfora” e Ferreira Gullar em “Traduzir-se” de forma mais sofisticada.
Aqui o diretor continua cultivando sua estética de filmes
minimalistas, mas com ele (ao contrário de muitos outros), menos é realmente
muito mais.
1-b- Outros Destaques, Sem Ordem de Preferência
“De Canção em Canção” (2017) de Terrence Malick
“O Estranho Que Nós Amamos” (2017) de Sofia Coppola
“Clash” (2016) de Mohamed Diab
“Bom Comportamento” (2017) de Ben Safdie, Joshua Safdie
“Jackie” (2016) de Pablo Larraín
“Detroit em Rebelião” (2017) de Kathryn Bigelow
“Blade Runner 2049” (2017) de Denis Villeneuve
“Monsieur & Madame Adelman” (2017) de Nicolas Bedos
“Corpo e Alma” (2017) de Ildiko Enyedi
“Lady Macbeth” (2017) de William Oldroyd
“Com Amor, Van Gogh” ( 2017) de Dorota Kobiela, Hugh Welchman
“Fragmentado” (2017) de M. Night Shyamalan
“Corra!” (2017) de Jordan Peele
“Z: A Cidade Perdida” (2016) de James Gray
“O Outro Lado da Esperança”
(2017) de Aki Kaurismäki
“Bingo: O Rei das Manhãs” (2017) de Daniel Rezende
“A Promessa” (2016) de Terry George
” Um Instante de Amor” de Nicole Garcia
“As Duas Irenes” (2017) de
Fabio Meira
“O Rei do Show” (2017) de Michael Gracey
“Como Nossos Pais” (2017) de Lais Bodansky
“Polícia Federal- A Lei é
Para Todos” (2017) de Marcelo Antunez
“Lumière! A Aventura Começa”
de Thierry Frémaux
“Assassinato no Expresso do Oriente” (2017) de Kenneth Branagh
"Cidadão Ilustre" de Mariano Cohn e Gastón Duprat
"Planeta dos Macacos : A Guerra" de Matt
Reeves.
“O Formidável” (2017) de Michael Hazavicius
“Moonlight: Sob a Luz do Luar” de Barry Jenkis
"Eu, Daniel Blake" (2006) de Ken Loach
"Além das Palavras" (2016) de Terence Davies
"Gabriel e a Montanha" (2017) de Felipe Camarano Barbosa
"Paraíso" (2016) de Andrei Konchalovsky
"Além das Palavras" (2016) de Terence Davies
"Gabriel e a Montanha" (2017) de Felipe Camarano Barbosa
"Paraíso" (2016) de Andrei Konchalovsky
1-c Filmes Bem Comentados Não Vistos
“Armas na Mesa” (2016) de John Madden
“Logan” (2017) de James Mangold
“Victoria e Abdul - O Confidente da Rainha” (2017) de Stephen
Frears
“Mulher Maravilha” (2017) de Patty Jenkins
“Terra Selvagem” de Taylor Sheridan
“Na Mira do Atirador” de Doug Liman
“Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas (2017) de Angela
Robinson
“Extraordinário” (2017) de Stephen Chbosky
“Assim É A Vida” (2017) de Eric Toledano, Olivier Nakache
“Lucky” (2017) de John Carroll Lynch
"A Ópera de Paris" (2017) de Jean-Stéphane Bon
"Cora Coralina - Todas as Vidas (2015) de Renato Barbieri
"Cartas da Guerra" (2016) de Ivo Ferreira
"A Ópera de Paris" (2017) de Jean-Stéphane Bon
"Cora Coralina - Todas as Vidas (2015) de Renato Barbieri
"Cartas da Guerra" (2016) de Ivo Ferreira
2- Apontamentos Gerais
Em “Lady Macbeth” r de William Oldroyd temos direção e roteiro, de
modo geral, primorosos. O filme divide-se em sequências austeras onde é captado
a dramaticidade exata que se precisa, passando-se a outro bloco.
Mas há um problema na construção da protagonista. A rigor ela é
mais cruel do que a Lady da peça de Shakespeare. Esta, depois de ter estimulado
ao máximo Macbeth a matar o rei, desafiar até sua masculinidade, ser o agente
catalizador para o marido usurpar o trono, aos poucos, pode ir desaparecendo da
peça, mas a vemos depois lavando as mãos compulsivamente, sem que mais haja
sangue. Aos poucos mergulha numa insônia, num sonambulismo sintomático e ao fim
ao suicídio.
Já a Lady de Oldroyd é simplesmente uma psicopata, não se
arrependendo de nada dos horrores que pratica. Se de início pensamos que
tratará a criada negra com humanidade, numa casa em que esta é coisificada,
depois quando convém...
Faria bem ao filme alguma hesitação, algum sinal de culpa, mesmo
que efêmero, com ela tomando as rédeas da tirania novamente. Mas o que temos é
uma máquina mortífera.
Chega a ser assustador ler que a Lady deste filme tem alguma coisa
que seja próxima do que se chama, já como clichê, empoderamento feminino, como
se houvesse um lado e outro. Não. Ela é uma completa psicopata mesmo.
Neste caminho, a Lady de Shakespeare de anos mais atrás seria bem mais
avançada em seu empoderamento......
Numa comparação, prefiro “O Estranho Que Nós Amamos” s de Sofia
Coppola.
Sofia baseou-se no mesmo livro que inspirou o filme homônimo de
Clint Eastwood. Mas para ter sentido, passou a abordar a história a partir da
ótica das mulheres. Como não queria tratar superficialmente, tirou os
personagens negros da história.
As mesmas mulheres que cuidam de um soldado da União ferido (sendo
que as mais velhas passam a se sentir atraídas sexualmente por ele no internato
em que vivem), com exceção de uma, são as pessoas que vão paulatinamente se
tornando bastante cruéis, chegando a extremos, com a cumplicidade maior de uma menina
sagaz. E que, por ironia, foi quem trouxe o soldado ferido até o
internato.
Não há aqui psicopatias. O que há é medo do diferente, da própria
sexualidade, do novo, do incontrolável, dentre outros sentimentos mais inconscientes. Bem mais estes elementos
do que a noção de perigo de ter um soldado da União, que teria se tornado
ameaçador, irremediavelmente, sem possibilidade de diálogos.
O filme de Sofia tem muitos matizes. O de William
Oldroyd, mesmo que tenha grandes qualidades artísticas inegáveis, funciona como
um sofisticado piloto automático.
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Abatedouros de bovinos é uma das piores e mais deprimentes
atividades
econômicas para se trabalhar.
Para suportá-los, as pessoas (principalmente as mais sensíveis),
mesmo que não estejam envolvidas diretamente com os abates, precisam criar uma forte
couraça de auto proteção psíquica. Trabalhos repetitivos, onde for, já promovem
transtornos. Imaginem num abatedouro.
“Corpo e Alma” t de Ildiko Enyedi de início é bem realista e cru
sobre o que se faz com os bovinos. Mas
no seu decorrer abandona os efeitos e concentra-se nos protagonistas. Ela faz
controle de qualidade e com olho de lince, bastante profissional, percebe problemas que diminuem a
classificação de qualidade das carnes. Ele é analista financeiro. Mas sabe de
que área se trata. Onde trabalha não se produz bombons....
Os protagonistas almoçam, de modo geral, juntos no refeitório,
sendo bastante tímidos, cada um com suas razões. Ela nunca transou com ninguém
e tem bloqueios para contatos com outros corpos. Ele já foi mulherengo, casado,
separou-se e tem um problema relativo a uma AVC numa das mãos.
Acredito que esta dramaturgia não precisava ser carregada com esta
questão da mão.
Ela vai a um psicólogo infantil que cuida dela desde quando ela era
criança. Aqui há um elemento de estranheza. O psicólogo recomenda que ela
procure um profissional para adultos. Mas ela quer que seja ele. Mas um
profissional desta área realmente sério, se recusaria a atendê-la já jovem ou
adulta. Não estaria ele enxugando gelo, reforçando o lado infantil dela, com
medo até de contatos, de sexo?
Mas o que mais incomoda mesmo é o fato de, a rigor, trabalhar neste
abatedouro não provoca efetivamente efeitos em suas visões de mundo e em seus
sentimentos, tanto nele como nela. Os problemas são de outra ordem. Não é algo
que se agrega. Poderiam trabalhar numa indústria clean e se encontrarem no
refeitório.
Aonde o filme fica mais forte mesmo é quando eles passam a saber
que tem sonhos iguais onde um casal de servos aparece, vão juntos beber água e
se aproximam. A simbologia é óbvia, mas bela. Fazem no sonho o que não
conseguem realizar na realidade e isto não está no roteiro à toa.
(Atenção Spoilers)
É quase que incompreensível que ela se mantenha frígida, sem nenhum
esgar de prazer, enquanto o parceiro ( que com um telefonema providencial, num
truque de roteiro previsível a salvou de um suicídio) transa com todo gosto e
prazer.
Sorrisos de ambos surgem pela manhã. Os sonhos desaparecem. Aqui um
final lindo e poético.
No conjunto “Corpo e Alma” nos encanta
paulatinamente. Mas é um filme que não está à altura de ter recebido no
Festival de Berlim de 2017, o Urso de Ouro, o prêmio da Fipresci e do
público.
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“No Intenso Agora” u (2017) me decepcionou, depois de anos
aguardando novo filme do grande documentarista que é João Moreira Salles e que,
no mínimo, tem uma grande obra-prima no seu currículo que é “Santiago” (2007).
Não há imagem alguma no filme que tenha sido filmada por João. Mas
isto não é problema. Vejamos o porquê, como foram escolhidas, como surgem na
montagem.
A narração do próprio João é bastante sensível e com momentos bem poéticos.
Todas as imagens que se vê das manifestações em Paris, em maio de 1968,
acumuladas, filmadas por anônimos que queriam mudar a sociedade em que viviam,
mas não sabiam para onde, são bastante significativas e atraentes.
De qualquer modo em sua rebeldia, os jovens viviam o seu “intenso
agora”
O contraponto com imagens mal filmadas de forma clandestina de
tanques invadindo Praga, no que se chamou a Primavera de Praga, é bastante
instigante.
Mas o filme claudica em dois aspectos.
A mãe de João numa viagem à China acaba ficando encantada pelo povo
e a arquitetura e outras artes. Vemos as imagens coloridas desta viagem que
João descobriu anos depois de sua mãe ter se suicidado, num daqueles
acontecimentos para o qual não se encontra explicação, habitando uma zona de
grande mistério.
Ao captar estas imagens ela viveu o seu “intenso agora”, algo que
João leu num artigo que sua mãe escreveu para uma revista.
Mas esta parte tem muito valor afetivo para o filho. Mas nós
espectadores teremos emoção equivalente que possamos comungar? Isto não deve
acontecer com qualquer plateia.
Há algo bem estranho que nem é algo filmado pela mãe. Mao Tsé-Tung
matou milhões de pessoas e promoveu uma Revolução Cultural que, no mínimo,
humilhou publicamente muita gente.
Quem quiser ter cinematograficamente excelente visão sobre este
período, assista a obra-prima, Palma de Ouro em Cannes, “Adeus, Minha
Concubina” (1993) de Chen Kaige , uma obra épica e suntuosa que impressionou
bastante Louis Malle, pouco antes de morrer.
Pois bem. Qual o sentido de se inserir imagem de Mao jovem
escrevendo um poema sobre a finitude?
Sabemos que muitos jovens sonhavam com uma revolução maoísta, sem
nenhuma consciência do que ela realmente foi, dos milhões assassinados. Até
Jean-Luc Godard surfou nesta onda, nesta “roubada”.
Assim, um grande incômodo se instala. Temos pelas lentes da mãe uma
China idealizada, higienizada e muitos jovens manifestantes em Paris (não sei
em que proporção) se revoltando, sonhando com o que foi filmado da China?
Melhor os que não sabem que sociedade querem no lugar da
presidenciada por Charles André Joseph Marie de Gaulle. Escrevo o nome todo por
provocação.
Claro que esta é uma montagem que o diretor não gostaria que eu
fizesse, mas ele não é dono de sua obra e me arrisco dizer, do seu
inconsciente.
Outro problema ocorre com a rebordosa das manifestações.
Vários jovens se suicidaram e o filme, de uma forma deprimente,
mostra vários cortejos fúnebres, quando poderia ter mostrado dois e feito
referência aos demais suicídios.
O cortejo relativo ao estudante Edson Luís, assassinado no
restaurante Calabouço, mostrado no Brasil, tem tudo a ver. Mas os demais tão
explicitados....
Aqui ocorre o que “Human Flow- Não Existe Lar se Não Há para Onde
Ir” de Ai Weiwei soube, como comentado, evitar. “No Intenso Agora”, que soa tão
depressivo é um convite à não reflexões. Pelo menos eu, ao assistir, quis logo
esquecer.
Mas como exercício crítico, cá estou refletindo sobre ele. Confesso
que um tanto penosamente.
Com filmes de ficção por mais que sejam melancólicos, tristes ou até
deprimentes, sempre há o recurso de distanciamento, como: Esta é Kate Winslet como Ginny, desesperada, quase
que enlouquecida ao a fim de “Roda Gigante”.
Mas há exceções que transcendem qualquer tentativa de
distanciamento, como “Pietá” (2012) de Kim Ki-duk, onde o diretor pesa muito a mão em reiteradas crueldades e outros fatos.
Gosto muito de outros filmes do diretor, mas este é inacreditável
que tenha ganho o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 2012.
Em entrevista no Conversa Com Boal, João declarou que o filme que
trabalha com imagens “emprestadas/compradas”, ao seu modo, é também um estudo do status das imagens. Algo
intelectual e específico demais para o público de modo geral.
Perguntado no mesmo programa, João admitiu e elencou legados de maio de 1968 como conquistas do
feminismo, direitos do pessoal LGBT etc. E eu ouso acrescentar: pode até
inspirar movimentos como os de 2013 no Brasil, em outros, mas sabendo o que se quer, ao
contrário dos jovens perdidos do maio de 68.
Pela forma como “No Intenso Agora” é
estruturado, tudo se passa como se maio
de 68 não tivesse deixado legado algum.
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Em “Blade Runner 2049” v Dennis Villeneuve quase teve uma
obra-prima em seu curriculum de tantos filmes muito bons, a começar por
“Incêndios” (2010). Mas ele e os produtores (ou só esses) perceberam que o
filme poderia não ter maiores atrativos para jovens e adultos que vão aos
cinemas, sem se cansar, assistir ao mais do mesmo que são os filmes vídeo games
com muitas correrias, explosões, perseguições de carros em alta velocidade, com
alguns rodopiando e o “herói” saindo ileso.
Assim nos últimos 20 minutos mais ou menos de “Blade Runner 2049”
surgem piscadelas para estes jovens e adultos e temos sequências de ação quase
que ininterruptas.
Até Deckard (Harrison Ford) entender que K (Ryan Goslyng) quer
simplesmente conversar e não o matar, ocorre um tempo enorme de perseguições e
fugas. Algo suaviza isto e traz belezas como artistas em diminuta forma (Frank
Sinatra, cantando) ou simulando a realidade ( como Elvis cantando, uma aparição
de Marylyn Monroe). São criaturas como que clonadas também, em efeitos de
ótica.
Mas fora isto, não há muitos tempos para respiro.
Há uma refrega em que K é derrubado por Deckard para um platô abaixo.
Mas sem cortes, o vemos escondido no mesmo andar onde estava antes. Problema de
continuidade?
Não se entende bem porque K estando debilitado não é capturado e
Deckart bem perto é. Como não é difícil
de se prever, é K quem vai tentar resgatar Deckart.
Há também uma intensa luta de K contra representante da corporação
de Niander (Jaret Leto), a máquina mortal Luv ( Sylvia Hoeks), que envolve
lutas ferrenhas embaixo d´água, aparição
de surpresa, assustadora, na superfície,
nova luta etc.
Outro fator que decepciona. De olho numa franquia e numa sequência,
há informações vagas demais, suspeitas demais que ficam para o próximo filme
desvendar, onde o personagem de Jared Leto, pouco aproveitado aqui, terá
possivelmente maior importância.
Esta continuação ficará provavelmente para ser lançada em 2019.
Prefiro os procedimentos de Quentim Tarantino e Lars Von Trier.
Lançaram “Kill Bill” e “Ninfomaníaca” em dois volumes e num espaço de tempo
relativamente curto.
Particularmente, não gosto de esperar um ano ou mais para uma
continuação que explique temas em aberto. E pela bilheteria de “Blade Runner
2049” se justificará esta sequência? Que qualidade terá se Denis Villeneuve não
quiser ou puder dirigir? Chamarão o “barroco” Zack Snyder, de “300”(2006) com sua mão pesada?........
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“Com Amor, Van Gogh” x poderia também resultar numa obra prima.
Pictoricamente é deslumbrante pela maneira como evoca as estéticas do pintor em
toda história. O trabalho de 125 pintores é formidável e nunca foi visto antes,
trabalhando-se exaustivamente sobre cenas filmadas com atores.
Uma grande polêmica: “Testemunhas do leito de morte de Van Gogh
contam que ele aparente teria revelado que o disparo foi feito como uma
tentativa de suicídio. No entanto, em entrevista a Vanity Fair, o doutor
Vincent Di Maio, especialista em lesões por arma de fogo, disse que acredita
que a marca da ferida revelara que o tiro não poderia ser "auto infligido".
Di Maio fez as declarações em resposta a um pedido de ajuda feito
por Steven Naifeh e Gregory White Smith, co-autores de uma polêmica biografia
de Van Gogh ganhadora do prêmio Pulitzer. Lançado em 2011, o livro “Van Gogh: A
Vida” sustenta que o pintor teria sido assassinado por dois meninos
acidentalmente. Antes de morrer, o artista teria omitido o fato para
protegê-los, jogando a culpa para si. Tal teoria teria surgido ainda nos anos
1930 na França” - Fonte: Vide z no item 3
Mas o filme se estrutura demais, enquanto roteiro, nesta questão do suicídio ou não. Parece
quase que um MacGuffin de Hitchcock, ou seja, algo que existe mesmo é para
impulsionar a história, sem ter no fundo importância em essência.
Sabemos que no filme não é bem assim. O desfecho é emocionante e
significativo, mas durante a evolução com Armand Roulin querendo desvendar este
mistério, no presente sempre onipresente, soa um tanto artificial. Um Hercule
Poirot de Agatha Christie fora de tempo, vocação e lugar.
Para um artista como Van Gogh que tanto explorou maravilhosamente
as cores, me decepciona mostrar os flashbacks narrados em preto e branco. E é
nestas cores que o artista mais aparece. É decepcionante ver os girassóis
rapidamente, diminutos e nestas cores.
Para distinção, eu usaria cores em tudo e espécies de molduras ao
redor das imagens, ou outro formato de tela, para representar o passado.
Mas a proposta de “Com Amor, Van Gogh” é tão espetacular e em boa
parte bem-sucedida, concentrando-se primordialmente no visual obtido, esquecendo fraturas do roteiro, que se trata mesmo de um filme imperdível e
está se tornando cult no Rio de Janeiro merecidamente.
As imagens em cores “vangoghianas” dando contorno a figuras como o
médico Dr. Gachet, a Armand Roland em roupa amarela, como exemplos etc são
deslumbrantes.
É um filme bastante ousado, com desfecho quase que acutilante, não fosse uma carta de Van Gogh, por sinal bem triste, mesmo que poética.
"Com Amor, Van Gogh" não tem as mensagens para toda família que até mesmo as melhores animações digitais com temas e roteiros espertos trazem, de modo geral.
Há conversas e leituras de cartas belíssimas no filme. Van Gogh se
revela não só grande pintor, como excelente poeta. Mas um poeta trágico que
romantiza a morte.
E curiosa, irônica e tragicamente, um artista que só vendeu um
quadro em vida ( mesmo tendo o irmão Theo presente em sua vida, sustentando-o,
comprando até suas tintas, sendo marchand) e realizou mais de 400 obras, depois
da morte, tem justamente o quadro do Dr. Gachet como o primeiro a ser vendido em maio de 1990 por US$ 82,5 milhões. Alguém de grande importância em sua vida. ( fonte https://pt.wikipedia.org/wiki/Retrato_de_Dr._Gachet )
3- Links Associados
a- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-29943/ - “Silêncio”
- Sinopse- Trailer-Créditos- Critica AdoroCinema- Críticas Nacionais e
Internacionais
Sinopse
Século XVII. Dois padres jesuítas portugueses, Sebastião Rodrigues
(Andrew Garfield) e Francisco Garupe (Adam Driver), viajam até o Japão em uma
época onde o catolicismo foi banido. À procura do mentor deles, padre Ferreira
(Liam Neeson) os jesuítas enfrentam a violência e perseguição de um governo que
deseja expurgar todas as influências externas
b- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-229490/ - “La
La Land-Cantando Estações”- Sinopse- Trailer- Créditos- Critica AdoroCinema-
Críticas Nacionais e Internacionais
Sinopse
Ao chegar em Los Angeles o pianista de jazz Sebastian (Ryan
Gosling) conhece a atriz iniciante Mia (Emma Stone) e os dois se apaixonam
perdidamente. Em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva
cidade, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo enquanto
perseguem fama e sucesso.
c- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-235348/ -
“Poesia Sem Fim”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema-Críticas
Nacionais e Internacionais.
Sinopse
Autobiografia do diretor Alejandro Jodorowsky que homenageia
através da sua história a herança artística do Chile. Durante a juventude do
artista chileno, ele se libertou de todas as suas amarras, como família e
limitações, e foi introduzido no principal círculo artístico bohêmio dos anos
1940 no Chile, onde conheceu promissoras pessoas do ramo que se tornariam
reconhecidas no século XX.
d- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-240850/
“Dunkirk”- Sinopse-Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e
Internacionais
Sinopse
Na Operação Dínamo, mais conhecida como a Evacuação de Dunquerque,
soldados aliados da Bélgica, do Império Britânico e da França são rodeados pelo
exército alemão e devem ser resgatados durante uma feroz batalha no início da
Segunda Guerra Mundial. A história acompanha três momentos distintos: uma hora
de confronto no céu, onde o piloto Farrier (Tom Hardy) precisa destruir um
avião inimigo, um dia inteiro em alto mar, onde o civil britânico Dawson (Mark
Rylance) leva seu barco de passeio para ajudar a resgatar o exército de seu
país, e uma semana na praia, onde o jovem soldado Tommy (Fionn Whitehead) busca
escapar a qualquer preço.
e- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-240836/ -
“Frantz”- Sinopse-Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e
Internacionais.
Sinopse
Em uma pequena cidade alemã após a Primeira Guerra Mundial, Anna
(Paula Beer) chora diariamente no túmulo de seu noivo, morto em uma batalha na
França. Um dia, o jovem francês Adrien (Pierre Niney) também coloca flores no
túmulo. Sua presença, logo após a derrota alemã, inflama paixões.
f- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-249208/ - “A
Mulher Que Se Foi” – Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas
Nacionais e Internacionais
Sinopse
Em 1997, a pena de Horacia Somorostro (Charo Santos-Concio),
imputada injustamente, chega ao seu fim. Ao sair, Horacia reencontra sua filha,
mas descobre que seu marido não está mais vivo, e ninguém sabe do paradeiro de
seu filho. Enquanto isso seu ex-amante rico, que, como ela descobre, foi
responsável por sua falsa acusação, está em prisão domiciliar com os amigos,
suspeito de haver perpetrado múltiplos sequestros. Ela começa então a planejar
sua vingança.
g- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-245149/ - “Uma
Mulher Fantástica” - Sinopse- Trailer- Créditos – Crítica AdoroCinema- Críticas
Nacionais e Internacionais
Sinopse
Marina (Daniela Vega) é uma garçonete transexual que passa boa
parte dos seus dias buscando seu sustento. Seu verdadeiro sonho é ser uma
cantora de sucesso e, para isso, canta durante a noite em diversos clubes de
sua cidade. O problema é que, após a inesperada morte de Orlando (Francisco
Reyes), seu namorado e maior companheiro, sua vida dá uma guinada total.
h- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-239390/ “Últimos
Dias em Havana”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas
Nacionais e Estrangeiras
Sinopse
Havana, Cuba. Miguel (Patricio Wood) tem 45 anos e passa seus dias
sonhando em finalmente conseguir o visto necessário para morar nos Estados
Unidos. Ele trabalha como lavador de pratos e vive com outro homem, Diego
(Jorge Martínez), portador de HIV e com quem tem uma ligação muito forte. Diego
vê em Miguel uma base para permanecer de pé, mas a relação dos dois é abalada
quando Miguel recebe uma carta da embaixada norte-americana.
i- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-248372/ - “Roda
Gigante”- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e
Internacionais ( A Sinopse aqui não é
boa )
encurtador.com.br/wDLR3 – Sinopse
Ginny ( Kate Winslet) é a
esposa de um operador de carrossel, Humpty ( James Belushi), que trabalha em um
parque na praia de Coney Island. Ela conhece Mickey ( Justin Timberlake), um
salva-vidas que também trabalha na praia e acaba se apaixonando por ele. Quando
Caroline ( June Temple), uma filha de
seu marido, volta para casa e também se apaixona por Mickey, a roda dos desejos
começa a girar.
j- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-257182/ -
“Human Flow- Não Existe Lar se Não Há para Onde Ir” – Sinopse- Trailer-
Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e Estrangeiras
Sinopse
Ao longo de um ano, o diretor Ai Weiwei acompanhou crises de
refugiados em 23 países, incluindo França, Grécia, Alemanha, Iraque,
Afeganistão, México, Turquia, Bangladesh e Quênia. Ele retrata as causas que
levam milhões de pessoas a abandonarem seus países de origem, como a guerra, a
miséria e a perseguição política, refletindo sobre as dificuldades encontradas
na busca por uma vida melhor.
k- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-249783/ - “Eu
Não Sou Seu Negro” – Sinopse- Trailer- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais
e Estrangeiras
Sinopse
O escritor James Baldwin escreveu uma carta para o seu agente sobre
o seu mais recente projeto: terminar o livro Remember This House, que relata a
vida e morte de alguns dos amigos do escritor, como Medgar Evers, Malcolm X e
Martin Luther King Junior. Com sua morte, em 1987, o manuscrito inacabado foi
confiado ao diretor Raoul Peck.
l-http://www.adorocinema.com/filmes/filme-231299/ - “A
Criada”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e
Estrangeiras
Sinopse
Coreia do Sul, anos 1930. Durante a ocupação japonesa, a jovem
Sookee (Kim Tae-ri) é contratada para trabalhar para uma herdeira nipônica,
Hideko (Kim Min-Hee), que leva uma vida isolada ao lado do tio autoritário. Só
que Sookee guarda um segredo: ela e um vigarista planejam desposar a herdeira,
roubar sua fortuna e trancafiá-la em um sanatório. Tudo corre bem com o plano,
até que Sookee aos poucos começa a compreender as motivações de Hideko.
m- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-206412/ - “A
Qualquer Custo” – Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas
Nacionais e Estrangeiras
Sinopse
Interior do Texas, Estados Unidos. Toby (Chris Pine) e Tanner (Ben
Foster) são irmãos que, pressionados pela proximidade da hipoteca da fazenda da
família, resolvem assaltar bancos para obter a quantia necessária ao pagamento.
Com um detalhe: eles apenas roubam agências do próprio banco que está cobrando
a hipoteca. Só que, no caminho, eles precisam lidar com um delegado veterano
(Jeff Bridges), que está prestes a se aposentar.
n- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-235467/ - “O
Filme da Minha Vida”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas
Nacionais
Sinopse
O jovem Tony (Johnny Massaro) decide retornar a Remanso, Serra
Gaúcha, sua cidade natal. Ao chegar, ele descobre que Nicolas (Vincent Cassel),
seu pai, voltou para França alegando sentir falta dos amigos e do país de
origem. Tony acaba tornando-se professor, e se vê em meio aos conflitos e
inexperiências juvenis.
o- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-241747/ -
“mãe!”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e
Estrangeiras.
Um casal vive em um imenso casarão no campo. Enquanto a jovem
esposa (Jennifer Lawrence) passa os dias restaurando o lugar, afetado por um
incêndio no passado, o marido mais velho (Javier Bardem) tenta desesperadamente
recuperar a inspiração para voltar a escrever os poemas que o tornaram famoso.
Os dias pacíficos se transformam com a chegada de uma série de visitantes que
se impõem à rotina do casal e escondem suas verdadeiras intenções.
p- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-109347/ -
“Suburbican-Bem-vindos ao Paraíso” – Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica
AdoroCinema- Críticas Nacionais e Internacionais.
Sinopse
Suburbicon, 1959. Quando uma invasão de domicílio se torna mortal,
a família aparentemente perfeita de Gardner Lodge (Matt Damon) se submete à
chantagem, vingança e traição, gerando um rastro de sangue que mancha o suposto
paraíso.
q- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-228189/ -
“Paterson”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais
e Internacionais.
Sinopse
Na cidade de Paterson, em Nova Jersey - EUA, Paterson (Adam
Driver), um pacato motorista de ônibus local, vira um personagem conhecido por
se destacar em uma arte diferente da condução de veículos: o rapaz é também um
poeta.
r- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-249321/“Lady
Macbeth- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas Nacionais e
Internacionais
Sinopse
Katherine (Florence Pugh) está presa a um casamento de
conveniência. Casada com Boris Macbeth (Christopher Fairbank), a jovem agora se
vê integrante de uma família sem amor. É só quando ela embarca em um caso
extraconjugal com um trabalhador da propriedade do marido que as coisas começam
a mudar. Ela só não contava que isso iria desencadear vários assassinatos.
s- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-246234/- “O
Estranho Que Nós Amamos”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema-
Críticas Nacionais e Internacionais
Sinopse
Virginia, 1864, três anos após o início da Guerra Civil. John
McBurney (Colin Farrell) é um cabo da União que, ferido em combate, é
encontrado em um bosque pela jovem Amy (Oona Laurence). Ela o leva para a casa
onde mora, um internato de mulheres gerenciado por Martha Farnsworth (Nicole
Kidman). Lá, elas decidem cuidá-lo para que, após se recuperar, seja entregue
às autoridades. Só que, aos poucos, cada uma delas demonstra interesses e
desejos pelo homem da casa, especialmente Edwina (Kirsten Dunst) e Alicia (Elle
Fanning).
t- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-252479/ -
“Corpo e Alma”- Sinopse-Trailer- Créditos- Críticas AdoroCinema- Críticas
Nacionais e Internacionais
Sinopse
Uma história de amor que começou em sonho, literalmente. Numa
dualidade entre o dormir e o acordar, dois jovens que não se conhecem têm
sonhos exatamente iguais, e acabam se encontrando diariamente todas as noites
nesse mundo paralelo de fantasia. Quando chega a hora de se encontrarem de verdade,
a situação se mostra ainda mais complexa.
u- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-253324/ - “No
Intenso Agora”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica Nacional e Estrangeira
Sinopse
Documentário político que justapõe, através de imagens de arquivo,
uma série de acontecimentos diferentes da década de 1960, como: a revolta
estudantil em Paris, a Primavera de Praga em meio a dominação da União
Soviética e a China de 1966 sob o regime de Mao, experienciado pela mãe do
diretor na época.
v-http://www.adorocinema.com/filmes/filme-197686/ -
“Blade Runner 2049”- Sinopse- Trailer- Créditos- Crítica AdoroCinema- Críticas
Nacionais e Estrangeiras
Sinopse
Califórnia, 2049. Após os problemas enfrentados com os Nexus 8, uma
nova espécie de replicantes é desenvolvida, de forma que seja mais obediente
aos humanos. Um deles é K (Ryan Gosling), um blade runner que caça replicantes
foragidos para a polícia de Los Angeles. Após encontrar Sapper Morton (Dave
Bautista), K descobre um fascinante segredo: a replicante Rachel (Sean Young)
teve um filho, mantido em sigilo até então. A possibilidade de que replicantes
se reproduzam pode desencadear uma guerra deles com os humanos, o que faz com
que a tenente Joshi (Robin Wright), chefe de K, o envie para encontrar e
eliminar a criança.
x- http://www.adorocinema.com/filmes/filme-241757/“Com
Amor, Van Gogh” – Sinopse- Trailer- Créditos- Critica do AdoroCinema- Críticas
Nacionais e Internacional.
Sinopse
1891. Um ano após o suicídio de Vincent Van Gogh, Armand Roulin (Douglas Booth) encontra uma carta por
ele enviada ao irmão Theo, que jamais chegou ao seu destino. Após conversar com
o pai, carteiro que era amigo pessoal de Van Gogh, Armand é incentivado a
entregar ele mesmo a correspondência. Desta forma, ele parte para a cidade
francesa de Arles na esperança de encontrar algum contato com a família do
pintor falecido. Lá, inicia uma investigação junto às pessoas que conheceram
Van Gogh, no intuito de decifrar se ele realmente se matou.